𝐁𝐄𝐒𝐓𝐎-𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐎

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Estou estudando desde as nove. Está um pouco complicado, tenho que admitir. Quando estou sozinho meus pensamentos se multiplicam. Mas dessa vez não se trata da faculdade, do financeiro ou do meu trabalho. O meu problema neste momento tem nome, uma voz maravilhosa e um beijo inesquecível.

Ah...

Meus amigos foram embora bem tarde. Imaginei que isso os prejudicaria na faculdade - já que o turno deles é durante o período da manhã - mas não os questionei. Eles já são adultos, sabem o que fazem.

Levanto da cadeira no meu quarto, deixando os papéis e as anotações sobre a escrivaninha. Aproveito para me espreguiçar após o longo tempo que passei sentado, eliminando a tensão muscular. Vou até a cozinha preparar algo para comer. Já que não comi nada pela manhã, estou morrendo de fome, com dor de cabeça e relativamente enjoado. Para ser sincero minha alimentação e minha saúde se encontram em um estado questionável. De fato, eu preciso me cuidar mais.

Abro a geladeira em busca de alguma coisa, e me contento em pegar apenas uma maçã. Sobre o balcão da pia eu a fatio em rodelas, colocando-as num pequeno prato.

Satoru.

Volto a meu quarto com, entre muitas aspas, o almoço. Retomo os meus estudos enquanto como, sem me importar com o horário ou se estou executando os exercícios com perfeição. Aproveito para usar as apostilas online que são disponibilizadas pelo curso. É de grande ajuda, e bem prático também. Acabo por me distrair e perco o post-it com as classificações anotadas, o encontrando dentro da pasta amarela.

Satoru...

Quando resolvo que está na hora de uma pausa, deito em minha cama para descansar o corpo e a cabeça.

Principalmente a cabeça.

Satoru.

Sinto o meu pau latejar por baixo da calça, implorando para ser estimulado. Tento ignorar a reação do meu corpo, mas de nada adianta se não consigo afastar as fantasias que tenho com ele. Quando fecho os olhos tenho a impressão de que ele está perto, tão perto quanto ontem à noite. A maneira como ele provocava, sabendo exatamente os pontos fracos do meu corpo. Era como se nos conhecêssemos - intimamente - há muito tempo. Isso está passando dos limites. Caso fosse apenas um beijo, um encontro ou algo parecido, tudo bem. No entanto, é como se meu corpo estivesse drogado. Eu quero aquele homem mais do que tudo agora. Isso está me atrapalhando, eu preciso resolver o mais rápido possível. Não posso dar aberturas para que algo aconteça de novo.

Mas, talvez...

Sento-me no colchão, abaixando a calça até os joelhos. Apoio a mão esquerda na cama, atrás das costas, enquanto ocupo a destra com meu membro ainda coberto pela cueca. Mesmo começando devagar, ele já está totalmente ereto, contido no tecido. Umedeço os lábios, e minha respiração começa a oscilar.

Juro que essa é a última vez.

Meu telefone começa a tocar. Eu reclamo e ofendo diversas vezes seja lá quem for, e mesmo que eu tente deixar de lado, a pessoa insiste em continuar ligando.

Inferno.

Ajeito minha calça no corpo e pego meu celular na mesa da cabeceira. É o Fushiguro. Ele deve ter saído da faculdade há pouco, suponho. Arrasto o sinal verde na tela, atendendo o garoto.

— Nossa, está com saudade de mim? — inicio a conversa, sem dar a chance de receber um simples "oi".

— Definitivamente não. — sua voz vem metálica com o áudio. — Quero saber onde está.

— Como assim? — eu franzo o cenho. — Virou minha mãe?

Ouço um suspiro irritado.

— Eu estou em casa. O que houve?

𝐀𝐑𝐑𝐎𝐆𝐀𝐍𝐓 𝐒𝐄𝐗 - (sᴀᴛᴏʀᴜ ɢᴏᴊᴏ × ʟᴇɪᴛᴏʀ ᴍᴀsᴄᴜʟɪɴᴏ)Onde histórias criam vida. Descubra agora