Epílogo

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Quatro anos depois

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Quatro anos depois...

— EU VOU TE MATAR, MATTEO DI RIENZO! — Grito quando ele entra no quarto.

Puxo sua camisa, aproximando nossos rostos.

— Eu juro que se você se aproximar de mim com seu pirulitão desembalado de novo eu o arranco com os dentes e depois te mato. TE MATO!

Fecho os olhos, trincando os dentes quando outra contração me atinge. Quando ela passa, largo meu corpo na cama, choramingando.

— Vinte e uma horas, Matt. Estou há vinte e uma horas tentando expulsar esse bebê gigante que você colocou dentro de mim.

Com cuidado e carinho, meu marido enxuga minha testa suada.

— Desculpa, amore mio. Não achei que os carinhas iriam driblar seu DIU.

— Sua sorte é não ser gêmeos, senão eu garantiria que você nunca mais faria bebês — resmungo, exausta.

Eu coloquei o DIU dois meses após minha primeira vez com Matteo, ainda assim, por cerca de dois anos mantivemos o uso da camisinha, afinal, dois métodos contraceptivos são mais seguros do que um. No entanto, após lermos muitos relatos de casais que tinha há dez, quinze anos o DIU como único método, fomos deixando os preservativos de lado, confiantes de que, assim como eles, não entraríamos nas estatísticas de 0,1% de falha.

Mas, obviamente, estávamos errado.

Sete meses atrás, após algumas tonturas e um desmaio na universidade, fui parar no hospital e descobri que nossa ativa vida sexual havia rendido frutos. Ficamos assustados, porém felizes. Os gêmeos adoraram a ideia de mais um irmãozinho e a família todo ficou em festa.

Felizmente, eu estava no último período do curso e concluí ele com 28 semanas de gestação. Graças a Deus foi uma gravidez muito tranquila e, apesar do bebê ser maior do que a média, minha barriga só apareceu mesmo por volta do quinto mês.

Sabe aquelas gestações bem romantizadas? A minha foi exatamente assim.

Não tive enjoos, apenas um pouco de tontura e muito sono, mas adorei cada segundo da experiência. Apesar da dificuldade de dormir nas últimas quatro semanas. Claro que ter uma boa rede de apoio foi muito importante.

Minha bolsa estourou há vinte e um horas, no entanto as contrações começaram há dezenove horas e foi nesse momento que viemos para o hospital. Desde então tenho sentindo uma contração atrás da outra, porém ainda não tenho passagem suficiente. Na última vez que a médica checou eu estava com sete centímetros.

Meu marido beija minha testa.

— Você é forte, Amore mio. Vai conseguir trazer nosso garotinho ao mundo.

— Claro que vou, agora que ele tá aqui não tenho mais escolha. E o menino tem 53cm, Matteo. De garotinho não tem nada.

Ele sorri, me ajudando a levantar. Caminho um pouco pelo quarto e depois sento na bola, me balançando para a frente e para trás e às vezes fazendo alguns movimentos circulares. E, ocasionalmente, aperto as mãos ou braços de Matteo quando as contrações me atingem.

Raio De Luz - Série Di Rienzo Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora