• vinte e oito •

69 7 3
                                    

𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖛𝖎𝖓𝖙𝖊 𝖊 𝖔𝖎𝖙𝖔

Pov Emma:

— Emma... — ele diz baixo.

Corro em sua direção e o abraço fortemente. Ele me tira do chão e me gira, sinto lágrimas se formarem nos meus olhos e eu sorrio. Quando ele me coloca meus pés no chão eu olho para seu rosto e vejo o brilho de felicidade em seus olhos.

— Ele está perdoado por fracassar na missão que eu tinha o dado. — Voldemort faz o seu discurso.

— Eu agradeço milorde. — Meu tio diz. — Agora se nos dão licença, preciso conversar com minha sobrinha.

Saímos da sala onde está acontecendo a festividade e fomos para o lado de fora do jardim. Olho para o céu e vejo como ele estava estrelado nessa noite de primavera.

— Bom, então é verdade. — ele diz se sentando no banco. — você realmente matou Alvo Dumbledore.

— Sim... — Eu abaixo minha cabeça e brinco com o tecido da minha roupa. — Eu tinha que fazer isso, fiquei com medo do que podia acontecer com você tio.

— Ei... não se culpe, você fez o que tinha que fazer. — ele pega nas minhas mãos me fazendo o olhar. — Eu fui perdoado pelo lorde e você limpo o nosso sobrenome. Estou orgulhoso de você, Emma.

Dou um meio sorriso, mas ele logo desaparece quando uma coisa que Voldemort falou volta a martelar na minha cabeça.

— Tio Hector, o senhor acha que meus pais ficariam orgulhosos do que fiz. — pergunto com voz baixa.

— Com certeza, minha princesa. O que você fez foi algo grandioso e se eles estivessem aqui tenho certeza que seu pai ia ficar muito feliz por você está seguindo os passos dele. — ele diz e tenta me reconfortar. — É uma pena o que aconteceu com eles.

Meu tio suspira depois que termina de falar e minha curiosidade aumenta para saber o que aconteceu com meus pais, ninguém nunca me explicou o que realmente aconteceu com eles.

— O que aconteceu com meus pais? — pergunto sem enrolação.

Ele me olha um pouco sem reação pela minha pergunta repentina. Fica uns minutos em silêncio, como se estivesse procurando palavras para pode me explicar.

— É um assunto delicado. — ele começa. — Mas acho que você já tem idade e maturidade suficiente para saber o que aconteceu com eles.

Fico em silêncio esperando ele começar a falar, sinto meu coração começar a bater forte, depois de tantos anos saberei finalmente a verdade.

— Como você já sabe, eles morreram quando você era pequena e eu fiquei cuidando de você por todos esses anos. — ele segura minhas mãos mais forte. — Mas a forma que eles morreram...

Ele respira fundo antes de começar a falar novamente, suas mãos estão suando, ele parece nervoso.

— Foi a ordem.

Quando ele diz isso parece que o meu mundo para. Se meu tio falou mais alguma coisa eu não escutei, comete essa frase está passando na minha mente.

— O quê?

— A ordem da fênix matou os seus pais, Emma. — ele repete novamente.

— Como? Por quê? — pergunto com minha voz falhando e quase sentindo o ar sair dos meus pulmões.

— Por eles serem comensais e seguirem as ordens do lorde. A ordem começou a revidar alguns dos seguidores das trevas, e como seus pais eram os mais fiéis e próximo de Voldemort. Prepararam uma emboscada para eles e você já sabe o final. — meu tio conta.

Eu me levanto de perto dele e me viro para tentar conseguir ar novamente, sinto meu corpo todo tremer e lágrimas começarem a sair dos meus olhos.

— Dumbledore sabia, e esse foi um dos motivos do milorde escolher você para a missão.

— Pois foi bom que eu o matei. — minha voz sai ríspida.

— Quero que entenda uma coisa, agora a ordem vai procurar você e não sei se conseguirei protegê-la sempre — ele se levanta, mas não se aproxima.

— Não se preocupe tio, eu sei me defender sozinha. — o olho por cima do ombro. — Agora eu queria ficar sozinha, por favor.

Ele tenta falar alguma coisa, mas desisti e volta para dentro da mansão, me deixando sozinha. Me sento novamente no banco e fico repassando toda a conversa na minha cabeça, tudo que o meu tio me disse e cada vez mais o ódio cresce no meu coração.

Estou de cabeça baixa, quando escuto passos se aproximando e vejo a sombra de alguém chegando. Olho para cima e vejo Draco, ele estava sorrindo para mim.

— Estava procurando você. — Seu sorriso diminui quando ele ver as lágrimas no meu rosto. — O que aconteceu?

Ele vem se aproximando e eu me levanto do banco e caminho ao seu encontro e o abraço forte. As lágrimas que estavam secando voltaram a descer rapidamente. Draco me segurar forte em seus braços.

— Foi a ordem — digo com a voz trêmula. — Foram eles.

Draco passa a mãos em seus cabelos e seguro mais forte nele, se eu pudesse nunca mais me soltava, nos braços dele sinto uma segurança que a muito tempo não sentia.

Ele me afasta dele devagar e segura meu rosto e enxuga minhas lágrimas olhando nos meus olhos.

— Eu preciso que você me explique melhor. — sua voz sai baixa e suave. — O que a ordem fez?

Respiro fundo e tento me acalmar, antes de falar tudo que meu tio disse.

— Eles mataram os meus pais, Draco.

Quando eu digo isso ele franzi as sobrancelhas e abre e fecha boca várias vezes antes de realmente falar.

— Como você sabe disso?

— Meu tio me contou tudo. — me afasto dele e me sento novamente no banco e ele me acompanha e se senta do meu lado.

Ele coloca suas mãos sobre a minha e esfrega seu polegar no meu. Eu olho para ele e vejo seus lindos olhos azuis que tanto amo me olhando atenciosamente.

— Como está sentindo? — ele me pergunta.

— Nada bem. — desvio o meu olhar. — Depois de 16 anos eu descobri a forma que meus pais morreram e ainda mais as pessoas que mataram eles é aqueles que eu confiava.

Volto a olhar para ele e sinto as lágrimas voltarem a descer, mas dessa vez não são de tristeza.

— Quando eu lancei aquele feitiço que matou Dumbledore, por um momento eu me sentir mal, pensei que estava decepcionado aquelas pessoas que eu julgava gostar de mim. — tiro minhas mãos das de Draco e enxugo as lágrimas nas minhas bochechas. — Mas eu estava enganada, eles me enganaram, mentiram e o que fiz agora eu enxergo como uma vingança pelos meus pais.

— Mas já passou né, está tudo bem agora. — Draco passa sua mão no meu braço e beija minha bochecha.

Eu olho para ele em silêncio, repassando tudo em minha cabeça, A morte de Dumbledore foi para proteger meu tio e agora também devido aos meus pais. Se Harry achava que eu o trair, ele vai ter muita mais certeza agora.

Antes eu não queria ser ligada aos comensais da morte e fazer parte de tudo isso. Mas agora sinto que a pequena parte de luz que existia dentro de mim se foi.

— O que foi? — Draco pergunta.

— Eu vou matá-los. — Digo e ele me olha sem entender o que eu estou querendo dizer.

— Eu vou acabar com todos da ordem da fênix.

DARK SOUL•𝑫𝒓𝒂𝒄𝒐 𝑴𝒂𝒍𝒇𝒐𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora