Passado vermelho - Natasha Romanoff Fanfic

Capítulo 30

- Megan pov -

Todas as minhas refeições tem sido trazidas pelo mesmo guarda jovem,descobri que seu nome é Oliver,na verdade ele fez questão de se apresentar,e depois de muita,mais muita insistência,eu me apresentei para ele,não sei o porque disso,mas sinto que ele não é alguém ruim,mas é claro que eu não vou pagar para ver.

- Bom dia - Falando nele... - trouxe seu café.

- Tudo isso? - Pergunto percebendo que havia mais comida na bandeija do que o normal. - Por que? - Eu o encaro receosa.

- Eu reparei que você não tem se alimentado direito ultimamente,achei que um café da manhã reforçado seria bom.

- Roubou comida? - Eu enclino a cabeça um pouco para a esquerda e encaro ele.

- Eu não conto se você não contar - Ele susurra com um sorriso.

Começo a comer,e só então percebo que ele está a certo,não havia me alimentado bem nos últimos dias e meu corpo claramente estava começando a sentir isso.

- Por que fez isso? - Eu pergunto depois de comer algumas uvas. - Sabe que ele vai te punir se descobrir o que você fez né? - Ele acena a cabeça positivamente. - Então por que fez?

- Você me lembra uma pessoa - Ele sorri,com o olhar fixo em algum ponto aleatório,como se estivesse pensando.

- E quem é essa pessoa?

- Minha irmãzinha - Posso ver os olhos dele se iluminando ao mencionar ela. - Ela se chama Savana,ela tem 11 anos,e ela é muito parecida com você - Ele solta um suspiro e faz uma careta,desviando o olhar.

- Ei,o quê você quer dizer com isso? - Eu cruzo os braços e encaro ele.

- É só que você é bem difícil às vezes - Ele limpa a garganta como se estivesse com dificuldades para falar. - E você é bem teimosa e persistente também.

- E isso é ruim?

- Não é ruim,é só... difícil às vezes. Ela é sempre muito determinada,e se ela quer alguma coisa,não deixa que nada impeça ela de ter,eu poderia dizer que vocês são irmãs,ou até mãe e filha.

Por alguma razão que eu desconheço,ter ouvido tudo isso mexeu comigo de uma certa forma,e comecei a pensar que talvez,eu pudesse confiar nele.

- Onde ela está? Me arrependo de ter feito a pergunta,por soar pessoal demais,mas ele não parece se importar.

- Com a minha mãe,em um lugar longe disso - Ele diz girando o dedo,mostrando o lugar em que estamos. - Sabe... Eu não estaria aqui se pudesse escolher.

- Ele te obrigou a vir? - Me aproximo dele,para que possamos falar mais baixo e evitar sermos pegos.

- Na verdade não,mas eu não tinha muitas opções. Meu pai morreu alguns anos atrás e... Bom,as coisas que eu faço aqui,todas as coisas terríveis que já fiz,eu... eu só faço o que for necessário por elas.

Sinto um misto de alegria e tristeza percorrem meu corpo. Me sinto feliz por saber que essa garotinha tem um irmão,uma família que se importam tanto com ela,mas,ao mesmo tempo,me sinto terrivelmente triste,porque sei que nunca tive e provavelmente nunca terei algo como ela tem.

- Elas tem orgulho de você - Digo olhando nos olhos dele,para que perceba que estou sendo sincera.

- E como é que você sabe? - Ele sorri fraco.

- Por que eu teria.

De repente ouço um barulho alto ecoar pelos corredores,o alarme havia sido disparado e o barulho de tiros sendo disparados começa a se aproximar,e podemos ouvir o caos e o desespero dos guardas.