CAPÍTULO 13

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《 Emílio Soares 》

Só posso estar delirando,  eu escutei mesmo isso ou estou ficando doido.

-- O que?

-- Você pode vim morar comigo.

-- Mas e o meu irmão?  Ele só tem a mim.

-- Ele pode vim morar aqui também.

-- Eu não sei como agradecer senhor.

-- Que isso, deixamos de lado isso de senhor desde que você chupou meu pau. | Ele disse me deixando completamente vermelho de vergonha.

-- Para Breno. | Disse e ele rir, confesso que até esqueci tudo o que aconteceu comigo.

Com tudo que aconteceu acabei me esquecendo completamente de que devia ver o médico da minha mãe.

-- Tenho que ir.

-- Vai pra onde?

-- Preciso ir ao hospital,  antes disso tudo acontecer comigo recebi um telefonema, era o médico da minha mãe pra dizer que depois da cirurgia minha mãe ficou em coma.

-- Sinto muito, quer que eu te acompanhe?

-- Não precisa, sei como é difícil pra você fazer isso desde que sofreu o acidente.

-- Mas por você eu faço esse sacrifício.

-- Obrigado mesmo.

-- Então, vamos?

-- Vamos.

Ele colocou novamente sua capa e dou um riso, ele fica extremamente fofo e misterioso com ela.

Fomos para o carro novamente indo na direção do hospital, não demorou muito e chegamos.

Saimos e entramos, o Breno escondendo seu rosto, se não conhecesse pensaria que era um bandido.

Fomos para a sala do médico e chegando lá bati na porta e recebi um entre. Nós entramos , eu fui sentar na cadeira na frente do Médico e o Breno ficou no canto da sala com o rosto escondido, mas prestando atenção na conversa.

-- Então doutor, me explique o que de fato aconteceu com minha mãe.

-- Na verdade não tem o que explicar muito, realizamos a cirurgia de remoção do tumor e foi um sucesso, mas o corpo dela não aguentou muito e entrou em coma. Já vi casos assim, quando o corpo dela estiver em condições ela vai sair do coma, não posso fazer mais nada,  e isso pode acontecer hoje, amanhã,  uma semana, um mês,  um ano ou até mais.

-- Posso ver ela?

-- Pode. | Ele diz e saiu da sua sala indo para o quarto da minha mãe com o Breno do meu lado.

-- Obrigado novamente por ter dado o dinheiro da cirugia.

-- Não precisa agradecer, você me deu uma coisa muito melhor.  | Ele disse e sorriu, fiquei com vergonha pois já sei o que ele quis dizer com isso.

Entrei no quarto e vi minha mãe com vários aparelhos, isso faz meu coração ficar apertado, me deu uma tristeza que dava vontade de chorar e nunca mais parar. Ela sempre foi tudo para mim e para meu irmão,  que pena que ela sofreu muito com o meu pai.

Breno vem até mim e coloca sua mão no meu ombro,  e isso de certa forma me confortou.

Fui para o seu lado e sentei na cama, acariciei seu rosto, é como se ela estivesse dormindo e que acordaria quando meu irmão fizesse qualquer barulho.

Lembrei do meu irmão,  vou pedir para o Sérgio para que pegue o meu irmão,  minhas coisas e a dele e traga pra cá.

Pego o meu celular e mando mensagem pra ele, em minutos ele respondeu dizendo que chegava em alguns minutos.

Fiquei muito tempo olhando para minha mãe deitada naquela cama.

-- Irmão. | Meu irmãozinho  diz vindo até mim me abraçando e depois olhando para nossa mãe.

-- Oi meu anjo. | Digo abraçando e bagunçando seu cabelo, ele odeia quando faço isso.

Sérgio entra com minhas coisas e do meu irmão fazendo Breno ir para o canto do quarto escondendo seu rosto.

-- O que tá acontecendo amigo? | Sérgio me pergunta

-- Tive uns problemas com o dono do morro e tenho que passar uns tempo fora.

-- Mas pra onde tu e seu irmão vão?

-- Vou para a casa do Breno. | Digo apontando para ele, Sérgio olha pra ele, e se assustou pois só notou sua presença agora.

CONTINUA...

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