THIRTY SEVEN

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Rafe POV
Eu a encarava atentamente enquanto a mesma se lambuzava com seu sorvete de baunilha, do qual eu desgosto, prefiro o de limão, ela estava em seu mundinho ao passar sua língua diversas vezes pela extensão da massa de sorvete com vontade, eu me sentia um pervertido pelo pensamento que passou pela minha cabeça naquele instante, mas, prontamente desvio o olhar, ela era boa demais para eu perdê-la por um olhar malicioso.

Seus lábios estavam sujos no canto, então pego um guardanapo do montinho localizado no centro da mesa, passo o paninho no rosto bonito e delicado de Camilly com cautela para não machucá-la com meu jeito bruto de ser, ela me encarava nos olhos com um sorriso nos lábios, um sorriso travesso de quem iria me dar mais tarde... No segundo seguinte, o sorvete de Cami escorre de pouquinho pelo meu nariz, eu a encarava abismado, ela passou sorvete no meu rosto? Meu Deus, essa mulher vai me enlouquecer, eu pensava ao encarar a pequena figura meiga na minha frente.

—Você está melado aqui, Rafe...— ela sorria para mim enquanto passava a ponta de seu dedo pelo meu nariz e logo depois o colocando na boca e lambendo, fico em silêncio tentando me controlar.

—Não gostou de mim melado? Me prefere com o seu gozo, né?— eu pergunto baixinho para que só ela escute, ela ria igual uma idiota e logo depois fica séria, obviamente não gostando da minha brincadeira.

—Eu prefiro você não estando
melado—ela diz mais baixinho que eu, porque ela tinha que ser tão sexy? Que tipo de feitiço Camilly Brodie fez em mim para achá-la tão atraente em qualquer situação? Eu me perguntava ao observá-la lamber seus dedos sujos de sorvete, novamente. Ela é tão preciosa, ela sorria tão feliz para mim, mas eu tinha que a irritar para não perder a essência. Camilly era a mais graciosa de todas as mulheres do mundo.

—Vamos para a minha casa, Rafe?— ela me questiona ao terminar seu sorvete.

—Sim, minha querida— eu pago pelas massas e fomos para o meu carro.

—Rafe, obrigada por ser meu namorado— ela me agradece ao entrar em sua casa, tirando seus sapatos, assim eu logo fiz igual— Quer jantar aqui? Acho que está tarde para você voltar para a casa...

—Está bem, eu ficarei, minha Cami— eu digo vendo a mulher subir pelas imensas escadas e logo sumindo de minha visão.

Respiro fundo e decido segui-la até seu quarto, onde me permito deitar na cama e agarrar meu amor, como ela conseguia ser tão linda? Suspiro alto ao ver algo me incomodar entre minhas pernas. Desvio meus pensamentos da mulher que dormia entre meus braços, logo ouvi-lá gemendo meu nome, gostaria de saber o que ela estava sonhando.

•••

Camilly POV
Eu estava concentrada em não gritar de medo pela barata que se encontrava no meu quarto, eu sem nem perceber, jogava chinelos em sua direção, na esperança de matá-la.

Eu estava em cima da cadeira da minha escrivaninha, com um roupão fino de seda que mostrava todo o contorno de meu corpo, logo depois de Rafe, eu tomaria banho, meus cabelos estavam presos em um coque enquanto suor frio escorria pelo meu rosto.

Eu não queria chamá-lo, me sentia uma tola por ter medo de baratas, eu nem conseguia atingir um chinelo em sua direção, para matar aquela barata nojenta.

—RAFE! VEM AQUI!— eu grito assustada pelo garoto quando a barata para em minha frente e levanta suas asinhas na minha direção, na intenção de me chamar para um desafio, senti um medo profundo. Meu namorado no mesmo instante sai correndo do chuveiro com a toalha em volta da cintura, e quase escorregando por estar todo molhado.

—O que aconteceu?!— ele encara a cena pasmo.

Rafe POV
Ao entrar no quarto, Camilly estava de quatro em cima da mesa, com um roupão fino e sexy que dava a visão de sua curvatura perfeitamente. Felizmente, algo debaixo da toalha se animou com a visão, eu estava aflito, tentando desesperadamente pensar em qualquer outra coisa que não fosse seu corpo afeminado em minha frente, na minha posição preferida de sexo.

—Rafe!— ela me chama ao virar seu rosto para a porta do banheiro e pude perceber seu rosto corar, eu estava apenas de toalha com meu peitoral musculoso e gotas de águas escorriam enquanto caiam sobre o pano.

—Por que você gritou, Cami?— eu pergunto ao sair do banheiro— Porque está aí em cima?— eu questiono curioso.

—Tem uma barata, Rafe! Uma
barata!— ela diz desesperadamente e no mesmo instante, a barata se aproxima mais da mesa onde ela se encontrava.

—Vou te tirar daí— eu sigo até ela, encarando feio a barata que ousou estressar o meu amor.

Pego Cami no colo, da qual a mesma fica com as pernas em volta de mim, e ao sentir sua intimidade em meu abdômen, eu me animo mais ainda.

Eu a coloco sentada sobre a cama, me viro para a barata e lanço um chinelo em sua direção, e a barata morre no mesmo segundo.

Me volto para a loira sentada na cama que respirava com dificuldade e piscava nervosa, mas o que realmente chamou a minha atenção foram suas pernas bronzeadas e abertas por baixo daquele roupão tão fino. Eu nunca havia visto um buceta tão molhada na minha vida, acredito que entraria uns quatro dedos nela sem problema algum.

Automaticamente me aproximo dela, a encarando com um olhar sexy e desejoso, até a mesma fechar às pernas com uma rapidez sobrenatural.

Camilly parece, neste exato momento, finalmente ter notado que eu a tanto encarava, ela deveria estar se sentindo terrivelmente envergonhada por ter medo de uma pobre barata, suas bochechas ficaram extremamente vermelhas pelas situação, eu queria ficar ali com ela para sempre, protegendo-a e cuidando dela.

—Rafe... muito obrigada— ela diz ao se levantar e ir até o banheiro.

—Não foi nada...— eu pego um pedaço de papel e embrulho a barata no mesmo, e logo jogo no lixo.

Eu passo pela mulher, entrando no banheiro junto da mesma, a encarando intensamente e com um sorriso ladino. Camilly fecha a porta atrás de si e se encosta nela, tirando o roupão.

She's so innocent!- Rafe Cameron Onde histórias criam vida. Descubra agora