CAPÍTULO 7

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《 Emílio Soares 》

Transei com o mascarado e me senti completamente sujo, como se ele só me quissesse para me usar , como se só existesse para ser usado.

O pior que gostei dele, gostei do seu toque, gostei do seu pau, gostei do gosto do seu pau na minha boca, gostei do jeito como ele me comia.

Depois que acabamos e ele me levou para um banheiro para me limpar e foi para seu quarto fazer o mesmo, me limpei rápido e fui embora,  mas antes deixei uma mensagem dizendo que sai para ver minha mãe no hospital e que se quisesse falar com ele é só me ligar.

Sai da sua casa sem fazer barulho, quando cheguei em casa eu desabei a chorar, estava me sentindo muito mal, tomei mais um banho e dormi um pouco para poder trabalhar amanhã e visitar minha mãe no hospital.

Acordo no outro dia muito cedo, me levanto e tomo um banho, estava muito suado,  de noite aqui faz muito calor e não tenho dinheiro para poder comprar um ventilador.

Tento esquecer o que aconteceu ontem, minha cabeça está muito confusa, pois sinto nojo de mim mesmo , mas também gostei do sexo. Estou enlouquecendo com isso.

Sempre fui gay e todos sabem disso, mas eu queria que minha primeira vez fosse especial, que quem tirasse ela fosse o meu namorado que um dia se casaria comigo. Não por causa de uma chantagem, falando se não dar pra ele por um ano chamaria a polícia  para me prender por ter assaltado sua casa.

Sei que o que fiz foi completamente errado, eu sei disso. Mas ele poderia ter arrumado outro jeito de resolver a situação,  podia colocar pra trabalhar na sua casa , já que parece que ninguém mora lá,  ela precisa de cuidados.

Tenho medo da minha mãe descobrir, se ela sabe disso é capaz dela não aguentar, ela me falava sempre que em hipótese alguma faça alguma coisa de errada para me ajudar, ela disse que preferiria morrer do que ver eu fazendo coisas erradas, imagina que fiz logo duas coisas das quais ela não queria que fizesse para ajuda-la, que foi roubar e se prostituir.

Claramente o mascarado me tratou como se fosse um prostituto, como se eu só servisse para satisfazer-lo e pronto, e isso confesso que me magoou e muito.

Pensei que podia confiar nele , mas estou vendo que não.

Só peço que esse ano passe logo, e pensar que só se passou um dia. Aonde eu tava na cabeça de ter feito isso.

Isso é para que eu entenda que toda ação tem uma consequência.

Tomo um café puro, pois só tinha dois pães e estou guardando para meu irmão,  ele é mais novo e precisa ser forte para poder crescer, eu aguento ficar algumas horas sem comer, ele não.

Pego as balas para vender e desço o morro em rumo para o centro de São Paulo para poder vender. Chegando lá encontro Sérgio,  não culpo ele por nada, ele não me obrigou a fazer nada, só deu escolhas para escolher e como sempre escolhi a pior possível.

-- Iae Emílio,  como está irmão? | Disse sergio vindo até mim e damos um toque na mão, o toque que criamos quando eramos crianças e que até hoje fazemos.

-- Estou bem e você?

-- Tem certeza que está bem? Parece preocupado. | Ele realmente me conhece muito bem.

-- Nada de mais, só coisas minhas. | Digo e ele fica me olhando.

-- E então,  como ficou o lance de ontem?

-- Não,  tinha gente morando lá,  me pegaram no flagra. | Disse e ele ficou espantado.

-- Poxa vida, e como você se livrou disso?

-- Não me livrei... | Ele me olhou curioso.

-- Como assim?

-- Ele me colocou entre paredes, disse que ou aceita minha proposta ou liga para a polícia.

-- Mas que proposta?

Não sei se é certo envolver ele nesse b.o , na verdade não queria que ninguém soubesse o que fiz e o que vou fazer por um ano naquela mansão que mais parece uma mansão mal assombrada.

CONTINUA....

A Proposta do MascaradoOnde histórias criam vida. Descubra agora