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Assim que chegou no hostel indicado, Ada se identificou na recepção com o nome de Amelie e recebeu as chaves

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Assim que chegou no hostel indicado, Ada se identificou na recepção com o nome de Amelie e recebeu as chaves. Aparentemente, a outra havia subornado o suficiente para que ninguém fizesse perguntas demais.

Destrancou a porta e adentrou o quartinho mequetrefe. No chão, um rapaz estava amarrado e amordaçado, se debatendo e tentando fugir. Ada riu.

Olha só, se não é meu velho amigo Bernard. — Ada falou, em francês, chamando a atenção dele.

O homem arregalou os olhos e pareceu confuso por um instante. Ada respirou fundo e tocou o dedo indicador no queixo.

Ainda acha que é babá da puta do chefe? — A menção à frase fez a mente de Bernard se clarear por um instante. — Eu te disse que você estava me devendo uma, não disse?

Ele balançou a cabeça em negativo, mas recebeu alguns tapinhas no ombro em resposta.

Eu me lembro de tudo, Bernard. Você me deve uma. E eu vim cobrar.

Deixando claro que ele não deveria gritar. Ada tirou a mordaça dele, mas ainda o manteve com punhos e tornozelos amarrados. Podia facilmente dominá-lo numa luta, mas estava cansada demais. Não tinha ânimo para brigar.

Enquanto desfazia as malas, começou a negociar com Bernard.

E o que a senhora deseja? — Ele perguntou, já bem ciente de como o submundo funcionava.

Você sabe onde está Laurent?

— O traficante de joias?

— Ele mesmo.

— Ele é como um rato, minha senhora. Está em todos os lugares e em canto nenhum ao mesmo tempo.

— Então você vai se transformar num gato e encontrar este maldito rato para mim.

Ada suspirou e colocou a caixa com suas xícaras de porcelana em cima da beliche. Respirou fundo e se virou para Bernard.

À essa altura, você já deve saber que tem um prêmio pela minha cabeça.

— Um bem grande, sim.

— Não posso pisar em Paris, Bernard, mas preciso entrar naquela cidade. Tenho negócios inacabados.

— Senhorita, se me permite o conselho: é suicídio.

— Eu sempre tive um pé na adrenalina suicida. Não é uma grande novidade. — Ela se livrou do casaco e se deitou na cama inferior, cobrindo os olhos com o antebraço. — Não fale para Laurent o que eu quero. E se ele estiver em Paris, você vai atraí-lo para fora.

Ele ficou em silêncio por um instante, mas suspirou e tossiu.

Eu acho que sei onde encontrá-lo. Vai ter um evento no restaurante de Armani Ikari nos próximos dias. Algo em comemoração ao filho que vai nascer em breve.

Bordeaux - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora