Capítulo 16

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— Bom dia. – disse Ciberius ao ver seu irmão se sentar à mesa.

— Bom dia.

— Onde está Rowena?

— Já está vindo.

— Irmão? – chamou, espremendo os olhos tentando ver melhor o pescoço dele. — Está roxo aí – apontou.

— Roxo?

— Sim, pequenas marcas.

Se lembrou da noite passada, de tudo que fizeram e do banho que cada um tomou após aquilo. Ficou nas nuvens e até propôs tomarem o banho juntos, mas Rowena estava tímida demais para dar um passo tão grande. Sorriu levemente, mas então voltou à realidade.

— Devem ser essas pestes voadoras. – abanou o ar.

— Bom dia. – disse Rowena, estava belíssima.

— Bom dia peste voadora. – Ciberius concluiu com uma risada.

— O quê? – ambos responderam uníssono.

— Não sou inocente, irmão. Papai me levou para conhecer algumas mulheres, sei muito bem que isso acontece quando há relações. – apontou para o pescoço de Jarlath.

— Meu deus! Me desculpa... – disso Rowena enquanto segurava o rosto de seu marido, tentando ver melhor o pescoço. — Eu achei que não ficaria.

— Ótimo saber que estão se dando bem, estão vou ser tio? – sorriu.

Estavam vermelhos, mas o coração de Jarlath disparou.

— Eu vou ser pai? – se levantou ficando de frente para Rowena, estava com um sorriso de orelha a orelha. — Isso é verdade Rowena? Serei?

— Não! – falou espantada. — Nós não fizemos nada, pode os dois tirarem essa ideia da cabeça de vocês.

— Então aquilo não foi tudo? – sussurrou.

— Não, Jarlath. Aquilo foi só o início.

— Então teremos um filho? Me diz que sim, por favor.

— Eu não pretendo ter um filho.

— Mas...

— Nada disso, eu decido. – saiu de perto dele, se sentando ao lado no centro da mesa.

— Acabaram os cochichos? – perguntou Ciberius. — Como assim não vou ser tio?

— Não quero mais falar sobre esse assunto, vamos comer. – ficou em silêncio, vendo os criados entrarem para servir o café da manhã.

Os irmãos se olharam, Ciberius não entendeu o que estava acontecendo mas estava feliz por Rowena ao menos estar se permitindo ter momentos mais íntimos com Jarlath. Já o mais velho, estava tentando entender se aquilo significava que eles não teriam um filho jamais.

Mais tarde, Jarlath terminou tudo que precisava no antigo escritório de Agustos e foi em busca de sua esposa que havia saído mais cedo com seu irmão. Queria passar mais tempo com ela, aproveitar que estavam em paz. Ao sair para fora do castelo observou Rowena de longe, estava abaixada mexendo em uma flor enquanto Ciberius dizia algo rindo.

— Olá, terminei tudo que tinha por hoje.

— Olá, irmão. Estamos falando sobre as plantas. Estava contando para ela a vez em que mamãe foi colher flores para impressionar os convidados, fingindo ter um dom com as plantas e colheu uma planta que deixou ela com alergia por três dias.

— Foi ótimo para ela me deixar em paz por alguns dias. – concluiu com um sorriso.

— Com licença, vossa majestade. – se reverenciou.

De volta ao século XVIOnde histórias criam vida. Descubra agora