• trinta e cinco •

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𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖙𝖗𝖎𝖓𝖙𝖆 𝖊 𝖈𝖎𝖓𝖈𝖔

Pov Emma:

O alvoroço já estava formado no ministério. Vários lampejos verdes eram lançados de um lado para o outro, um bom número de pessoas já estavam mortas, outras eram torturadas com vários feitiços, mas o principal usado era o famoso e imperdoável, Crucius.

Não vou negar que os ordenei a não terem piedades com aqueles que não estivessem do lado de Voldemort. Pode parecer horrível e cruel, mas estou seguindo ordens maiores, e para ser respeitada no meio desse ninho, você precisa ser a pior cobra de todas. Estou fazendo de tudo para provar que consigo ser a pior quando eu quero. O ódio parece estar morando nas minhas veias, porque é somente isso que eu sinto, a cada feitiço que sai da minha varinha.

Assim que começamos, eu estava mais me defendendo do que atacando, tentando não aparecer, deixando os mais velhos, cruéis e profissionais fazerem o trabalho pesado. Por trás dessa máscara ninguém consegue ver o medo estampado no meu rosto, mas quando um duelo começa a se aproximar de onde estou e um dos feitiços passar de raspão em mim.

Eu despertei e ataquei.

Às vezes você só precisa de um incentivo e foi isso que aconteceu, e quando a primeira luz verde saiu da minha varinha. O medo foi se escondendo no lugar mais profundo dentro de mim.

Talvez eu só esteja descontando minha raiva em pessoas inocentes, ou talvez seja as palavras de Voldemort passando repetidas vezes na minha cabeça. Estou começando a achar que ele tá certo, para eu poder chegar no meu objetivo, vai ser preciso eu cometer assassinatos, e tudo bem, eu faço isso com capricho.

Enquanto os outros estão fazendo as atrocidades por todo o ministério, eu estou caminhando pelos corredores, juntamente com Bellatrix e mais dois comensais, em direção à sala do primeiro-ministro. Que é o nosso principal objetivo.

Calmante, a maluca da Bellatrix lança um feitiço que acaba explodindo a porta da sala do bruxo.

— Eu disse para entramos devagar e não explodir a porta. — Digo para a bruxa louca com um olhar de indignação.

A bruxa dar de ombros parecendo não ligar para o que eu digo, faço o mesmo e entramos na sala à procura do homem. O mesmo está sentado em sua cadeira, somente nos observando. Não tem nenhum auror com ele, parece que já esperava o que ia acontecer e está somente aceitando.

— Olá, senhor ministro. — O cumprimento.

— Pensei que ele vinha pessoalmente, não mandar terceiros fazer seu trabalho sujo. — o homem sentado na nossa frente diz com um tom, um pouco irônico.

— Como ousa falar assim do mestre, seu verme imundo...

Coloco meu braço na frente de Bellatrix, a fazendo parar e baixa sua varinha e olho para ela com reprovação, a mesma me devolve um olhar que diz mataria você e ele facilmente, garotinha. Engulo seco, sem demonstrar meu nervosismo e olho para o ministro.

— O lorde tem assuntos mais importantes para tratar, por isso nos enviou para ter uma conversa tranquila e agradável. — explico e vou me aproximando da mesa do ministro, que parece estar desconfortável. — Bom, como sabe, o lorde quer o ministério em suas mãos, então gostaria que o senhor o deixasse no comando de bom grado.

Sorrio simpática para o homem sentado a minha frente, gostaria muito que isso se resolve assim, tranquilamente. Mas a forma que ele me olha, sem entender e com reprovação, me diz que nada vai terminar bem.

— Me diga o que vai acontecer se eu não entregar o ministério de bom grado para ele. — ele começa a se levantar da cadeira.

O encarro e depois olho para Bellatrix que agora está com o seu sorriso diabólico de orelha a orelha e volto meu olhar para o ministro e abro um pequeno sorriso de canto.

— Bom, eu e meus colegas vamos ter que pegá-lo a força. — digo segurando minha varinha com mais força e o encarrando.

— Era para eu ter medo de uma adolescente é isso mesmo? — ele diz um pouco exaltado.

Como eu disse antes, às vezes só precisamos de um incentivo e ele acabou de me dar um novamente. Duvido da minha capacidade, então terei que mostrar que não sou somente adolescente.

— Exatamente. — admito e agora o olho agressivamente. Ele parece perceber a formar que o olho, pois consigo ver o medo se formando em seus olhos e acabo sorrindo. — Bellatrix, o que combinamos.

Digo ao me afastar da mesa do homem e a bruxa, juntamente com os outros dois comensais se aproximarem, fazendo assim o ministro tentar se afastar, mas os três o prende com magia em sua cadeira. Agora é minha vez de agir, o observo enquanto se debate, querendo sair da cadeira.

— Me mate logo e poupe todo esse trabalho. — ele implora.

— Não, não. Tenho que deixar uma mensagem, para que os seus colegas e Harry Potter entenda que o Lorde Voldemort está novamente no poder. — Explico para ele.

— Acaba logo com isso, Lanblec. — Bellatrix diz impaciente.

Reviro os olhos com toda essa impaciência, me aproximo do homem que agora me olha assustado. Sinto uma vontade enorme de rir, quem diria que eu, uma garota de dezessete anos, que ainda nem terminou os estudos em Hogwarts, estaria aqui colocando medo no ministro da magia.

— Bom, gostaria muito que você tivesse aceitado minha proposta, as coisas teriam sido diferentes não acha? — pergunto, mas o homem a minha frente não responde nada, somente me encara. — Acha que eu vou lançar à maldição da morte em você né?

Agora, ele balança a cabeça em concordância, como se o que acabei de dizer fosse o óbvio.

— É, mas isso não vai acontecer. — digo, me afastando um pouco. — Vamos fazer a moda antiga e um pouco sem magia.

Ele me encara sem entender e, quando tiro uma adaga de dentro das minhas vestes, ele arregala os olhos e consigo escutar a risada exagerada de Bellatrix.

Horas depois, estou andando rapidamente nos corredores da mansão malfoy. Quando me aproximo da sala onde acontecem as reuniões, escuto vários burburinhos, alguns dos comensais estão aqui. Abro a porta rapidamente, fazendo todos olharem e solto o que estou segurando em direção aos pés do lorde das trevas.

Todos fazem silêncio e me encaram, talvez seja porque estou um pouco até demais suja de sangue ou devido à cabeça do ministro da magia que parou de rolar nos pés de Voldemort, que agora me encarar e não está surpreso com isso, e talvez ele esteja até com um brilho nos olhos ou eu esteja ficando maluca.

— Está feito, o ministério é seu. — digo enquanto respiro ofegante.

DARK SOUL•𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora