Limpava seu rosto de forma irritante, odiava chorar e com certeza agora estava se odiando por fazer justamente isso. Segurava firme o celular em sua orelha enquanto ouvia os maiores absurdos que já foram ditos por sua namorada, Susie.
— Você vai simplesmente terminar comigo no dia do meu aniversário por eu preferir ficar quieta em meu canto ao invés de sair? – disse Rowena ainda descrente da situação.
— Você sabe como eu sou, Rowena. Eu não vou ficar o resto da minha vida com uma pessoa que não consegue sequer ficar fora do próprio quarto.
— Você sempre soube que eu era mais na minha, isso é injusto para um caralho.
— Acabou, Rowena. Chega dessa conversa, você não vai mudar e eu não vou me prender a você.
— Eu posso mudar, Susie. Confia em mim, eu posso.
— Eu só acredito vendo. Mas não vou me esforçar para estar por perto. Aliás, feliz aniversário.
Desligou o celular deixando-a estática sem acreditar. Sua boca seca estava agora recebendo mordidas na tentativa frustrada de retirar pequenas pelinhas da região e suas mãos soavam enquanto afastava o celular da orelha.
— Filha da puta! – disse alto o suficiente para ouvirem do lado de fora da porta.
Deixou o celular na cama e sua tela acendeu marcando meia noite e quarenta e seis. Uma lágrimas solitária rolou por seu rosto, ela odiava a droga do dia do seu aniversário.
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— Abram na página setenta e oito. – disse o professor.
Rowena não conseguia parar de encarar Susie do outro lado da sala de aula, não conseguia entender o porquê de ter acabado com tudo por um motivo relativamente bobo. Abriu seu livro na página pedida e encarou as imagens.
— A primeira imagem, alguém sabe me dizer o que é? – o mais velho perguntou.
— É a estátua do rei Agustos – disse Amaja. — Foi construída para fazer a separação das terras de Ciberius com a do reino vizinho de Magor.
— Isso mesmo, Amaja. A estátua se repararem bem tem o rei apontando para frente, porém seu dedo indicador foi quebrado e perdido a muitos anos e nunca mais foi achado. Acabando assim com a separação dos reinos. – virou-se para o quadro e anotou dois nomes. — Ciberius antes quando ainda estava sendo reinada por Agustos se chamava Arbor que era vizinha de Magor. Ganhou o nome de Ciberius anos depois como homenagem.
— E a lenda, professor? – disse Amaja.
Amaja e seu grupo de amigas era obcecado pelas lendas da cidade de Ciberius, todas as aulas de história que mencionavam qualquer coisa sobre a cidade elas tomavam a aula para si e contavam sobre a lenda. Rowena nunca deu bola pois sabia que ela e suas amigas eram uma mais maluca que a outra, não havia forma de levar nada a sério.
— Não passa de histórias, Amaja. – respondeu apático.
Continuou sua aula sem voltar ao que falava, mostrou outras páginas onde contava sobre a parte do castelo que não havia se perdido. A escola organizaria na próxima semana uma excursão até o local para mostrar aos estudantes mais sobre a cultura da região. Todos ansiosos agora recolhiam seus materiais para voltarem para casa, era uma sexta feira e Rowena já pensava nas várias formas de se manter trancada no quarto o dia todo.
— Ei! Rowena? – ouviu a voz conhecida e olhou para o lado.
— Ah! Amaja, o que quer?
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De volta ao século XVI
RomanceRowena Rarver costuma ser o tipo de garota que não anda em grupos, mesmo que estes estejam sempre ao seu redor tentando trazê-la para perto. Após muita insistência e por uma motivação a mais, a garota resolve dar uma chance às meninas que sempre a c...