Capítulo Nove

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Adeline Percy
Londres, Inglaterra - 2022

Puta merda.
Puta merda.
Puta merda.

Foi imprudente, impensado e... delicioso. Foi um maldito impulso, um ato tão desgraçado e impróprio que parecia mentira. E eu queria mais, eu queria muito mais.

Cecília me deixou na merda por duas semanas e quando finalmente apareceu, ela me entregou algo que minha mente e meu corpo imploravam desde o momento que a vi. A porra da foda mais gostosa do mundo.

Ela era tudo que eu imaginei que fosse. Incessante. Quente. Incontrolável. Deliciosa.

Estava agarrada em mim, enquanto eu pilotava a mais de cem quilômetros por hora pelas ruas molhadas da cidade, na maldita vontade de tê-la novamente. Quando chegamos a sua casa, a rapidez com que pegou em minha mão e me puxou para dentro, aqueceu ainda mais todo o fogo que ela acendeu dentro de mim minutos antes.

Beijei seus lábios com uma vontade avassaladora quando ainda estávamos no térreo, sentia que meu corpo entraria em combustão a qualquer instante se essa mulher não me tocasse devidamente. Deixei que ela me guiasse pela casa até chegarmos até seu quarto.

Cecília voltou a me beijar, ela estava tão faminta quanto eu, suas mãos procuraram a barra de minha camiseta e a tiraram, me deixando de sutiã, Cecília desceu seus beijos pelas minhas clavículas enquanto brincava com o cos da minha calça.

Encontrei o zíper que a prendia no vestido e o abri, ela me ajudou a tirá-lo e porra, Cecília de lingerie era a melhor coisa que eu já tinha visto. A puxei pela cintura deixando que ela me montasse e nos guiei até a cama, em nenhum momento deixando sua boca. Eu quis tanto isso e agora que está acontecendo, pela segunda vez, sinto que estou na porra do paraíso e Cecília é a própria serpente.

A deitei na cama, mas ela foi mais rápida, inverteu nossas posições e ficou por cima. Aquela cara de professora rígida, foi substituída por um sorriso safado e mal intencionado.

— Minha vez. — anunciou enquanto sorria para mim, Cecília desceu seus beijos pelos meus peitos, suas mãos tão delicadas tiraram meu sutiã com facilidade e logo sua língua estava circulando um dos meus mamilos, enquanto com os dedos ela massageava o outro e de minha garganta saiam gemidos suplicantes.

Não me lembro do momento em que ela tirou minha calça, quando me dei conta, a calcinha estava sendo retirada e suas mãos iam de encontro a minha boceta. Cecília não tirava os olhos de mim, ela queria captar todas as minhas expressões e sinceramente, aquele olhar durão de quem estava prestes a me dar ordens estava me deixando cada vez mais louca.

— Caralho... — gemi quando ela circulou meu clitóris com os dedos, aumentando a velocidade a cada reação e diminuindo a cada súplica. — Pare de me torturar. — mandei.

Ela não me respondeu, se afastou, imediatamente comecei a sentir falta de seu calor. Cecília caminhou até uma cômoda, meus olhos foram diretos para sua bunda envolta por uma calcinha de renda branca. Gostosa. Quando ela se virou, em suas mãos haviam um par de algemas que refletiam a luz baixa.

— Algemas? — sibilei com ela.

— Curiosa? — perguntou caminhando até mim, chegando a gigantesca cama e engatinhando até encontrar minha boca. — Hum? — pediu confirmação para que usasse em mim.

As minhas expressões me entregaram, estampado no meu olhar e no sorriso ladino um gigantesco "sim".

Cecília me montou novamente e com uma agilidade impressionante, ela prendeu cada uma de minhas mãos na cabeceira da cama, me deixando com os braços imobilizados. Não era a primeira vez que me algemavam, mas era a primeiríssima vez que eu me sentia tão eufórica e excitada com aquilo.

Sentia minha lubrificação escorrer pelas minhas pernas a cada toque que ela dava em meu corpo, a cada sussurro nos meus ouvidos, a cada risadinha travessa sempre que me via agoniar quando suas mãos não estavam em mim.

Ela era experiente, mandona e uma verdadeira tarada. Gostava de ser controlada e também do controle.

