• trinta •

44 6 0
                                    

𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖙𝖗𝖎𝖓𝖙𝖆

Pov Emma:

— Pansy, você tem alguma notícia de Alyssa? — me deito ao lado dela. — Ela não respondeu nenhuma das minhas cartas.

Pansy fica em silêncio por um tempo, como se estivesse receosa de falar o que sabe, e ela me olha com um olhar tristonho.

— Os pais dela a proibiram de falar com você depois do que aconteceu. — Ela começa. — Alyssa, me enviou somente uma carta explicando tudo, quase que eles não a deixam voltar para Hogwarts.

Me levanto e me sento na beira da cama e olho para o chão. Eu sabia que muitas coisas iam mudar, mas não esperava que fosse ficar longe da minha melhor amiga.

Pansy se levanta e me abraça.

— Não se preocupe, ela me mandou dizer que te ama e que deseja um ótimo e belíssimo aniversário. — Ela fala, sorrindo e beijando minha bochecha.

Abro um pequeno sorriso, queria muito que fosse um ótimo aniversário, mas nem de longe vai ser.

— Bom, vamos mudar de assunto. — Ela se levanta e anda pelo quarto. — Quero saber de uma coisa que a senhorita não falou em nenhum momento desde que cheguei.

Reviro os olhos, pois sei exatamente do que ela está falando.

Draco Malfoy.

— Quando ia me contar que os dois se beijaram? — Ela cruza os braços.

— Olha, aconteceu muita coisa e não passou pela minha cabeça em te contar, me desculpe. — Digo, a olhando como se não me importasse com o assunto.

Na verdade, passei o verão todo pensando no loiro com os olhos azuis mais lindos que já vi e com o beijo mais maravilhoso e quente que já provei. Mas não temos trocado cartas e nem se visto muito, estou sempre ocupada com as tarefas do lorde e ele está trancado na mansão Malfoy. Então, com o tempo, parei de pensar e, querendo ou não, minha cabeça está focada em vingança.

— Você beija Draco e age como se fosse não fosse uma coisa importante? — Ela me pergunta incrédula.

Dou de ombros para ela e termina de arrumar meu cabelo. Ela bufa e se aproxima.

— Mas o que você sentiu quando beijou ele.

Paro e penso em tudo que sentir naquele momento, um frio no estômago, os pelos dos meus braços se arrepiarem e meu coração bater forte e um calor inexplicável. Afasto os pensamentos e olho para Pansy.

— Não me lembro, Pansy. — falo com se não fizesse questão sobre o assunto. — Faz muito tempo, não tem como eu lembrar de como me senti, beijando ele.

Ela me observa com muita atenção e noto ela analisar todo o meu rosto.

— Está mentindo.

— Não estou.

— Você está apaixonada por ele. — ela afirma.

— O quê? — olho para ela, incrédula. — Não estou, apaixonada por ele.

— Está, sim, por isso não falou sobre ele e sobre o beijo. — ela fala com uma empolgação, como se tivesse acabado de descobrir um segredo.

Tecnicamente, ela descobriu um segredo.

Respiro fundo antes de explicar essa loucura que Pansy acabou de dizer. E me viro para ela, que agora alguns minutos atrás estava pinotando igual uma maluca.

— Olha, se isso fosse verdade...

— É verdade. — ela me interrompe e a encaro furiosa.

— Se fosse verdade, nunca daria certo. Olha a situação em que estamos, somos dois comensais da morte e, como você já sabe, tenho outros focos no momento. Um relacionamento não é o que eu preciso agora.

Explico para ela, que suspira convencida e entende o que eu digo. Nossas atenções mudam quando escutamos um barulho de aparatação no meu quintal.

— Falando nele. — Pansy sorrir.

DARK SOUL•𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora