CAPÍTULO 27

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《 Breno Andrade de Bragança 》

-- Escute meu filho, não faça nada sem pensar. | Meu pai fala tentando me acalmar.

-- Nosso pai tá certo Breno...

-- E o que vocês querem que eu faça?  Fique esperando aquele desgracado matar o meu Emílio? Isso eu nunca vou deixar.

-- Eu tenho um amigo policial, espere que vou ligar pra ele, com certeza ele deve saber o que fazer numa ocasião dessas. | Meu pai disse e foi ligar para o tal seu amigo policial.

Sentei no banco que estava perto e não parava de pensar o quão apavorado o Emílio deve está agora na mão daquele mostro, meu irmão vem até mim e me consola colocando a mão no meu ombro, olho pra ele e ele diz:

-- Não se preocupe maninho, vamos pegar aquele desgraçado.

Meu pai desliga o telefone e vem até nós,  ele fala que seu amigo pode ajudar e que estava esperando a gente na delegacia e com isso partimos para a tal delegacia em que o amigo dele trabalha.

O caminho estava bem tranquilo, o que estava me matando mesmo é a preocupação com o que ele pode fazer com o Emílio.

Minutos depois chegamos na delegacia e entramos , eles estavam nos esperando na sala de reunião.

-- Obrigado meu amigo por está ajudar a gente... | Meu pai fala apertando a mão do policial.

-- Nada, é o mínimo que posso fazer, então... tem alguma pista que possa ajudar o caso? | O policial pergunta para meu pai e ele olha pra mim.

-- Tenho sim, quem sequestrou o Emílio foi o Metralha, você conhece?

-- O Metralha dono do morro?

-- Sim.. ele mesmo.

-- Já faz tempo que estamos tentando pegar ele, mas o desgraçado sempre arruma um alibe, mas agora não terá escapatória ele vai ser preso de uma vez por todas.

-- Espero que prendam aquele filho da puta. | Meu irmão fala

-- Não se preocupe, iremos rastrear o telefone dele e com isso saberemos a sua localização.

-- O problema é qie ele tá sem celular, pois foi deixado no carro no momento em que ele foi sequestrado. | Meu pai diz.

-- Que merda, assim complica...

-- Espera ai... | Digo e pego meu celular.

-- O que foi?

-- Eu tenho a localização dele. | Digo mostrando no meu celular.

-- Mas como? | Todos perguntam em uníssono

-- Eu dei de presente um relógio e nele tem um rastreador,  foi por ele que salvei o Emílio de ser estrupado por esse maldito na favela.

-- Que bom,  isso ajuda muito o nosso trabalho.

Com isso armamos um plano e fomos em dois carros separados em direções diferentes,  eu sozinho e no outro carro 4 policiais especializados em sequestro.

Ele estava perto da cidade, estava em um sítio bem perto na verdade, por isso não demorou muito.

Meu pai não veio comigo pois eles foram ver como estava o estado na minha mãe , eu vou lá quando pegar o Emílio de volta, mas eles juraram que assim que chegassem iam ligar e dizer nos mininos detalhes tudo sobre o estado dela.

Estava concentrado na estrada quando o telefone toca, era meu pai...

-- Alo, como a mamãe está?

-- Oii, ela está na cirurgia, mas os médicos garantiram que apesar dos tiros terem atingidos órgãos importantes, ela vai se recuperar.

-- Graças a Deus... espera pai, estou vendo alguma coisa na estrada, depois te ligo pra perguntar mais.

-- Tá certo meu filho. | Ele diz e desligo.

Olho para a estrada e vejo alguém correndo e balançando os braços,  não dá pra ver quem de certo era, mas só podia ser o Emílio,  mando mensagens para os policias avisando o que vi e eles disseram que estavam a caminho.

O metralha deu uma rasteira no Emílio e ele caiu no chão,  depois ele pegou pelo braço e o levantou.

Paro o carro em uma distância segura e grito o seu nome saindo do carro. Ele olha pra mim e pude notar o quão apavorado ele estava.

Trocamos algumas ofensas e ele quase  atirou em mim, sorte que fui mais rápido e corri para detrás do carro.

-- Ele nunca vai ficar com você... Ele vai ficar comigo por bem ou por mal. | Ao terminar a frase ele apontou a arma na cabeça do Emílio , ele fechou os olhos apavorado e foi nesse instante que ouvi o tiro...

Os dois caem no chão e vi que foi o policial que veio em passos lentos e atirou.

-- EMÍLIOOOOO | Corro até ele e começo a ver se ele foi atingido.

-- Eu estou bem.

-- Você tem certeza?

-- Sim, eu não fui atingido.

Ele se levanta e nos abraçamos,  estava com muita saudades desse abraço.

-- Fiquei louco quando soube o que tinha acontecido com você e minha mãe,  não parava de pensar em vocês dois...

-- Eu estou bem meu amor, foi só um susto... e como tá a sua mãe?

-- Está fazendo uma cirurgia por causa dos tiros que perfuraram alguns órgãos.

-- Podemos ver ela?

-- Já ia perguntar a mesma coisa kkkkk | Digo e fomos para o carro, nisso o policial pegou o Metralha que estava deitado no chão e colocou na viatura, o tiro tinha acertado seu ombro,  ele irá ficar bem e bem trancadinho na prisão.

Chegamos no hospital e encontrei meu pai na recepção.

-- Então pai... como foi a cirurgia?

-- Correu tudo bem, ela já está no quarto e até já acordou, acabei de sair de lá,  já ia ligar pra você pra dar a notícia.

-- Podemos ver ela? | Pergunto pra ele

-- Claro, pode ir... É o quarto 205.

Ao entrar no quarto minha mãe ficou muito alegre ao ver o Emílio a salvo, conversamos bastante e por muito tempo contando tudo o que aconteceu  e depois deixamos ela dormir um pouco.

Nos despedimos do meu pai e fomos até a casa deles pegar o irmão do Emílio que o meu cunhado ficou cuidando enquanto isso tudo acontecia. Assim que pegamos fomos diretos para casa e capotamos na cama.

CONTINUA....




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