Arrogance • Billie Eilish [G!P]

1.8

— Eu não acho que suas roupas são adequadas para o nosso passeio. — Foi a primeira coisa que O'Connell disse ao estacionar de frente ao meu apartamento, sem nem ao menos sair do carro.

Eu sorri de lado, bufando e revirando meus olhos. Meu corpo estava coberto em uma camisa branca de botões, nem tão justa nem tão folgada, juntamente a uma saia preta de tamanho regular.

— Vai começar de novo? — Eu suspirei entre um riso curto, me aproximando e abrindo a porta de seu carro luxuoso.

Minha chefe, por sua vez, estava vestida com uma calça legging e uma blusa de compressão de manga longa sem qualquer decote, que destacava seus seios.

Mordi meus lábios, observando-a atentamente enquanto ela estava sentada. No entanto, quando ela virou seu rosto na minha direção, desviei o olhar, olhando pela janela. Um sorriso anasalado escapou dos lábios dela enquanto ela dava partida no motor.

— Não. Mas falando sério, essas roupas estão inadequadas. — Ela diz, ainda com um sorriso sarcástico entre os lábios, dirigindo.

— Pra onde está me levando, então? — Dei uma risada breve e sarcástica, enquanto revirava meus olhos brincando.

— Você vai ver. Não é tão próximo daqui, então ligue o rádio, vai te entreter. — Ela falou, ligando o rádio por si mesma.

Mas, eu já estava entretida. Observava suas mãos adornadas com anéis dirigindo o volante, trocando marchas, enquanto sua expressão permanecia focada na estrada. De vez em quando, sua língua deslizava sobre seus lábios carnudos. O silêncio entre nós não me incomodava; pelo contrário, me deixava excitada.

Conforme ela havia dito, nosso destino não estava tão próximo. Levamos cerca de 40 minutos para chegar lá, em um local remoto, repleto de vegetação.

— Me trouxe para o meio do mato para me matar e esconder meu corpo? — Sorri de canto, olhando seu corpo melhor agora.

— Tentador, mas não. — Sorriu, abaixando sua cabeça. — Quem sabe da próxima?

Então, segurou meu braço sem muita delicadeza, me guiando enquanto andava. De fato, não era confortável andar de salto alto na grama, e eu quase pude sentir raiva de Billie por não me avisar para onde estávamos indo.

— Já andou a cavalo? — Ela questionou, soltando meu braço.

Eu arqueei uma de minhas sobrancelhas, observando-a colocar luvas em suas mãos. Com meu silêncio, ela olhou para cima para me ver.

— Vou tomar seu silêncio como resposta.

Eu balancei a cabeça levemente, incapaz de esconder minha curiosidade diante do que O'Connell tinha planejado para nós.

— Não. — Respondi, com um sorriso confiante.

O'Connell sorriu, parecendo satisfeita com minha resposta. Me guiou até a área do celeiro.

— Escolha um cavalo. — Ela mandou, com um brilho travesso nos olhos.

Com cuidado, me aproximei dos cavalos, sentindo um misto de medo e curiosidade. Finalmente, escolhi um cavalo de pelagem branca.

— Como se monta nisso? — Fiz uma careta confusa, Billie me olhou com um olhar de irritação pela maneira que me referi ao animal.

— Não o chame "disso". — Negou com a cabeça em desaprovação, se aproximando de mim e do cavalo.

O'Connell se certificou que a cela estava bem posicionada e me chamou para próximo com a mão.

— Mas estou de saia... — Eu murmurei, com um sorriso desesperado no rosto.