Capítulo 20

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O ar parece denso quando ela percebe que nada mudou, ela ainda estava ali na biblioteca. Seu peito começou a subir e descer de tensão, ela está confusa. Ela começa a dar passos, olhando ao redor para ver se algo acontecia, foi quando ela dá de cara com uma parede e cai no chão. Ela esfrega a testa e então a voz atrás dela tira ela dos pensamentos.

— Porra! Rowena?! – a voz de Amaja corta o ar.

Os olhos de Rowena se arregalaram, ela se levanta assustada, olhando ao redor. Ela estava no quarto de Amaja.

— O que!? O que eu estou fazendo aqui? – ela pergunta em voz alta.

— Eu não sei, você apareceu aqui do nada! – Amaja parece ainda mais assustada — Eu não vejo você a meses!

Rowena franze a testa, ela encara o quarto ao redor, iluminado apenas pela luz da lua. Era de noite? Mas... Ela disse o feitiço enquanto era de dia ainda, e ela estava na biblioteca.

— Eu não deveria estar aqui... – Rowena olha ao redor, vendo um pequeno calendário na cômoda de Amaja. — Essa é a data de hoje?

Amaja assentiu, fazendo o estômago de Rowena revirar. Ela pulou cerca de três semanas a frente, ela não viajou no tempo como antes, aparecendo no mesmo dia e no mesmo horário e apenas em séculos diferentes. Ela visualizou o quarto de Amaja e lá estava ela, no quarto da garota.

— Parece que eu consigo controlar onde quero estar – ela fala baixo e pensativa. — Mas eu deveria ter chegado aqui a três semanas atrás.

— Droga, Rowena. Você está me deixando confusa.

— Lembra quando eu sumi na floresta? – ela começa a juntar as peças, a garota a sua frente assentiu. — Eu demorei um pouco pra ir para o século dezesseis. E quando eu fiz o feitiço agora... Eu demorei um pouco para vir para o século vinte e um, acho que por isso tive esse salto de três semanas.

Amaja parecia cada vez mais confusa, mas com certeza interessada no assunto.

— Caramba! Isso está ficando cada vez mais confuso.

— Sim, eu pensei que... Pensei que tinha a situação sobre controle, mas aparentemente não... Droga! Isso quer dizer que fazem três semanas que estou sumida no século dezesseis? – ela pergunta para si mesma, mas Amaja responde.

— Aparentemente sim.

Rowena sente seu peito doer profundamente, ela nem se despediu dele e imaginar que agora fazem três semanas que ela não aparece e que ele provavelmente está desesperado em busca dela...

— Eu... Eu só queria voltar para resolver algumas coisas.

— Rowena... – ela diz, encarando a garota que parecia estar entrando em uma crise existencial.

— Eu preciso encontrar meus pais, eu não posso deixar eles continuarem pensando que eu morri... – ela fica pensativa — Preciso voltar para Jarlath também.

— Rowena! – ela diz mais firme, apertando a mão da garota. — Relaxa! São três da manhã, você precisa descansar.

— O que!? Descansar? Mas...

— Você parece exausta, essa viagem deve ter sugado até sua última energia.

— Mas...

— Sem 'mas', você vai se deitar e descansar e amanhã conversamos. Eu tomei um susto, sabia? Você apareceu aqui do nada dando de cara com a minha parede, fez um barulho enorme. – ela diz apertando mais a mão da garota. — Sorte que meus pais não acordaram.

— Mil perdões. – ela encara Amaja com um olhar apologético.

— Tudo bem, não foi culpa sua. Mas agora vamos deitar, você precisa me atualizar sobre muita coisa.

De volta ao século XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora