DARK SOUL•𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚

• quinze •

𝕮𝖆𝖕í𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖖𝖚𝖎𝖓𝖟𝖊

Pov Emma:

Estou tão concentrada em tentar entender o motivo de Draco estar estranho comigo, que nem percebo quando a aula de defesa contra a arte das trevas termina. Pansy me chama e assim eu volto para a realidade.

Junto meus matérias quando percebo o professor Snape se aproximar de mim. — Posso conversar com você por um minuto senhorita Lanblec? — ele pergunta.

— Claro, professor. — respondo e aviso aos meus amigos que os encontro depois. — Algum problema?

— Só gostaria que a senhorita prestasse mais atenção na aulas, ou eu vou ser obrigado a baixar suas notas e tirar pontos de sua casa. — ele diz com o tom frio e calmo de sempre.

— Me desculpe professor, é que...

— Eu sei sobre o que você e Malfoy tem que fazer, mas mesmo assim não é motivo para falta de atenção nas aulas. — ele diz me interrompendo e falando mais baixo.

— Me desculpe professor, vou me esforçar mais. — digo falando baixo. — posso me retirar agora? — ele assente com a cabeça e eu saio da sala.

Caminho pelo corredor e vejo um banco vazio e me sento. Repasso o que o professor Snape falou "Eu sei sobre o que você e Malfoy tem que fazer", então ele realmente sabe, minhas suspeitas estava certa, mas porque e como ele sabe. Só tem uma forma e não pode ser possível, eu acho que não, ele não pode ser um comensal da morte, ele é professor de Hogwarts, Dumbledore confia nele. Então como ele sabe.

Saio dos meus pensamentos quando percebo alguém se sentar ao meu lado, Harry.

— Harry. — digo alegre o abraçando. — Desde que as aulas voltou que não vejo você.

— É, soube que você ficou aqui em Hogwarts. ele diz.

— Sim, fui jantar na casa dos Sanchez e depois voltei para cá, não queria ficar sozinha em casa. — digo olhando para ele com lábios curvados para baixo.

— Passou na casa do namorado — ele diz rindo e eu sorrio.

— Ele não é bem meu namorado, na verdade eu nem sei o que sinto por ele. — fico cabisbaixa por realmente não saber o que sinto por ele, nessa altura do campeonato eu já deveria saber.

— Se vocês se gostam de verdade, e se pegam muito pelos corredores da escola, eu acho que podem ser considerados namorados. — ele diz e eu olho para ele.

— Desde quando ficou expert em relacionamentos senhor Harry Potter? — meu tom sai sarcástico e ele rir.

— Ah, desde que eu percebi que gostava de uma garota. — ele abaixa a cabeça.

— Sério? e que é? não, me deixe adivinhar — viro meu corpo para ficar de frente para ele — já sei, é aquela corvina, como é o nome dela — tento lembrar. — cho? Cho Chang, isso. É ela? — pergunto animada.

— Não, definitivamente não. — ele responde rindo da minha empolgação. — Cho foi no passado, agora é uma garota diferente — a forma que ele fala, realmente está apaixonado.

— E quem é então?

— Gina. — ele responde com um sorrisinho apaixonado.

— Gina? — só conheço uma gina e é a irmã de Rony. — Gina Weasley? — pergunto e ele assente com a cabeça. — Nossa, não esperava. Na verdade eu sempre escutei que ela era caidinha por você. Ela sabe que você gosta dela?

— Ela deve ter notado — ele abaixa a cabeça enquanto fala. — Fui passar o natal na casa dos Weasley como te contei, e ficamos bem próximos mas nada rolou.

— Porque? — pergunto realmente curiosa.

— Porque comensais invadiram os terrenos da toca e tacaram fogo na casa dos Weasleys. —ele me olha com um pingo de raiva nos olhos.

Quando ele diz isso meu sorriso desaparece, ele realmente mandou os comensais irem lá, Tocaram fogo na casa por minha causa, porque eu falei.

— Alguém se machucou? — meu coração acelera e fico nervosa, minhas mãos estão suado frio.

— Não, todos conseguiram sair a tempo. — ele diz e olha para o chão novamente.

Sinto uma pontada de alívio quando ele diz isso, e olho para o chão também. Ficamos uns segundo em silêncio, até que Harry começa a falar.

— Emma, eu queria te falar uma coisa, não fique chateada comigo por favor, estou falando isso para você, porque realmente confio em você. — ele olha para mim e eu pisco sem entender aonde ele quer chegar com isso.

— Também confio em você Harry, pode me falar o que quiser. — falo com um sorrisinho pequeno nos lábios.

Ele respira um pouco antes de falar — Eu acho que Draco Malfoy pode ser um comensal da morte. — ele me olha sem expressão e espera minha reação.

Eu simplesmente congelo com o que ele acabou de me dizer, como ele chegou a essa conclusão? ele tem observado Draco, depois do que aconteceu com Katie Bell, que ele acusou o mesmo? e se ele chegar até a mim. Soltou um pequena risada para disfarçar o meu medo.

— Do que você tá rindo? — ele pergunta confuso.

— Draco um comensal, só pode ser piada. — rio mais alto. — Porque você acha isso? —
pergunto me recompondo.

— Desde do dia que aconteceu o acidente de Katie com o colar, que eu tenho o observado. E ele tem tido uns comportamentos mais estranho que o normal, você não notou isso?

— Não, para mim ele continua o mesmo insuportável Draco Malfoy de sempre. — digo tentando parecer indiferente com essa informação. — E não acredito que ele possa ser um comensal, o que Você-Sabe-Quem ia querer com um bobão feito o Malfoy. — Se eu não soubesse da verdade, com certeza acreditaria nessa mentira esfarrapada que falei agora.

— É, pode ser só coisa da minha cabeça, mas não vou descartar a possibilidade. — sua voz sai confiante. — Emma, queria pedir para isso ficar só entre a gente, não conta para os seus amigos.

— Certo harry, pode confiar em mim, não vou contar nem para eles e nem para ninguém. — Sorrio. Ele já soltou a informação para a última pessoa que ele deveria falar. — Preciso ir, Harry. Depois a gente se fala. — Me levanto do banco que estávamos sentados e saio rapidamente.

Tanta coisa eu descobri hoje. Snape saber sobre o que estamos fazendo e agora a suspeita de Harry sobre Draco, parece que minha cabeça vai explodir com tantos pensamentos.