Hogwarts, escola de bruxaria e magia

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  Harry e Severus retornaram ao castelo uma semana antes do início do semestre; pois embora Albus tivesse escrito inúmeras cartas, tentando fazer com que Harry fizesse a viagem com os estudantes de King Cross, alegando que era uma experiência de vida crucial, Severus, após consultar o jovem, recusou categoricamente. Não havia necessidade de passar meio dia sentado inutilmente em um trem.

Os professores, ou pelo menos a maioria deles, eram muito simpáticos, alguns um pouco surpreendidos pela sua extraordinária maturidade de carácter, e deram-lhes uma recepção agradável no Salão Principal. Quando Albus murmurou jovialmente que eles precisavam encontrar acomodação para ele, Severus ergueu levemente uma sobrancelha e, abandonando seu brinde, perguntou um tanto friamente:

– Do que você está falando, diretor? Está muito claro onde Evans vai ficar. Comigo.

Sem perder o sorriso, Alvo respondeu:

– Mas filho... isso pode criar inúmeras tensões com seus colegas de classe para Harry e além disso, não é do feitio dele.

Olhando para os outros professores, e depois de examinar todos eles com os olhos, Harry murmurou pensativo, virando ligeiramente o rosto para Severus:

– Existe algo entre você e o resto do corpo docente que você deixou de mencionar para mim, Severus? Não fazia ideia que um lugar nos seus aposentos fosse tão... cobiçado...

Minerva engasgou-se explosivamente com o chá, borrifando a mesa; Filius deixou cair o muffin de passas com um gritinho, e o bule de chá de Pomona Sprout escorregou de seus dedos. Quirrel murmurou algo incoerente enquanto ajustava o turbante. Hagrid ficou com a boca aberta, piscando e olhando de um para o outro, confuso enquanto a geléia escorria de sua torrada, Poppy deu um tapinha nas costas de Minerva sufocada com o rosto meio submerso em um guardanapo, e Alvo franziu a testa momentaneamente. Aurora e Vector seguravam o riso, Charity e Bathsheda olhavam para o menino com olhos selvagens e o professor Kettleburn cortava um de seus poucos dedos intactos com a faca de pão.

– Severus... Harry sem dúvida se sentirá mais confortável dividindo o quarto com crianças de sua idade...

O velho tenaz insistiu, sorrindo de novo como sempre. Com ar entediado, quase apático, Harry murmurou:

– Professor Peverell ou Evans, Diretor. Já disse isso muitas vezes, e se você não vai usar meu sobrenome legal, prefiro ser chamado de Evans. E de forma alguma pretendo dividir o quarto com os alunos. Isso seria ridículo, totalmente absurdo, considerando que sou professor dele. Ou é uma nova política que os professores durmam com os seus alunos?

Sinistra, a professora mais jovem até então, exclamou do seu lugar, levantando rapidamente a mão:

– Posso me inscrever no dormitório do 7º ano na Sonserina?

Minerva, finalmente recuperada, embora seus olhos ainda estivessem lacrimejantes, levantou-se, olhando para ela, e murmurou irritada:

–Pare com essa bobagem, Aurora!

Ele suspirou por um momento e acrescentou com relutância:

– Mesmo que você se arrependa, Albus, Severus e... Evans estão certos. Embora a diferença de idade seja grande, o lógico é que eh... os cônjuges se acomodam nos mesmos quartos... Faz muito tempo que não acontecia, mas em outros tempos era comum para alguns alunos finalistas casar... e ficar juntos, Alvo.

Com cara de perplexidade, o homem coçou a barba e gaguejou, tentando desesperadamente encontrar argumentos:

– Mas... masmorras não parecem um ambiente saudável para uma criança...

Um Casal Impossível - (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora