Oii, minha primeira fanfic! Tava pensando que a Anita poderia sim ter alguém que confidenciava as coisas, e nada melhor do que uma irmã. O Matias assim poderia controlar o seu braço direito e o esquerdo mais facilmente. Me digam oque acham sobre! Vou tentar fazer os próximos capítulos maiores.
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A delegacia se encontrava na maior tranquilidade, era uma tarde calorosa em São Paulo. O cheiro do verão do fim de janeiro, beijava levemente a bochecha de uma certa escrivã. Oque deixou ela aliviada por uns breves segundos, ja que estava na sala do delegado para repassar casos sobre roubo do último mês. Para Verônica era sempre exaustivo ouvir "engaveta Verô, tô perto da minha aposentadoria", era como se Carvana só soubesse falar isso.
Verônica por sua vez, se sentia cansada. Tinha acabado de sair da sala do Carvana, uma pergunta se passava na cabeça da morena, por que caralhos ela que deveria avisar a Anita sobre essa droga de festa?
A festa dele de aposentadoria chegava perto, a morena nem tinha força pra ir. Seria apenas mais um dia cumprindo obrigação, só mais um.Se sentou com pesar, esfregando as têmporas admirando o tanto de papel que tinha para arquivar. Anita poderia esperar pelo menos 10 minutos.
-Escrivã, venha na minha sala, e me traga um café.- ela ouviu de longe, tá ai mais uma coisa que ela tava cansada, Anita fazia questão de perturbar e Verônica se impressionava com tamanha energia da loira.
Levantando ela viu uma mulher alta entrar na delegacia, coturnos pesados nos pés, blusa de uma banda qualquer que Verônica não conhecia, aparentemente de metal, em sua escrita rebelde estava "Bad omens". Calça jeans justa cheia de correntes grossas, um colar igual ao de Anita só que prata.
Olhos banhados pela maquiagem preta, os óculos redondos se grau, as unhas perfeitamente pintadas; davam um ar mais harmonioso. Um protetor de guitarra nas costas e além de tudo postura de arrogante. Verô rolou os olhos e foi pegar o bendito café, no fundo parecia apenas uma adolescente presa no corpo de uma adulta, na volta acabou ouvindo a voz de Nelson.
-Poxa dona, a delegada não ta num bom dia, não da pra vir amanhã?- mais uma para ouvir a demônia reclamar depois. É sempre oque acontece quando alguém pertuba a loira.
-Não da, tem que ser hoje. Avisa que é Júlia, ela vai entender.- o sotaque carioca e a voz rouca diziam aos ouvidos da escrivã que ela não era dali.Os cachos pretos perfeitos e cheios jogados para o lado, fora a pele palida, ela não era dali mas também não tomava sol. Era só oque faltava, como se o dia ja não estivesse cheio o suficiente
-Vamos, amaciada com um café ela não vai te matar- disse Verô com um sorriso fraco. E seguiu na frente para sala da delegada. Abrindo a porta logo depois de ouvir um "entra" de Anita, que vestia suas calças pretas e uma blusa de botões na cor vinho, com saltos e batom no mesmo tom.Pela primeira vez a morena viu a loira de óculos, não sabia que tinha problemas com miopia.
-Delegada licença, tem visita. Diz que é Júlia e que precisa ser urgente- tirando seus óculos e levantando mais devagar que as palavras de Verônica, a mais alta ia em direção ao café.Esticou a mão com dois a três aneis dourados e finos, abraçando os dedos longos. Seus olhares se cruzam, o interior de Verônica dava cambalhotas. Depois da separação do casamento com Paulo, ela notou que nunca sentiu por ele oque sente perto de Anita. Isso tudo podendo contar nos dedos quantas vezes encostou na loira.
Com Paulo era parceria, com Anita é proibido. E Verônica sempre se atraiu pelo proibido.
-Sua loira nojenta- a mais forte passa sem muito problema pela Verônica, que por sua vez toma um leve susto. Ja que estava presa num transe dos olhos azuis. Na cabeça da morena, tudo era câmera lenta. Observava de canto, a loira deixando o café de lado. Para pular em cima na cacheada. Verônica poderia jurar que esse era o sorriso mais sincero que ja viu na loira.
-Desgraçada!!! Tava com saudades.- a loira respondeu, descendo por fim. Torres tinha um gosto amargo na boca, parecia uma cena de terror, tinha ate calafrio de ver essa interação. Poderia queimar os aneis diversos e perversos da mão da mais forte, so para dar ambas a intensidade de seu olhar.
