.capítulo II.

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Eu estava no hospital há 3 dias, mas já sentia como se fossem 3 anos. Taehyung não respondia às minhas perguntas, além de estar sempre saindo para atender o telefone ou resolver algum problema. Acho que ele era um homem ocupado, mas o que ele era para mim? Eu ainda não sabia, ele também não me respondia e aquilo me irritava.

Ele vivia dizendo que iríamos descobrir...

Quando ele não estava por perto, e eu me sentia entediada, eu pesquisava vídeos do BlackPink, o que fazia com que eu me sentisse orgulhosa por nossas conquistas.

Fomos o primeiro GG a ganhar o prêmio de grupo do ano do VMA após 24 anos, performamos como atração principal do Coachella em 2023, a apresentação e estrutura ficaram ótimas, um verdadeiro ato histórico.

Curiosa, quis saber como estavam minhas amigas e colegas de grupo. Já havia digitado o nome de Jisoo quando a enfermeira entrou no quarto.

— Olá, senhorita Kim! — Ela diz sorrindo. Sorri de volta para ela. Ela era baixinha, negra e tinha os olhos castanhos brilhantes.

— Olá! — Respondi. — Tenho algum exame? — Ela assentiu.

— Sim, preciso levá-la para a coleta de sangue. — Respirei fundo. Ellie — a enfermeira — retirou o acesso da minha mão e me guiou para o laboratório de coleta. Quando voltamos, pedi para ela um celular e ela me emprestou o dela, mas eu não consegui fazer nada.

Obviamente era bem atualizado e moderno, singelamente diferente dos celulares de 2021. Ele dobrava, era fino e muito bonito, mas não travei por isso e sim por parar e pensar; o número da minha mãe ainda era o mesmo?

— Você sabe o número de telefone da minha mãe? — Ela quase riu.

— Não, senhorita Kim.

— Não tem em minha ficha ou algo assim? Como um número de emergência? Você não pode conseguir para mim? Preciso falar com ela. — Ela me olhou compreensiva e respirou fundo.

— Verei o que posso fazer, senhorita Kim. — Ellie se retirou prometendo voltar à noite.

Me distraí assistindo Os Simpsons e não percebi quando o Sr. Misterioso chegou com duas sacolinhas. Só o percebi por que ele abriu a boca para falar.

— A médica disse que eu poderia trazer comida para você, então trouxe comida coreana. — Ele levantou uma das sacolas. O encarei brava e voltei a prestar atenção na TV.

O ouvi suspirar e o barulho das rodas da mesinha móvel ser arrastada. Ele colocou a comida em cima da mesinha e abriu a tampa, fazendo o aroma espalhar-se por todo o quarto, minha barriga roncar em expectativa e minha boca salivar.

— Como a última coisa que você se lembra é de estar na Coreia, então eu trouxe comida coreana para você. — Ele se sentou e abriu o papel com os hashis. Ele me entregou uma marmita e os hashis e se sentou para comer a outra.

— Por que você não responde nenhuma das minhas perguntas? — Indago irritada. Ele engoliu em seco.

— Você acordou de um coma, não sei o que pode te causar.

— E se eu nunca lembrar? — Ele dá de ombros.

— Podemos fazer outras memórias. De todo modo, quero que se acostume comigo e com o meu rosto, já que você esqueceu tudo sobre mim. — Assenti e comecei a comer.

— Então... Já nos conhecíamos antes? — Ele assentiu. — Eu não lembro como... — Minha voz saiu em quase um sussurro.

— Você se lembra do GD, certo? — Assenti sentindo meu coração acelerar. — Você performou com ele, quando ainda era Trainee.

Memories [Taennie]Onde histórias criam vida. Descubra agora