• trinta e seis •

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𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖙𝖗𝖎𝖓𝖙𝖆 𝖊 𝖘𝖊𝖎𝖘

Pov Emma:

A sala estava em completo silêncio e eu continuei a olhar para Voldemort, esperando ele dizer alguma, mas o homem continuou somente a me observar, talvez ele não esperasse que eu fosse conseguir fazer o que ele ordenou.

Quando começou o burburinho dos presentes na sala, foi a primeira vez que mudei minha vista para observar a sala e meu olhar cai diretamente em Draco. Foi quando meu coração realmente bateu ainda mais rápido, ele me olhava de uma forma que eu não estava conseguindo interpretar, talvez fosse medo ou ele estivesse assustado com a forma que eu estava e com o que fiz.

— Estou realmente surpreso por fazer a tarefa com tanto capricho.

Volto meu olhar para Voldemort, que agora estava de pé, e chutando para o lado a cabeça que eu tinha jogado aos seus pés. Ele caminha em minha direção em passos lentos e minha respiração começa a ficar acelerada novamente, e eu tento ficar tranquila na frente dele e de todos os outros comensais.

— Primeiro assassinou Dumbledore, o tirando das nossas vidas e depois conseguiu o ministério. — ele fala sorridente.

— Milorde, não quero atrapalhar, mas eu também estava presente nos dois atos. — Bellatrix tenta argumentar.

Olho para ela com as sobrancelhas juntas e Voldemort a corta antes que a mulher pudesse continuar a falar.

— Eu sei, mas todos esses atos, como diz você, foram direcionados a Emma. — Ele fala sem para de olhar para mim. — E ela cumpriu todos com muito capricho como prometeu.

Baixo minha cabeça em um tipo de reverência ridícula para o homem a minha frente.

— Sempre irei cumprir o que prometo, mestre. — Digo e nunca me sinto bem ao dizer essas promessas.

— Agora sei disso. — ele fala de uma forma como se tivesse planejado algo. — A reunião acabou.

Saio da sala para poder me encontrar com o meu tio e ir para casa, quando sinto alguém puxar meu braço e me viro rapidamente para olhar.

— Draco, quer me matar de susto. — digo ao ver o loiro.

— Me desculpa. — ele diz rindo.

Enquanto ele me olha dos pés a cabeça, mas de uma forma como se fosse nojo ou medo, era com um brilho nos olhos. O encarro estranhando isso, eu estou coberta de sangue, o que tem de encantador nisso.

— O que foi? — pergunto e ergo uma das minhas sobrancelhas.

— Incrível. — ele diz chegando cada vez mais perto, mas não me afasto.

— Estou coberta de sangue, Draco. — digo rindo, como se fosse uma brincadeira o que está acontecendo.

— Eu sei, você é uma maravilha assim. — ele diz passando a mão nos meus cabelos e segura meu rosto.

— Você é maluco. — continuo rindo e viro meu rosto.

— Sim, totalmente maluco por você. — ele fala sério e puxa novamente meu rosto me fazendo olhar nos olhos dele.

— Bom, eu voltei para você. — Digo com sorrisinho sem tirar os olhos dele. — Como eu prometi.

— É, você voltou. — Ele diz e sinto uma pontada de alívio na sua voz, enquanto ele continua a passar mão por minhas bochechas.

Antes que pudesse acontecer alguma coisa entre nos dois, escuto uma voz me chamando e rapidamente saio do transe e me afasto de Draco. Olho e vejo que é o meu tio parado a poucos metros olhando para nos dois.

— Ah! Oi, tio. — Digo envergonhada.

— Estava procurando você, para podermos ir para casa. — ele diz.

— Ah, sim. Certo, vamos. — digo e dou uma última olhada para Draco, que agora está parado com as mãos nos bolsos. — Tchau, Draco.

...

Depois que chegamos em casa e eu passar algumas boas horas no banheiro para tirar aquele sangue sego do meu rosto e braço, visto uma roupa confortável e vou até a varanda, meu tio está sentando lendo um livro e bebendo um copo de whisky de fogo. Me sento ao seu lado em silêncio, só observo a escuridão na nossa frente.

— Você está bem? — Meu tio pergunta.

— Dentro do possível. — admito.

Ele fica em silêncio por alguns minutos, antes de voltar a falar.

— Olha, não quero que você ultrapasse seus limites, devido ao que eu disse sobre a morte dos seus pais. — Ele fala e eu olho para ele sem entender. — Sei que o que fez hoje foi por causa disso, Emma.

Abaixo minha cabeça e respiro fundo, apesar de entender o que ele está querendo dizer, preciso que ele também me entenda, posso ter feito uma coisa ruim, mas é tudo por meus pais.

— Eu sei que o que fiz não foi certo, mas foi preciso, da mesma forma que foi preciso matar o diretor da minha escola para proteger você. — Solto as palavras sem pensar e vejo o olhar do meu tio mudar. — Me desculpa, não quis falar desse jeito.

— Eu sei. — ele diz e bebe um gole do whiskey.

— Só queria dizer, que eu sempre irei fazer de tudo para proteger os que eu amo, tio. — explico. — Não, importa o que seja.

Ele não diz nada, só bebe seu whiskey e eu acabo não dizendo mais nada, somente continuo olhando a escuridão e o céu estrelado. Ficamos em silêncio por bastante tempo, até que ele resolve falar.

— Seu jardim, está diferente desde que o vi da última vez.

— Eu sei, já fiz de tudo para ele voltar a florescer, mas nada funcionou. — Explico para ele, agora olhando para o meu jardim, que está um pouco iluminado devido à luz que está sendo emitida pela varada. — Já pensei em acabar de vez com ele.

— Não faça isso, uma hora vai voltar a florescer. — Ele argumenta e sinto o olhando para mim.

— Se o senhor diz. — dou de ombros.

— Sentir saudades de casa. — meu tio admite.

Fico em silêncio, ele parece ter dito um pensamento em voz alta. Ficamos por bastante tempo sentados na varanda, até que resolvo entrar para ir descansar, foi um dia exaustivo.

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⏰ Última atualização: Jul 27 ⏰

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DARK SOUL•𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora