14. ANJUM

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— Raatri.

— Olá, primos, como vai? Então, sei que eu fiquei com a mukut por um tempo… mas toma.

Anjum então jogou a coroa para os primos, se virando para entrar na canoa novamente.

— Não queremos mais a coroa.

— O quê?

— Fizemos um trato… com uma senhora. Uma senhora muito rica que nos deu bastante dinheiro em troca de uma coisinha simples.

Os dois começaram a se aproximar nela, o olhar deles era de vingança, um sorriso estampado nos rostos dos dois. Anjum começou a andar de costas e caiu dentro da canoa.

— É o seguinte. Tome a coroa.

Um dos seus primos colocou a coroa em sua mão e amarrou com uma corda.

- O que...

— Senta aí, isso, bem direitinho.

O outro amarrou os seus pés.

— O que vocês estão fazendo? Me larguem! O que vocês querem? Eu já entreguei a coroa. Me larguem!

— Caladinha.

Anjum sentiu uma pancada na cabeça e então perdeu a consciência.

Quando acordou tonta, sentiu que estava sendo arrastada por um longo corredor. Abriu um dos olhos, tudo estava embaçado, ela só conseguiu ouvir vozes dos homens que a carregavam, um de cada lado.

— Finalmente pegamos essa daqui.

— Essa mulher vai ter o que merece.

Então jogaram ela em um chão de pedras, ainda tonta viu um portão de ferro se fechando, e o pouco de luz que iluminava o cômodo indo embora.

Estrelas Flutuantes - Uma releitura sáfica de EnroladosOnde histórias criam vida. Descubra agora