A semana passou voando, Anita atolada de trabalho, Verônica pensando em todos pros e contras de tudo isso, e Júlia, bom apenas vivendo no automático.
Ja era sexta a tarde, o combinado era irem todos a um hotel próximo ao local da festa, ja que nada podia acontecer fora do previsto, foi oque acabou ficando decidido. Cada uma com suas malas, cada uma com suas incertezas, medos, receios.
Verônica relutou, relutou e relutou mais. A morena nunca se dobrou facilmente, repensou o plano, pensou na mafia, pensou em implorar a Anita por mais explicações mesmo sob a ordem de não falar nada, em procurar a tal delegada Volp. Pensou ate em comprar uma passagem diferente e ajoelhar a Prata para que levasse as crianças, aonde quer que fosse. Talvez desistiu por cansaço, ou apenas por destino.
Anita nem poderia imaginar no plano por trás, acreditava que iriam viajar e ponto. Era uma decisão óbvia da irmã, era lógico, era o único caminho. Não era?
Se não fosse, estaria ao lado de quem ama. Para Anita a semana foi mais leve, se preocupava sim e não se engane, ela pensou em todas as possibilidades. Mas, a presença de uma certa amargurada ajudou a ser mais leves, sendo com piadas, filme, fofoca ou implicâncias.No horário combinado, Júlia chegou primeiro, ja que estava atoa na casa da loira e estava de moto. Júlia questionava o estúpido motivo de terem marcado as 18:30h, ja estava prevendo a demora das outras mulheres por conta de trânsito. Na frente do Rio hotel by Bourbon, a cacheada pensava se valeria a pena ficar e tentar despistar, sua vida valia isso?
Entrando no hotel, sem perceber muitos detalhes a cacheada ia direto ao balcão, a atendente ruiva a comprimentou.
-Boa noite, em que posso ajudar?- com um sorriso no rosto a mulher responde.
-Boa noite, tenho reserva de um quarto no nome de Liz, Elizabeth Alves.- a cacheada responde, sorrindo fraco. Depois de uns cliques, a ruiva a entrega uma chave.
-Quarto 122, boa estadia!- agradecendo com um aceno de cabeça, Júlia foi em busca do quarto que ficaria. Anita chegou 30 minutos depois, deixando o carro de aplicativo que usou.
O hotel era luxuoso, e foi escolhido a dedo por ser próximo ao aeroporto de Guarulhos, com sorte seriam apenas 30 minutos para chegar. Anita se apresentou como Lívia Bernardes, e pegou o quarto 121.
Verônica chegou 5 minutos depois, com as crianças, havia decidido que Paulo realmente não daria conta. Se apresentou como Fernanda Oliveira e foi ao quarto 120. As três acabaram por mandar mensagem no grupo criado, avisando que haviam chego.
No quarto 120, Verônica tentava aproveitar a companhia dos filhos, não sabia oque podia acontecer, fora que nunca esteve em um lugar bonito como o hotel. Anita tomava banho na tentativa de deixar o dia descer ralo a baixo, e não ao ouviu o celular tocar.
-Mãe, seu celular ta tocando.- Lila avisa, mexendo em seu próprio celular jogada na cama.
-Obrigada meu amor. Oi, fala.- deixando a toalha na mão de Rafa, Verô atende o celular.
-Nossa, que mal humor. Nem para falar um "oi cunhadinha linda, como está sendo sua hospedagem?".- Júlia responde do outro lado da linha.
-Fala logo, você só liga para perturbar.- Verônica rebate, apesar de conviver pouco, tinha certa irritação por tanta ironia.
-Tô com fome, a Anita não atendeu, vai jantar agora?- com tédio a cacheada pergunta.
-Estava pensando em pedir no quarto, quero aproveitar com as crianças.- Júlia não podia ver, mas podia apostar que Verônica estava com a mão na cintura com os breves sinais de irritação. Era divertido.
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Última chance.
RomanceUma história que Anita resolve ajudar de um jeito diferente, será mesmo que a loira é tão má assim?! Verônica nunca poderia pensar em tudo que irá passar.