CAPÍTULO 11

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《 Emílio Soares 》

Ele com toda certeza ficou chateado com minha pergunta, agora me arrependo de ter perguntado algo tão íntimo e que ainda dói nele lembrar disso.

Saio da mansão e vou para minha casinha na favela, mas antes vou ao banco trocar o cheque em dinheiro, depois que fui pra minha casa.

Ao chegar encontro meu irmão deitado no sofá assistindo, ele parecia muito triste , deve ser porque ele pensa que não vai poder ir para a viagem da escola com os amigos.

-- Tenho uma grande notícia para dar a você. | Digo e ele sorriu.

-- O que?

-- Você vai para a viagem, consegui o dinheiro dela. | Disse e ele ficou super empolgado, ficou pulando e depois me abraçando e agradecendo.

Meu celular começou a tocar e fui atender no meu quarto, era número desconhecido e com certeza era o Breno,  o meu mascarado ... meu NÃO,  estou pensando besteira já.

-- Oii, Breno?

-- Não,  aqui é do hospital, estou ligando para dar notícia da sua mãe.

-- O que aconteceu? A cirurgia não deu certo?

-- Não,  a cirurgia foi um sucesso, retirou a metade do tumor dela, mas ela entrou em coma e não temos previsão de quando ela irá acordar, sei que está ocupado trabalhando para sustentar seu irmão,  mas quando tiver tempo venha aqui por favor.

-- Vou ai agora mesmo. | Desligo o telefone e guardo o dinheiro da viagem do meu irmão e vou para o hospital.

Quando estava saindo do morro, uma moto para no meu caminho, reconheço,  era o Caveira, o amigo do dono do morro, tento desviar, mas ele fica na minha frente.

-- O Metralha quer ver você. | Disse em tom de ordem.

-- Não posso, tenho que ir ao hospital ver minha mãe .

-- Não me interessa, você vai por bem ou por mal. | Só me faltava essa.

Ele me puxou pelo braço e me levou até a casa do dono do morro.

-- Aqui está ele Metralha. | Diz me empurrando no sofá.

-- Obrigado Caveira. | Diz o dono do morro e deu sinal para ele deixar a gente sozinhos.

Ele olhou para mim com aquele mesmo sorriso malicioso de sempre que me deixa com medo.

-- Como vai meu amorzinho?

-- Não sou amorzinho de ninguém.

-- Acho bom, você tem dono e sou eu.

-- Não sou nenhuma propriedade pra ter dono, sou uma pessoa. | Ele vem até mim e senta ao meu lado e aperta meu braço com força me fazendo dar um gemido de dor.

-- Você é meu sim, se eu souber que está ficando com outro pode se preparar, pois mato ele na mesma hora.... estou doido pra ver você gemer assim com meu pau dentro de você. | Ele diz e a única coisa que sinto é nojo.

-- Me solta, preciso ver minha mãe no hospital, ela precisa de mim.

-- Sinto muito por isso, mas você só sai daqui depois que pagar tudo o que seu pai me deve, ele me deve muito em drogas, ou você me paga ou mato toda a sua família,  você decide!

-- Eu não tenho dinheiro, você sabe muito bem disso.

-- Você não precisa dinheiro, a dívida pode ser paga por uma noite de sexo bem gostoso entre a gente.

-- Não,  por favor... tem que ter outro jeito.

-- Emílio,  você sabe o quanto gosto de tu, você nem precisava trabalhar, se você me aceitar eu dou tudo o que você quiser. | Disse e veio pra cima de mim, ele me apertava forte, não tinha como o fracote que sou empurrar ele, nojo é o que mais me define agora.

Ele me beija, eu tento resistir mais ele é forte demais, ele é o dobro da minha altura, sinto que a coisa que menos queria vai acontecer.

Rezava, pedia a Deus e a todos os santos que me ajudasse a sair dessa. Nessa hora a porta é aperta, minha hora é essa, dou uma joelhada na sua virilha e corro.

CONTINUA...

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