— Sabe quantas vezes te imaginei assim? — perguntou contra meus lábios.

— Assim como? — devolvi outra pergunta, gostaria de ouvi-lá dizer como eu parecia para ela naquele momento.

— Desesperada por mim, para que eu lhe tocasse... — seus lábios fizeram um caminho perigoso em minhas clavículas,  meus peitos já sensíveis e minha barriga, até que ela chegou onde eu tanto queria. — E lhe saciasse.

Cecília estava tão perto do meu ponto sensível que eu pude sentir sua respiração quente me tocar, queria a todo custo me ouvir implorar por ela. Sádica.

— Cecília... — gemi arrastado quando ela passou as unhas curtas pelas minhas coxas. — Por favor.

— Por favor o quê, Adeline? — perguntou, tocando meus mamilos vermelhos e com certeza, inchados.

Profana. Sádica. Cruel. Insaciável. Controladora. Eu tinha certeza de que ela seria a minha ruína.

— Me chupa, por favor. — supliquei para ela, lhe dando o que queria para que me entregasse meu prazer.

Era exatamente o que ela queria ouvir, porque, no segundo seguinte, Cecília me lambeu, chupou meu clitóris com vontade, com fome. Meus gemidos se intensificaram quando ela meteu dois dedos em mim e os dobrou no meu interior, fazendo minhas costas se contraírem.

Sua língua ia e voltava, lambia e chupava com vontade, avidez, devoção... Gemia alto, a cada estocada que ela dava, a cada chupada, eu iria enlouquecer.

— Cecília, porra... — ela era boa pra cacete, meu orgasmo estava próximo e eu queria tanto gozar. — Não para, por favor...

Mas ela parou, ela tirou a boca de mim no momento da minha súplica e veio para cima com voracidade, pronta para me devorar. Cecília devorou minha boca, me fazendo sentir meu próprio gosto em sua língua.

— Quero gozar com você. — sussurrou em meu ouvido, enquanto se posicionava no meu meio já sem calcinha. Uma de suas coxas ficaram na parte de dentro de minhas pernas e a outra do lado da minha cintura, fazendo nossas bocetas se tocarem.

Cecília movimentou os quadris, conduzindo nós duas, as algemas pela primeira vez me irritavam, queria toca-lá, aperta-la e deixar seu corpo com marcas das minhas mãos. Mas aquela irritação logo se transformou em uma corrente elétrica quase mortal começando a percorrer meu corpo. Ela aumentou o ritmo dos movimentos de vai e vem, rebolava e me alucinava.

— Cecília, por Deus... — gemi sentindo meu corpo tremer em chegada de um orgasmo.

— Não chame por Deus, enquanto fode gostoso com o Diabo. — ela me repreendeu de surpresa, gemidos altos também deixavam sua garganta, ela estava tão maluca quanto eu, suas reboladas aumentaram a velocidade e a rigidez com que se esfregava em mim.

— Eu estou quase... — anunciei em um gemido quase inaudível, estava a beira de um precipício quando ela disse:

— Goza comigo, amor.

As ondas percorreram meu corpo todo quando o orgasmo quase me arrebatou, o mesmo aconteceu com ela, nossas pernas contraíram e tremiam juntas, os gemidos sincronizados se perderam no meio de nossas respirações ofegantes, Cecília encostou a testa na minha enquanto nossos batimentos se regularizavam.

Ela se apressou em tirar as algemas de meus pulsos e largou elas em qualquer canto, depois se aconchegou nos meus braços.

Não reconheci o sentimento estranho que atravessou meu peito quando ela deitou a cabeça em mim, conhecia perfeitamente sensação de um orgasmo, mas daquele modo, não. Era diferente, tinha luxúria, desejo e o que eu sentia que era um verdadeiro furacão misturado com tudo aquilo.

Era bom, parecia certo sentir aquilo, bom, pelo menos na prática parecia correto, mas a teoria nos condenava e nos colocava a um passo da queda.

Seria uma queda descomunal.

💋

Oi, meu bem, como estão você e sua calcinha neste momento? Espero que nada fora do normal.

Estrelinhas? 🩶

Senhorita AspenOnde histórias criam vida. Descubra agora