SLOW BURN + GRUMPYXSUNSHINE + CHEFE E FUNCIONÁRIA
Matteo Di Rienzo é calado, reservado, frio, insensível e parece ter uma pedra de gelo no lugar do coração. Ao menos é assim que todos o enxergam.
Analice Genebra é como o próprio sol, ilumina todo l...
Pessoal, preciso avisar que esse capítulo contém gatilhos e que talvez a alguns trechos sejam muito desconfortáveis de se ler, aviso isso pq foi foi muito desconfortável para mim escrever, então peço que por favor não ultrapasse seus limites, se sentir que não consegue continuar lendo o que Brittany vai relatar, pulem direito para o trecho após esse símbolo ⚠️.
É isso, no mais, boa leitura!
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— Eu sou um monstro e vou te pegar.
— Ahhhh, socorro mamãe, o monsto Matt qué pegá eu.
— Não adianta fugir, eu vou pegar você!
Corro em direção a minha mãe que segura a câmera sorrindo. Antes que eu consiga chegar nela meu irmão me segura por trás e caímos no chão, rindo.
Sorrio quando a câmera treme e Paola se aproxima para conferir se estamos bem.
— Eu não machuquei ela, mamma — afirma me ajudando a levantar, conferindo se estou mesmo bem.
Minha mãe morreu quando eu tinha uns dois anos de idade, por isso não tenho lembranças dela, de como era viver com ela e de que tipo de mãe foi para Matt e eu.
Também não tenho muitas lembranças do meu pai, sei que morei com ele até os sete anos de idade, mas ele não está em nenhum lembrança da minha infância e está em bem poucas da minha adolescência e vida adulta.
Mas com meu irmão é diferente, ele está em praticamente todas as minhas lembranças, da infância até a vida adulta. Era quem brincava comigo todos os dias, também era ele quem me arrumava para ir a escola, era ele quem preparava minhas refeições e me contava histórias para dormir.
Foi ele quem esteve comigo em todos os momentos da minha vida, dos mais importantes aos maia insignificantes. Sempre se esforçou para suprir a ausência dos meus pais e me criar da melhor maneira possível. Devo dizer que tive sorte de ser criada por ele.
Nenhum de nós estávamos preparados para minha menarca e surtei um pouco quando encontrei uma mancha de sangue na minha calcinha, mas ele, apesar de estar visivelmente em pânico, fingiu calma e usou livros de ciências biológicas para me explicar o que estava acontecendo comigo. Claro que já tinha visto sobre o assunto na escola, mas eu não tinha mãe nem me sentia à vontade para perguntar a Ruth sobre o assunto, então não sabia tanta coisa sobre isso.
Sabe aquela conversa sobre garotos, sexo, bebês e IST’s? Também foi responsabilidade dele. Foi um momento extremamente constrangedor e eu quis morrer na hora, mas foi muito importante para que eu não caísse na lábia do meu namorado espertinho que queria tirar minha virgindade sem proteção.
Eu contei para ele sobre todos os meninos de quem gostei na adolescência — com exceção de Tim, mas ele descobriu depois —, contei sobre meu primeiro beijo e levei meu primeiro namorado para conversar com ele, contei sobre meu primeiro coração partido e fiz ele impedir Tim de bater no moleque que me traiu. Mas não contei sobre a minha primeira vez, não foi preciso na verdade, ele descobriu sozinho e ficou estranho por uns dias, parecia meio fora de órbita, como se tivesse ficado em choque. Mas logo vou ao normal.