Antes de sair correndo para a parte superior da delegacia, precisava avisar sobre a maldita festa. Então de contragosto, Verô diz.
-Anita, o Carvana mandou avisar que a festa será nesse sábado agora.- Anita cravou o olhar na morena, por um segundo esqueceu de sua presença ali.
-Ok, obrigada por avisar. Depois eu quero conversar com você sobre um caso. Passa aqui antes de ir embora.-Verô apenas assentiu, deixando a sala por fim, sabia que daí não viria nada de bom.
As duas mulheres se abraçavam mais uma vez. Eram dois meses sem se ver, era o maior tempo que passaram separadas.
-Tava com saudade minha irmã, mas aqui, você ta pegando a Verô e não me contou?- a mais nova pergunta, enquanto tirava o protetor de guitarra das costas. Deixando sobre o sofá.
-Ah Lia, pelo amor de Deus não começa. Me fala, veio do nada assim por qual motivo?- Anita rebate, pegando seu café ainda quente.
-O corno do Matias, disse que eu precisava vir e te fazer relaxar. Parece que a Verô pesquisou do Brandão né?- se sentando na cadeira da delegada, a mais nova pergunta.
-Nem me lembra disso, o Brandão veio aqui saber ja que o nome dele subiu no sistema, o Carvana disse que queria saber o nome dele todo para por no convite da tal festa, mas quem teve que limpar fui eu. E digo mais, na minha cabeça a Verônica ta atrás da Janete.- a loira comenta enquanto se aproxima da irmã, para se apoiar na mesa.
-Caô? Porra mas vou te contar hein, essa escrivã é foda. Não tinha como sossegar o cu também não? Eai? Oque você ta pensando? E o Matias?- a cacheada pergunta, enquanto ajeitava o óculos.
-Eu acho que ela sabe da Janete, ela ta saindo muito no horário de trabalho. Eu mexi na mesa dela para tentar ver alguma coisa, e tinha o número do telefone residencial em um post it. Sabe? Debaixo dos papeis.- Anita gesticulava levemente, enquanto a mais nova não poderia imaginar que Verônica teria tanta falta de cuidado.
-O Matias não sabe que eu sei, se não ja tinha me mandado matar a Verônica. Na verdade mandou, mas eu fiz questão do Carvana dar o carro blindado dele. Ordenei a missão e errei os tiros de propósito. Na verdade mesmo, eu tenho certeza que o Matias ta querendo matar o próprio Carvana. E deve ser por isso que você ta aqui.- Anita falava tudo de uma vez, rápido, quase com medo que perdesse a oportunidade de tentar completar o raciocínio.
-Tudo faz sentido agora, aquele filho da puta tava no Rio semana passada. Lembra que você me falou que ele iria para tentar fazer uma surpresa para mim?- Anita assentiu, tentando acompanhar- ele foi mesmo. Fiz a cara mais lavada de todas, e ele não me falou muito, o Rocha que abriu o bico. Disse qua tava cansado de ser segurança particular, e que passariam dois dias la. Mas eu pensei, dois dias não tempo de muita coisa.
-Ta porra, fala logo- Anita diz, impaciente.
-Calma cachorra, fui no último jogo do flamengo, e tem um casarão perto do Maracanã que tinha segurança em volta. Passei de moto, ninguém me viu, mas o Rocha tava la, ele não voltou para São Paulo. O Matias vai abrir outro orfanato, e deve ser na festa do Carvana, ele vai matar o velho pra conseguir abafar isso com o orfanato.
-Puta que pariu, faz sentido. Se isso acontecer, ele vai segurar a gente no Rio. Vai matar a Verônica, o Brandão vai matar a Janete, vão acabar com mais crianças ainda. Vamos ter que dar um jeito- A loira falava tudo num fôlego só, se sentia nervosa.
-Calma, vamos pensar direito. Eu sei que a gente ta querendo sair disso a muito tempo, mas não da para ir para cima do Matias assim. Temos que pensar, ele vai falar alguma coisa e a gente pode usar isso. Vamos ter que dar um jeito de sumir e sumir com a Verônica, o Carvana vai acabar morto. Mas a gente não pode deixar ele matar a Lila e o Rafa, ou pior, recrutar- a mais nova responde.
-Ta, vamos parar de falar disso que jaja o Lima ta aqui pertubando- a loira fala por fim.
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Qualquer erro me avisem, me contem oque acharam!!
Não vou demorar muito pra atualizar, tô com sdds delas😭
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Última chance.
RomanceUma história que Anita resolve ajudar de um jeito diferente, será mesmo que a loira é tão má assim?! Verônica nunca poderia pensar em tudo que irá passar.