CAPÍTULO 12

1.6K 132 5
                                    


《 Breno Andrade de Bragança 》

Depois de termos transado ficamos no sofá,  eu sentado e ele com sua cabeça no meu colo. Começo a alisar seu cabelo e ele queria fazer duas perguntas, e essas perguntas me deixou um pouco mal.

Respondi elas e não querendo ser rude mandei ele embora. Depois que ele saiu, desabei no sofá e comecei a pensar em tudo o que aconteceu e que está acontecendo em minha vida.

Será que consigo viver o resto da minha vida fugindo das pessoas para que elas não me vejam? Ou tenho que encarar o meu medo e enfrenta-lo?

Porra Breno, você não tinha medo quando estava em guerra com os maiores terroristas, agora com pessoas comuns tá se cagando de medo?

Eu tento ser forte e corajoso, mas não consigo, preciso de ajuda nisso, espero que o Emílio não tenha desistido de mim.

Quer saber, vou até ele pedir desculpas, estou me sentindo mal por ele, como se estivesse acontecendo algo de ruim com meu pequeno.

Finjam que não escutou isso.... Não sei o que está acontecendo comigo, normalmente era só sexo e pronto, mas com ele é diferente, eu quero ficar com ele todo dia e toda hora, não aguento ficar longe dele.

Quando ele está na casa dele , aqui fica tão vazio,  queria que ele ficasse aqui pra sempre, sei que estou suando muito meloso,  mas sinceramente eu sou assim, e da última vez que fiquei assim não terminou muito bem pro meu lado.

Crio vergonha na cara e vou pedir desculpas para o Emílio,  pior que não sei onde ele mora, foi ai que lembrei do relógio que dei, nele tem um rastreador.

Vou para meu notebook e vejo qual sua localização,  pelo que vi está em uma casa da favela onde ele mora, mas não é sua casa.

Coloco uma capa preta para que ninguém possa me ver e pego meu carro indo até o local, não demorou muito e chego, tive alguns imprevisto para entrar na favela, mas consegui convence-los a me deixar entrar.

Saio do carro e estava indo bater na porta da casa quando um homem chega mais rápido e entra, quando ele abre a porta o Emílio sai correndo desesperado e chorando muito. Vou até ele o abraçando.

-- O que foi Emílio?

Ele não dissia nada, só sabia chorar e chorar.

Pela mesma porta que Emílio saiu um homem tatuado saiu mancando e com as mãos em suas partes íntimas,  não acredito que aconteceu o que estou pensando.... quando Emílio viu ele na porta ficou assustado e pediu para irmos embora logo.

Não deixei ele terminar a frase e já estavamos dentro do carro e indo embora a toda velocidade, o homem até que tentou impedir, correu atrás da gente e quando soube que não alcançaria pegou sua arma e atirou no carro, por sorte o triste é péssimo de mira, errou todos os tiros disparados contra nós.

Não sabia pra onde leva-lo , então levei para minha casa. O caminho todo ele chorava, tentei consolar mais não sabia como, sou péssimo nisso.

Enfim chegamos e descemos do carro, ele não saía do lugar, nunca tinha visto ele assim.

-- Vamos para dentro Emílio,  está frio aqui fora.

Com isso levei ele para dentro e sentamos no sofá.

-- Você quer contar o que aconteceu?

Ele olhou pra mim e abaixou o rosto envergonhado, por impulso alisei seu rosto com as costa da minha mão.

-- Eu fui pra casa depois que você quase me expulsou daqui,  ai o dono do morro queria falar comigo, mas quando cheguei na casa dele , ele me agarrou, eu não queria, eu dizia não,  mas ele não me escutava.

-- Sinto muito por isso ter acontecido com você Emílio,  você e ninguém merece passar por isso.

-- Quando a porta foi aberta senti que foi minha oportunidade, então dei uma joelhada nas suas partes íntimas e saí correndo, que bom que você estava lá. Mas o que levou você ter ido pra lá? já que é tão longe de casa.

Não podia falar a verdade, dizer que o amava e que queria muito que ele dissesse o mesmo, que queria namorar com ele,  que queria casar com ele. Se ele aceitar esse monstro aqui eu seria muito feliz nessa vida.

-- Fui pedir desculpas pelo jeito que agi com você. Mas pela atitude desse tal dono do morro, ele não te quer ver nem pintado de ouro, você não pode voltar pra lá Emílio.

-- E eu vou morar aonde?

-- Vem morar comigo.

CONTINUA...

A Proposta do MascaradoOnde histórias criam vida. Descubra agora