O reveillon finalmente chegou, e eu não pretendia me submeter aos mesmos erros que cometi anteriormente. Bom, mesmo que eu tenha que arcar com as consequências do ano que se passou.
Satoru e eu concordamos em passar a virada na companhia um do outro, porém, com nossos outros vínculos em conjunto. Ele me disse que só traria um amigo e talvez a sua irmã por parte de mãe. Confesso que estou um pouco ansioso, será a primeira virada de ano que terei um parceiro - romanticamente falando - para compartilhar. Concordamos em ser apenas uma volta na beira da praia durante a queima dos fogos e cada um iria para a sua casa depois disso. Porém, é claro, eu não iria dormir na cama vazia. Afinal, estamos caminhando para dois meses de namoro.
— Por que a minha casa é o ponto de encontro? — direcionei minha fala para Amaya, que estava sentada no meio do sofá entre Megumi e Maki, que acariciava cuidadosamente os fios de cabelo da namorada sentada em seu colo.
— E por que não? Foi você que nos chamou! — ela contorceu a boca em um bico falsamente irritado como se estivesse ofendida com a minha pergunta.
Suspirei, desistindo do assunto e ocasionando uma risadinha nasal das namoradas ali presentes.
— Gatinho, você está muito nervoso. — Satoru me abraçou por trás e apoiou o queixo no meu ombro, mas nada desrespeitoso. Ele sabe que não me sinto confortável com carícias demais na frente de outras pessoas. Percebendo que ninguém estava prestando atenção em nós, ele virou levemente a cabeça para o meu ouvido e sussurrou: — Se você quiser, eu conheço um ótimo ''remédinho'' para esse seu estresse.
Eu dei uma cotovelada discreta em seu estômago, o fazendo rir e sobrepor o meu cabelo com sua mão direita, bagunçando-o enquanto me virava de frente para si. Eu estou um pouco nervoso, mas também estou feliz com a volta da rotina com o Satoru de sempre - sem aquelas atitudes estranhas.
— Como eu consigo te aguentar?
— Não sei. É tão grande assim?
— Grande? — Seu questionamento me deixou confuso até que ele sorrisse maliciosamente. — Filho da puta.
Dei as costas as suas risadinhas e fui até o balcão em busca de algo para beber. Peguei uma garrafa de vinho que já estava aberta e nem me importei com copos ou taças, apenas levei o gargalo da garrafa próximo a boca mas, antes que eu pudesse tomar, senti minhas mãos vazias e minha fonte de tranquilidade ser retirada de mim.
— Devolva.
— [Nome], eu já disse que você não vai beber nada assim até ir ao médico.
— Mas eu estou bem, a terapia já me basta. — tentei pegar a garrafa novamente, mas Satoru a tampou e a guardou no armário de cima.
— Não estou falando deste tipo de médico e você sabe disso. E, aliás, quando você começa desse jeito sabe que não para antes da metade do litro.
Suspirei, derrotado.
Puxei o mais alto pelo pulso até o outro lado da cozinha onde teríamos mais privacidade e reuni um pouco mais de calma para falar.
— Olha, Satoru. Eu sei que está preocupado, mas eu estou me sentindo melhor. Não bebo desde que... — seguro sua mão e giro a aliança em seu dedo. Ele compreende. — Eu não acho que me faria mal agora. É casual.
— Não sei se posso me sentir confortável com isso.
— Vai me ajudar a relaxar.
— Isso é vício, não é casual. Você não quer beber pela diversão, quer beber para se acalmar.
— Não é, eu já estou sem faz mais de quinze dias.
Ele fecha os olhos e leva a mão até a têmpora, como se estivesse com dor de cabeça.
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𝐀𝐑𝐑𝐎𝐆𝐀𝐍𝐓 𝐒𝐄𝐗 - (sᴀᴛᴏʀᴜ ɢᴏᴊᴏ × ʟᴇɪᴛᴏʀ ᴍᴀsᴄᴜʟɪɴᴏ)
Fanfiction- Todos nós temos um lado perverso, uma parte que não mostramos a ninguém. No caso de Satoru Gojo, sua malícia se esconde atrás de belos olhos azuis. ✦ sᴀᴛᴏʀᴜ ɢᴏᴊᴏ × ʟᴇɪᴛᴏʀ ᴍᴀsᴄᴜʟɪɴᴏ +18 Esta história pode causar gatilho em pessoas com transtorno d...