Tobias Bernstoff
Descemos radiantes para o café da manhã, mãos entrelaçadas, a felicidade iluminando nossos rostos. Sophie, animada como sempre, está no colo de Nihara, seus risos contagiantes preenchendo o ambiente.
Nihara, com seus cabelos soltos, exala uma beleza natural que me deixa encantado. Por um momento, consigo esquecer as complexidades e desafios que enfrentamos como família.
— Mama, vamos comer catato? — Sophie pergunta, seus olhinhos brilhando com a expectativa.
— Sophie, meu amor, não dê ideias para o seu irmão. Não temos catato em casa. E a sua avó não pode descobrir sobre isso, tá bom?
— Está bem, mama.
Antes que eu possa intervir, Nihara esclarece a situação:
— Menino, né? — Solto uma risada leve.
— É só uma intuição que eu tenho. — Vamos lá.
— Então o nosso garotão vai gostar de saber que até amanha, ele vai ter a sua comida estranha favorita. — afago sua barriga, que cresce mais a cada dia.
As duas explodem em alegria, enchendo-me de beijos e abraços. A ansiedade por este dia especial só aumenta.
Ao chegarmos à sala, somos surpreendidos por Nancy, a empregada.
— Senhor Tobias, o café está sendo servido no jardim de inverno. Não foi informado?
— Não, Nana. Mas obrigado.
— Nancy, querida, o meu menu especial está pronto?
Nancy, com um sorriso caloroso, confirma:
— Sim, dona Nihara. Vão lá para fora que trago já... E, fico feliz que tenham feito as pazes.
Agradecemos, e Nihara deixa um beijo exagerado no rosto de Nancy, dirigindo-se para a saída com Sophie em seu encalço.
— Então, Sophie, meu anjinho, qual é a notícia? — minha mãe pergunta, controlando cada gesto e olhando para Nihara com uma expressão que denota a expectativa de uma resposta adequada.
Sophie põe a mãozinha no queixo, como se estivesse profundamente pensativa. Isso me faz rir.
— Vamos, Sophie, não faça suspense. — Hermann incentiva a pequena, sorrindo.
— Vou ter um catato! — Ela exclama, soltando uma risadinha.
Desvio o meu olhar para Niah, que tem os olhos arregalados. Nos viramos para a pequena, fazendo-lhe sinais.
— Catato? — Astrid, ri. — Acho que ela quis dizer "gato", não é?
Sophie balança a cabeça afirmativamente.
— Sim, sim, um gato! O papai mandou vir. — Ela diz animada, enquanto a senhora Heide mantém um olhar desconfiado. E eu e a Nihara suspiramos aliviados, apesar de que talvez ela não tenha se convencido.
— Oh, meu Deus, Tobias, você está mimando demais essa criança.
Sophie faz uma expressão chorosa.
— Heide, pare está deixando a nossa neta, triste — meu pai, intervém.
— Mãe, acho que a Sophie está apenas animada com a chegada do "gato". Deixe-a aproveitar a empolgação.
— Sim, mãe, ela é uma criança. E eu só quero vê-la feliz. — Respondo, defendendo a minha filha.
— Mas temos que impor regras, Tobias. — ela declara ao olhar para Nihara. — Concorda, não é, Nihara?
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NÃO POSSO TE AMAR [Revisando]
RomanceNihara decide recomeçar a sua vida em Berlim, determinada a superar a traição que sofreu pouco antes do seu casamento. Com foco total na sua carreira, ela busca sucesso profissional e pretende evitar qualquer envolvimento emocional. Porém, o destin...