Senti o frio da noite me atingir, o que era incomum nessa época do ano. Talvez seja apenas uma impressão boba, mas todas as vezes que as coisas desabam na minha vida, a temperatura se torna gélida e seca. Isso faz sentido agora, considerando as complicações que estão me perseguindo.
Que droga.
Estou esperando Itadori e Nobara na porta de uma casa noturna, do lado de fora. Fushiguro não confirmou se viria, mesmo com as insistências. Já era de se esperar, mas ainda acredito em sua boa vontade.
- Você parece um idiota com essa cara. - ouço a voz de Nobara se aproximar de mim, rindo junto de Itadori. - E aí, [Nome], como você 'tá?
- Uma bosta, para dizer o mínimo - eu abro um sorriso carregado de cansaço. - O Megumi não quis vir?
- Sei lá, acho que ele odeia ficar perto de tanta gente - Itadori pega o celular no bolso. - Mas ele não negou nada também, então ainda temos chance. - Ele sorri docemente, mostrando a tela do aparelho para mim.
Nós decidimos esperar mais um pouco, e conforme vai entardecendo, mais pessoas vão chegando e o local enche gradativamente.
- Eu odeio vocês - Fushiguro desce de um carro que estacionou e logo voltou a circular na rodovia, provavelmente um táxi. - Nunca mais me chamem para nada.
- Fushigurinho! - Nobara e Itadori gritam em uníssono, já se aproximando do garoto para um abraço coletivo. Algumas pessoas que caminhavam pela calçada encaram os três com um olhar de julgamento.
- Não façam isso em público, que vergonha. - Ele não retribui o abraço, sendo esmagado entre os dois.
- Pensei que não viria - dou alguns passos à frente - Notei que está bem animado.
- Eu também pensei. - ele se solta do abraço. - Já estou me arrependendo de ter vindo.
Nós adentramos o local após passar pelos vigilantes da frente, que apenas pediram alguns documentos. A música estava alta, não conseguia ouvir o que meus amigos diziam mesmo ao meu lado. E aposto que Megumi estava reclamando, a julgar por sua feição irritada. Nós encontramos um canto com uma mesa livre, sem muitas pessoas, e decidimos que ali seria o ponto de encontro da noite, caso nos perdessemos. Afasto-me deles, gritando que vou buscar uma bebida. Nobara me acompanha, deixando os outros dois para trás.
- Não devia deixar eles sozinhos, se o Megumi decidir fugir é melhor duas pessoas estarem perto para segurá-lo. -
eu falo inclinando um pouco a cabeça, para diminuir a distância entre a minha boca e o ouvido de Nobara. Ela ri.Nós dois chegamos até o balcão com um pouco de dificuldade por conta do tumulto. Por sorte, encontramos algumas banquetas livres. Provavelmente porque todos estão mais ocupados dançando ou transando em algum canto qualquer. O que não é ruim, já que as caixas de som ficam perto do acúmulo de pessoas, então aqui a música é mais baixa, o que me permite dialogar normalmente. Eu me sento e peço uma dose generosa de uísque, enquanto Nobara começa a conversar com uma mulher alta de cabelo escuro, que também estava bebendo ali. Assim que ela se afasta, a garota volta sua atenção para mim.
- Conhece? - eu dou um gole na bebida, sentindo a queimação se espalhar por minha garganta.
- É minha colega, Maki, conheci ela no ensino médio e acabamos na mesma faculdade. Achei que vocês se conheciam. - Nobara boceja. - Tipo, aquele lugar é minúsculo. Todo mundo conhece todo mundo.
- Eu só não estudo de olhos fechados e ouvidos trancados porque não posso, você sabe disso.
Nossa conversa é interrompida com uma voz familiar. Eu olho para o lado e me deparo com Satoru Gojo, simplesmente o coordenador da nossa faculdade. É a primeira vez que o vejo sem óculos de sol. Ele está conversando com um homem da mesma estatura, de cabelo longo e preso.
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𝐀𝐑𝐑𝐎𝐆𝐀𝐍𝐓 𝐒𝐄𝐗 - (sᴀᴛᴏʀᴜ ɢᴏᴊᴏ × ʟᴇɪᴛᴏʀ ᴍᴀsᴄᴜʟɪɴᴏ)
Fanfiction- Todos nós temos um lado perverso, uma parte que não mostramos a ninguém. No caso de Satoru Gojo, sua malícia se esconde atrás de belos olhos azuis. ✦ sᴀᴛᴏʀᴜ ɢᴏᴊᴏ × ʟᴇɪᴛᴏʀ ᴍᴀsᴄᴜʟɪɴᴏ +18 Esta história pode causar gatilho em pessoas com transtorno d...