CAPÍTULO 19

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《 Emílio Soares 》

Ao entrar na casa fui até a cozinha para tomar um copo de água gelada para poder refrescar a minha mente, ainda não estava acreditando na cara de pau do meu pai de ter aparecido no hospital para ver minha mãe depois de tudo de ruim que ele fez pra ela.

Entrando na cozinha dou de cara com o Breno, ele me deu um copo de água e conversamos um pouco.

Ele convidou para ir ao shopping e fiquei até surpreso com esse convite, pois ele nunca saiu de casa depois do acidente, só algumas vezes e por minha causa.

Dou um sorriso de alegria, finalmente ele está superando isso e vai sair de casa por conta própria.

Saímos com seu carro e não durou muito e já estavamos na frente do tal shopping.

O Breno estacionou e estavamos andando até a entrada quando percebo que ele estava parado, com certeza estava com medo das pessoas verem o seu rosto.

Fui até ele e falei algumas palavras de incentivo e no final peguei na sua mão,  como era o esperado deu certo e entramos no shopping,  mas ao ver as pessoas olhando para seu rosto ele colocou o capuz escondendo a parte que contém a cicatriz,  não falei nada, ele tem que superar isso sozinho, mas deixei bem claro que estarei ao seu lado para o que ele precisar.

Fomos para uma loja de calças sociais, provei algumas que ele pediu e o jeito que ele me olhou me deu até vergonha. Ele também provou algumas e comprou outras para o meu irmão.

Depois fomos para uma loja de camisas, compramos algumas pra gente e pensei que já iamos embora, pois estavamos cheio de coisas.

Mas ai ele diz que ainda falta sapatos, relógios e ternos. Não precisava disso tudo, até falei isso para ele, mas como sempre ele não me ouviu.

Com isso fomos comprar alguns ternos, ele vistiu um preto que ficou perfeito em seu corpo,  claro que fiz ele comprar esse. Já pra mim ele comprou um cinza, um preto e um azul escuro, gostei de todos.

Saimos da loja e entramos na loja vizinha que era de sapatos, de cara dava pra perceber que eram muitos chiques, provei alguns e ele também. No final compramos tudo que provamos.

Depois de ter saido da loja de sapatos andamos mais um pouquinho e entramos em outra, só que agora era de relógio. Um relógio mais caro que o outro, olhamos e ele escolheu 3, todos maravilhosos.

Terminamos e fomos para o estacionamento, ao chegar entramos no carro e partimos para casa com um monte de bolsas.

Meu irmão vai ficar muito animado com as coisas que compramos para ele.

Falando nele,  olho para o relógio e já está quase na hora dele sair da escola.

-- Breno, será que pode passar na escola do meu irmão?  já está quase na hora dele sair.

-- Posso sim.

Minutos depois estamos estacionados em frente a escola esperando meu irmão sair. De repente o sinal toca e as crianças começam a sair correndo da escola, confesso que tinha saudade disso.

Meu irmão aparece no meio daquela multidão de crianças e ao me ver vem até nós,  abro a porta e ele entra.

-- Oii Emílio,  Oii Super heroi. | Ele fala e o Breno ri e acena para ele.

-- Oii maninho, vamos para casa, pois vai ter um jantar na casa da mãe do Breno e a gente foi convidado.

-- Mas Emílio,  hoje eu ia dormir na casa do meu amigo, você disse que tudo bem. | Era mesmo, tinha até esquecido disso.

-- Ah é mesmo, então vamos para casa para você se arrumar que te levo até a casa do seu amigo.

-- Tá certo. | Ele fala e começa a olhar a paisagem pela janela do carro.

-- Pelo visto Breno vai só nós dois mesmo.

-- Tudo bem.

Chegamos na casa do Breno e meu irmão foi correndo arrumar as coisas para poder dormir na casa do amigo dele. Já eu e o Breno pegamos as compras e levamos para nosso quarto.

CONTINUA...

A Proposta do MascaradoOnde histórias criam vida. Descubra agora