— Porra… eu choro óleo?! — foi a primeira coisa que a garota ouviu quando recobrou a consciência. Aos poucos abriu os olhos, vendo Sneha passar as mãos pelos olhos e encarar elas surpresa e confusa. Então viu o brilho, vindo das mãos da menina, vindo do seu próprio rosto molhado pelas lágrimas e então da sua barriga.— Você realmente aprendeu a usar “porra”, ein menina?
Ela viu Sneha tomar um susto quando falou, levantando o rosto rapidamente, a expressão incrédula enquanto se aproximava. Então a menina tocou o seu rosto, passando os dedos com delicadeza, parecia estar testando se ela era mesmo real.
— Você está viva! — Sneha estava soluçando, chorando enquanto ria e abraçava ela.
— Ai, sim estou… Mas ainda está doendo, calma… Acho que sua mágica ainda está curando a ferida.
— Você está viva, você está bem! Eu te salvei, minhas lágrimas estranhas te salvaram! — a menina disse e então beijou a outra de novo, um beijo rápido já que logo voltou a falar. — Como está se sentindo? Está doendo?
— Está só… formigando. É estranho, mas pelo menos não está doendo como antes. E tem cheiro de hibisco.
— O quê?
— Suas lágrimas, pelo menos as que estão no meu rosto, tem cheio de hibisco. Acho que é por causa do que fizeram antes de você nascer… você meio que me salvou.
— Meio? Eu literalmente te trouxe de volta à vida!
— Ok, ok, mil desculpas, menina. Meus sinceros agradecimentos à Mirai, a princesa perdida que chora óleo de hibisco.
Sneha fez uma cara de desgosto ao ouvir Mirai que só piorou depois que Anjum falou “princesa perdida”, e a garota percebeu o desconforto.
— Não gostou? Ainda prefere Sneha?
— Você não acha horrível? Tipo, eu ser filha exatamente daqueles que fizeram mal a você? Tanto meus pais de sangue que sempre te perseguiram e mamãe que acabou de te dar uma facada.
— Aquela mulher sequestrou você, isso sim eu acho horrível… e sobre seus pais, eu ao menos acho que foi bom você não ter crescido no haveli, seria bem triste ter uma menina bonita dessas contra mim.
— Agora que percebi, você, sua ladra, roubou a minha coroa… e ainda me fez devolver! Eu deveria te levar presa?
— Sinto dizer que mesmo que queira me prender, antes tenho que te levar de volta para o haveli imperial, prometi ao Imperador, que por sinal é o seu irmão, que te levaria de volta.
— Se não me levar, o que vai acontecer?
— Eu ainda sou uma ladra, meus crimes só serão perdoados se eu te levar, então provavelmente viriam atrás de mim por todos eles e ainda por sequestrar a princesa.
Sneha então se levantou, parou na frente da garota e ofereceu a mão para ajudá-la a se levantar. Ela estava sorrindo, um sorriso engraçado que parecia querer imitar as expressões irônicas de Anjum.
— Então acho que vamos ter que fugir.
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Estrelas Flutuantes - Uma releitura sáfica de Enrolados
RomanceSneha viveu quase 18 anos presa dentro de uma torre, convivendo apenas com sua mãe. Alguns dias antes de seu aniversário de 18 anos uma garota escala a torre e entra em sua casa, é Raatri Chor, a Ladra da Noite, a criminosa mais procurada e conhecid...