Arrogance • Billie Eilish [G!P]

1.2

Era o começo de uma tarde de terça, e o dia estava quente como Los Angeles costumava ser: o sol era tão árduo e certeiro que até as paredes pareciam estalar, como se se derretessem por dentro.

Suspirei aliviada quando entrei na empresa e o ar condicionado esfriou minha cabeça, fazendo com que relaxasse minhas pálpebras que antes evitavam o sol.

Ao notar a recepcionista me chamando com o seu dedo, eu andei até o balcão, sorrindo ao ver a mulher de cabelos castanhos.

— Apenas queria te avisar que O'connell te chamou no escritório dela. — Drew disse, e imediatamente eu arqueei as sobrancelhas.

— Certo. Deve ser sobre o roteiro. — Me lembrei, dando de ombros.

— Ela disse que é para você ir para lá imediatamente. — A acastanhada chamou minha atenção quando virei as costas em direção ao meu escritório.

— Imediatamente... — Sussurrei para mim mesma em forma de xingamento, indo ao elevador com uma expressão carranca.

Embora a irritação por ter que encontrar minha chefe irritante como a primeira atividade do meu dia, eu não pude deixar de contar os andares, balançando minha perna incessantemente.

Quando um tintilar indicou as portas se abrindo, ajeitei minha postura, adentrando o escritório luxuoso com olhos de desprezo, olhando através dos ombros de Billie, que lia um livro de bolso, dedicando toda sua atenção.

Minha atenção fora voltada para as pontas dos dedos sendo lambidas com o objetivo de facilitar a passagem de folhas, os olhos eram focados e sua expressão era curiosa, aspirei suave, dando um passo a frente, fazendo com que a imensidão azul dispensasse a curiosidade e olhasse para mim com os mesmos olhos arrogantes de sempre, e Deus; como desejei que fosse um livro, para que os olhos intensos me olhassem com interesse, e os dedos rígidos me tocassem com imensa curiosidade. Com esse pensamento, arfei novamente.

— Se suspirar acordada mais uma vez, vou assumir que está se atirando para mim. — Ela disse, demonstrando desinteresse e logo voltando a atenção ao seu livro.

Revirei meus olhos ao me lembrar com quem estava lidando.

— Pra quem me chama pra o escritório as 12 da tarde, você deve saber como é se atirar em alguém. — Eu disse, sugestiva.

A esverdeada olhou pra cima com um sorriso sarcástico e sua língua sob a fileira de seus dentes superiores, os olhos vidrados e convencidos.

— Eu não precisaria me atirar. — Ela mordisca os lábios.

— Você deveria parar de ser tão convencida. — O barulho de meus saltos altos invadiram o ambiente, me dando uma energia de superioridade.

— Não. Caí bem em mim. — Piscou um de seus olhos assim que me sentei na cadeira a sua frente.

— Por que me chamou aqui, afinal? — Me encostei, ficando mais confortável do que deveria.

— Humm... — Se espreguiçou. — Já te digo. Você pode só pegar aquele suco de laranja para mim?

Apontou para a geladeira, me lançando um olhar desafiador, e eu poderia negar, mas eu tinha uma ideia melhor.

— Sem problemas. — Eu sorri educadamente, indo em direção a geladeira e levando a jarra de suco, acompanhada pelo copo.

Notei que a mesa não tinha documentos ou novos roteiros; apenas o computador de Billie, seu livro e seu telefone, e com a conveniência, eu sorri.

— Deixe-me por no copo para você. — Com isso, segurei a jarra de maneira errônea, fazendo com que escapasse de minha mão e fosse direto em direção a Billie, a molhando e molhando todo o ambiente.

Eu fingi choque, dando um passo para trás quando O'connell levantou com sua camisa social molhada e uma expressão de nojo misturada com surpresa, eu sorri brevemente, mas a expressão logo foi disfarçada.

— Oh! Foi um acidente. — Fingi estar preocupada.

Billie continuou parada, encarando o computador pifado, seu livro molhado e sua camiseta encharcada. Eu ri mentalmente.

Foi delicioso vê-la me encarar com fúria; era melhor do que a indiferença, para ser honesta, e me atiçava de maneiras que nem o Kamasutra conseguiria explicar. Lambi meus lábios.

— Você só pode estar brincando comigo, Clifford. — Ela rosnou.

— Não, senhorita O'connell. Foi um acidente. — Eu sorri enquanto dizia, levantando minhas sobrancelhas.

Minha expressão de vitória caiu quando as mãos de O'connell foram em direção aos botões de sua camisa, os abrindo a maneira que descia, não demorou muito para que seus seios fartos estivessem sob meu ponto de vista, sendo cobertos apenas por uma lingerie vermelho vivo.

Agora, a expressão poderia ser definida por atração.

Não só a minha por ela, mas por meus olhos aos seus seios. Eu não foquei eu seu rosto, por isso, não pude ver sua expressão quando ela gritou meu sobrenome para tirar meus olhos de seu corpo, mas tinha certeza que ela tinha uma expressão orgulhosa.

— Você me molhou e se molhou também, não é? — Pegou meu queixo com sua mão, limpando o canto de minha boca semi-aberta.

Um sorriso de lado se abriu em ambas as bocas, e minhas mãos logo prosseguiram para tocar os ombros seminus, o usando de apoio para colar os lábios no meu.

Não tardou muito para que a força do meu corpo a guiasse até a parede de seu escritório, e eu pude sentir os seus seios sobre os meus a maneira que minhas mãos subiam sobre o seu cabelo, e a outra prendia a sua cintura.

Fosse reflexo ou não, alguns segundos depois, eu fui empurrada para longe, e a porta do elevador se abriu, mostrando um Finneas com papeis em mãos, de maneira completamente estática, com uma expressão chocada.

— Eu sabia que devia ter colocado uma porta nesse lugar. — Revirou os olhos, antes de se desesperar para abotoar a camisa.

Eu limpei minha garganta antes de tentar falar com o homem que seguia naquela mesma posição, com o olhar fixo para a parede que nesse ponto já estava vazia.

— Eu... só estava ajudando ela a secar a camisa. — Limpei a garganta novamente, envergonhada pela situação. — Ehm... depois você me diz o que tinha pra dizer... vou terminar o que você começou, digo, o roteiro... — Tusso, nervosa. — Vou terminar o roteiro que você começou.

Dessa forma, sem mais cerimônias, eu saí do seu escritório, passando por Finneas, que seguia estático.

Eu não pude evitar de rir de desespero quando a porta do elevador se fechou, descansando contra o  espelho.

— Vou mesmo ter que terminar sozinha o que você começou, Billie... — Disse, frustrada.

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N/A:

Se você está se perguntando porquê estou demorando meio século para atualizar, eu tenho razões meio plausíveis...

1. Minha mãe adotiva faleceu.

2. Tô estudando e o ensino médio tá me matando.

3. Tô trabalhando.

4. Mudei de casa.

5. Tô sem inspiração, não consigo escrever direito.

Embora tudo isso, eu vou tentar atualizar pelo menos um final de semana sim, um final de semana não. Quero terminar logo, tenho outros dois livros pra lançar.

Beijo, adoro vocês, se cuidem. Eu volto. <3