《 Emílio Soares 》Abro os olhos e a claridade quase me cega, olho em volta e não reconheço onde estou, mas aos poucos vou lembrando o que realmente aconteceu.
Tento levantar...sem sucesso, olho para meus pulsos e eles estão amarrados, me pergunto como não estava sentindo meus pés e minhas mãos amarradas...
Fecho meus olhos pensando se alguém tinha sentido a minha falta, deveria estar me casando agora, maldito metralha.
Nesse instante a porta é aberta, continuo com os olhos fechados, melhor fingir que estou dormindo, não quero ver a cara do desgraçado e muito menos fazer o que ele quer.
Sinto a cama abaixando, sinal que ele sentou nela, quando sinto ele tocando meu rosto minha vontade era de matar ele. Mas ele não parou por aí, suas mãos foi descendo no meu corpo todo, estava me sentindo completamente sujo, odiava tudo o que está acontecendo comigo.
-- Você é muito bonito e agora é todinho meu. | Disse com uma voz que me deu um certo medo e não parou de alisar o meu corpo.
-- Metralha... vou no mercado comprar alguma coisa , você quer alguma coisa? | Disse uma voz que não conseguir identificar, deve ser mais um capanga desse infeliz.
-- Quero sim, deixe eu fazer uma lista, quando Emílio acordar ele vai querer comer e quero que tenha tudo que ele gosta. | Disse e saiu batendo a porta.
Abri os olhos e dei graças a Deus que ele saiu do quarto, não estava aguentando ele me alisando. Olho para a cama e vejo uma chave, sorri de alegria e tentei alcançar com a minha mão, com um pouco de sacrifício eu consegui pegar.
Comecei a tentar cortar a corda com a chave, não acho que vai dar certo mas não custa tentar. Depois de alguns minutos noto que falta pouco para que a corda seja cortada, acelero meus movimentos com medo que o metralha volte e consigo cortar, dessamarro meus pés e saiu da cama.
Pisando com leveza no chão para não fazer barulho, saiu do quarto e vejo que estou em um casarão abandonado, estou no segundo andar e tinha muitas portas, ando mais um pouquinho e desço a escada com calma, até agora nenhum sinal dos capangas do metralha, que isso continue assim.
Vejo a saída mas quando ia pra ela escuto pisadas e a voz do metralha, olho em volta procurando um lugar para me esconder e noto uma porta ao meu lado, abro ela e trata-se de um escritório, escuto pela porta pra ver se já tinha ido embora.
-- Vou ao escritório pegar o dinheiro para você comprar algumas roupas para o Emílio. | Ao ouvir isso meu coração gela, vou para o lado e esbarro numa mesa fazendo um jarro espatifar no chão, fico desesperado... não sabia o que fazer, olho para os lados e vejo uma janela, vou até ela e noto que está aberta, pulo e saio correndo.
Não demorou muito e eles notaram o meu sumisso,pois estavam me perseguindo, estava rezando para que o Breno me achasse logo como ele me acho meses atrás.
Corro como se minha vida dependesse disso e por pior que pareça depende mesmo.
Mas não importa a velocidade que ia, pois eles sempre estavam na minha cola, finalmente cheguei numa estrada, não tinha nenhum carro passando. Eu não tenho nenhum pingo de sorte mesmo, quando a gente não precisa a estrada é cheia de carro, agora na situação em que me encontro não aparece nem um carro nessa maldita estrada.
Continuo correndo e já estava cansado pra caramba, minhas pernas estão avisando que vai travar, nessa hora que vejo um carro ao longe.
Aumento minha velocidade e grito balançando os braços para que o carro parasse, estava tão emocionado com o carro que nem reparei que o metralha estava chegando mais perto de mim. Só reparei quando caí no chão com a rasteira que ele me deu.
Olhei para ele e pude notar traços raivosos, confesso que fiquei um pouco com medo, mas decidi não mostrar isso para ele, pois saberá que tenho medo dele e isso não vou suportar.
Ele se aproxima de mim e me pega pelo braço me levantando.
-- O que você estava com a cabeça? Juro que estou perdendo a paciência com você...
-- Me solta e juro que não digo nada do que aconteceu...
-- Cala boca, eu nunca vou deixar você, melhor você se acostumar com isso...
-- EMÍLIOOOOOO | Meu coração gela, reconheço essa voz em qualquer lugar, olho para trás e o Breno saiu do carro.
-- O que você está fazendo aqui? | Metralha fala.
-- Vim buscar meu futuro marido...
-- Pois perdeu a viagem, ele é meu agora.
-- Piada é kkkkkk | Breno ironizou o metralha e ele não gostou nenhum pouco, ele sacou a arma e apontou pra ele e atirou, sorte que o Breno foi mais ágil e correu pra detrás do carro.
-- Ele nunca vai ficar com você... Ele vai ficar comigo por bem ou por mal. | Ao terminar a frase ele apontou a arma na minha cabeça, fechei meus olhos apavorado e foi nesse instante que ouvi o tiro...
CONTINUA...
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A Proposta do Mascarado
Любовные романыEmílio passa dificuldades financeiras devido a doença da mãe e do vício do pai, por consequência não vê outra alternativa além de assaltar uma mansão chique na zona sul da cidade, só que ele não imaginava era que o dono não tinha viajado. Breno era...