Estamos na estrada há pouco tempo.
Depois que saímos, ele me levou até seu carro e trocamos pouquíssimas palavras. Pensei em dizer alguma coisa para quebrar o gelo, mas não criei coragem o suficiente para me soltar. Quero perguntar onde estamos indo, o que ele tem em mente e coisas do tipo. No entanto, ainda sinto um pouco de desconforto. Vou deixar isso para outro momento. E, além de tudo, não consigo ignorar certas preocupações. Preciso chegar em casa cedo, tenho que trabalhar amanhã. E a aula? Eu devia estar lá agora.
— Eu pagaria para saber o que atrai tanto seus pensamentos. — Gojo fala suavemente, sem tirar os olhos da estrada. Talvez tenha notado minha falta de atenção com o aqui e o agora.
— Quanto?
— O quanto você quer? — consigo sentir o seu olhar sobre mim, mesmo que de canto.
Eu dou de ombros e sorrio.
— Digamos que eu precise resolver alguns problemas.
— Que misterioso. — ele solta uma risada baixa. — Chegamos.
Ele estaciona e nós descemos. Eu encaro o local e a placa em cima.
"Cat Cafe: Mocha Harajuku"
Café com Gatos?
— Bom — ele passa o braço por trás do meu pescoço, apoiando-o no meu ombro. — Eu disse que iríamos beber, mas não agora.
— Certo. — Eu viro o rosto para o lado com uma expressão divertida. — Eu esperava tudo, menos isso.
Gojo também inclina sua cabeça para mim sem tirar o braço do meu ombro, nos deixando cara a cara.
— Tudo?
Engulo em seco. Ele está próximo demais. Consigo sentir o cheiro de seu perfume, o hálito fresco de sua boca e, principalmente, o seu olhar intenso pesando sobre mim.
Eu me afasto, me esforçando para ignorar isso. Ouço sua risada descarada, e aposto que ele se diverte com isso. Inferno.
Entramos no estabelecimento e fico um pouco aflito por não encontrar ninguém. Mas, em contrapartida, sou recepcionado com animais felpudos roçando na minha perna. Não consigo manter a postura assim, e me agacho para acariciar todos os felinos que se aproximam.
— Olha só — ele agacha ao meu lado. — Parece que acertei nos seus gostos.
— Quem sabe? — um gato cinzento se deita na minha frente, e aproveito para agradá-lo. — Por que estamos sozinhos?
— Liberei todos mais cedo hoje. Mas fique tranquilo, assim que sairmos, vou chamar as assistentes para ficarem de olho nesses bichanos. — Gojo pega um gato no colo, o levantando como se fosse um bebê. — Dizem que ele parece comigo. O que acha?
Eu olho para o animal branco, peludo e de olhos azuis. Ele mia.
— Quase confundi.
— Tem razão. Eu sou um gato mesmo.
Eu reviro os olhos e fico de pé.
— O que quis dizer com "liberei todos mais cedo"? — cruzo os braços.
— Quis dizer que liberei todos mais cedo. — ele levanta logo depois de mim.
Eu bufo.
— Tudo bem, estou brincando. - Ele vai até a parte de trás do balcão. — Quer alguma coisa?
Eu me sento nas banquetas da frente.
— Aceito um café.
— Açúcar?
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𝐀𝐑𝐑𝐎𝐆𝐀𝐍𝐓 𝐒𝐄𝐗 - (sᴀᴛᴏʀᴜ ɢᴏᴊᴏ × ʟᴇɪᴛᴏʀ ᴍᴀsᴄᴜʟɪɴᴏ)
Fanfic- Todos nós temos um lado perverso, uma parte que não mostramos a ninguém. No caso de Satoru Gojo, sua malícia se esconde atrás de belos olhos azuis. ✦ sᴀᴛᴏʀᴜ ɢᴏᴊᴏ × ʟᴇɪᴛᴏʀ ᴍᴀsᴄᴜʟɪɴᴏ +18 Esta história pode causar gatilho em pessoas com transtorno d...