Era um silêncio ensurdecedor, misturado com pensamentos tão barulhentos que poderiam fazer ambos terem a certeza de estarem sendo ouvidos um pelo outro. Rowena foi a primeira a se afastar, fazendo com que Jarlath também se afastasse. O homem se virou tentando não olhar nos olhos dela, e ela, confusa demais apenas saiu.
Não queria pensar, mas não conseguiu tirar aquilo de sua mente. Até que ponto "apenas hormônios" é real?
Indo diretamente para seu quarto ao adentrar o local bateu tão forte a porta, que pode ter a certeza que o barulho se alastrou pelos demais corredores. Suspirou fundo antes de começar a retirar suas vestimentas, sua cabeça estava um caos e ficar naqueles vestidos apertados não ajudaria em nada. Pegou uma camisola de tecido leve e deixou-a escorrer pela dimensão de seu corpo, estava quentinha e agora poderia finalmente deitar sua cabeça no travesseiro e torcer para que ele não começasse a entrar também em seu sonhos.
இ
Estavam os três reunidos a mesa para o almoço; Agustos que sempre estivera entre eles com o silêncio acabara percebendo que desta vez não estava normal, queria perguntar delicadamente em seu momento pessoal com Rowena, mas fazer a pergunta ali e agora faria ele descobrir pelas feições de ambos se realmente havia algo acontecendo.
— Quando irão me dizer o que aconteceu? – disse tranquilo encarando o rosto dos dois outros à mesa.
Rowena engoliu a seco a comida e Jarlath que bebia um pouco de água travou com o copo entre os lábios. Estavam esperando o outro ceder e falar, mas à cada segundo que se passava sem resposta mais o rei desconfiava que algo havia acontecido.
— Ontem a noite, depois de todos terem ido dormir ouvi um barulho estrondoso. – continuou. — O bater de portas.
— Pode ter sido um sonho – Rowena rebateu, apenas voltando a comer e vendo Jarlath soltar a taça de água.
— O peculiar, Rowena. É que todos já estavam na cama, como se alguém houvesse saído de seu quarto e voltado para ele depois.
— Talvez algum de nossos gentis trabalhadores tenham deixado uma porta aberta que se chocou com o vento. – o outro homem respondeu.
— Absurdo total! Mentem como crianças.
Continuaria seu discurso mas fora interrompido quando Gwina, a responsável por Rowena acaba entrando na sala de jantar. Todos estavam com perspectiva de que era algo para ela, mas se espantaram ao ver ela ir até Jarlath.
— Vossa majestade, Jarlath. Carta para o senhor.
Era normal, mesmo que não fosse para Rowena, Gwina estava encarregada de fazer tudo por ela no palácio; Isto incluía ser a primeira a saber de tudo antes que chegue até a Rainha.
Jarlath lia em silêncio fazendo a curiosidade alheia se alastrar, foi só então quando ele sorriu que souberam que estava tudo bem. Ele por fim não dissera nada, apenas se levantou gentilmente fazendo reverência e saindo da mesa. Rowena tentou ignorar e voltar a comer sua comida, não queria mesmo manter contanto com ele então era melhor que o rapaz houvesse mesmo se levantado.
Passaram o restante de sua tarde na biblioteca, falam de assuntos aleatórios mas Agustos queria mesmo entender o que poderia estar acontecendo. Não queria inconvenientes acontecendo com Rowena, se o novo rei houvesse feito algo para ela, ele iria resolver.

VOCÊ ESTÁ LENDO
De volta ao século XVI
RomanceRowena Rarver costuma ser o tipo de garota que não anda em grupos, mesmo que estes estejam sempre ao seu redor tentando trazê-la para perto. Após muita insistência e por uma motivação a mais, a garota resolve dar uma chance às meninas que sempre a c...