Depois de uma conversa que durou horas, todos foram dormir. Rowena durante a noite saiu, foi até a parte de fora do castelo e se sentou na escada que descia para o jardim. Sem sono, Ciberius também decidiu perambular pelo castelo até que achou sua cunhada. Foi devagar até ela, se sentando ao seu lado e dando um boa noite baixo na tentativa falha de não lhe assustar.
— Sinto que minha alma saiu do corpo. – ela disse enquanto ria.
— Não foi a intenção – acompanhou Rowena em uma risada baixa. — Jarlath me disse que não podia andar sozinha.
— Não posso, ele escondeu a chave do quarto mas achei ela no terceiro dia. Desde então venho espairecer um pouco no meio da noite, sem que ninguém veja.
— Também não consegui dormir, estou preocupado com seus sentimentos.
— Estou melhor que nos primeiros dias, pode ter certeza. Não imagina o quanto sua presença aqui vai melhorar as coisas. – deitou sua cabeça no ombro do rapaz. — Você é meu melhor amigo.
— Ora! Dê méritos também a Jarlath, ele faz o que pode.
— Sei que sim, e nunca deixarei de concordar que ele é um ótimo marido, mesmo que nós não tenhamos um casamento como os outros.
— Achei que estavam resolvendo isso.
— Depois que voltamos de Magor não tivemos nenhuma conversa relacionada a nossa união.
— E algo mudou?
— Não sei, tudo que sinto é que sem a presença de Jarlath eu já teria desmoronado completamente sem Agustos.
— O que acha de amanhã darmos uma volta? Nós dois e Jarlath. Podemos ir até o rio que fica próximo ao castelo, lá é uma região não muito frequentada, vai ser tranquilo.
— Por mim tudo bem, vou adorar conhecer.
Sorriu, já sabia como era o rio no futuro. Ambos se despediram enquanto Rowena se levantava indo em direção ao quarto. Jarlath que estava esse tempo todo ouvindo a conversa próximo à escada que levava para o jardim, correu depressa para a cama. Percebeu logo no início que Rowena havia descoberto onde estava a chave e desde então sempre acompanhou suas escapadas noturnas. Conseguiu chegar antes dela, é claro, e se deitou fingindo dormir desde o início.
Ao Rowena se deitar, como em todos os outros dias, apenas a abraçou fingindo ser um movimento espontâneo. A parte que mais amava em seus dias era quando ela o mantinha ali, às vezes até mesmo acariciando seu braço de leve. Torcia para a noite chegar, apenas para que se tocassem daquela forma.
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— Bom dia. – Jarlath disse a Ciberius que acabara de entrar na sala de jantares.
— Bom dia, irmão. – se sentou após falar, estava com uma expressão divertida na face.
— Pois diga logo o que tem a dizer.
— O quê? – sorriu ladino.
— Sei que tem algo a falar.
— Acho fofo a forma que ambos se entendem. – pegou uma maçã que estava em cima da mesa e mordeu.
— Eu e Rowena?
— Sim, acha mesmo que não o vi ontem a noite enquanto eu conversava com ela? Tentou se esconder de mim enquanto eu chegava, mas o vi. E sei que ouviu nossa conversa também, mas pode ficar tranquilo pois inventei o passeio apenas para os dois ficarem juntos. – mordeu outro pedaço.
— Pois saiba que eu não quero ter um passeio com ela. – virou o rosto deixando o nariz empinado.
— Não seja modesto, sei que gosta dela. E sei que ela não o odeia como diz, ambos apenas estão se afastando com essa encenação de rivais.
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De volta ao século XVI
Lãng mạn# EM ANDAMENTO ⏳ Rowena Rarver costuma ser o tipo de garota que não anda em grupos, mesmo que estes estejam sempre ao seu redor tentando trazê-la para perto. Após muita insistência e por uma motivação a mais, a garota resolve dar uma chance às menin...