SLOW BURN + GRUMPYXSUNSHINE + CHEFE E FUNCIONÁRIA
Matteo Di Rienzo é calado, reservado, frio, insensível e parece ter uma pedra de gelo no lugar do coração. Ao menos é assim que todos o enxergam.
Analice Genebra é como o próprio sol, ilumina todo l...
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— Vem Alice, vem com a Ana, vem! — sorrio quando a garotinha engatinha afoita em direção a câmera. — Isso, vem, meu amor.
A garotinha se apressa mais e solta um gritinho animado quando alcança seu objetivo. Com a mão livre, a babá levanta a menina, a parabeniza e enche suas bochechas gorduchas de beijos, arrancando algumas risadas deliciosas.
Deixo o celular sobre a mesa quando vídeo acaba.
Desde o passeio por Nova York, duas semanas atrás, Analice tem enchido meu celular de fotos e vídeos dos gêmeos.
Piorou quando Alice engatinhou pela primeira vez, semana passada no dia em que completou sete meses. Mas não ame incomoda, tenho adorado receber atualizações constantes sobre o desenvolvimento dos meus filhos. Claro que sempre fiquei muito atento a isso, mas é muito mais fácil acompanhar com as informações que Analice me passa.
Obviamente não falo isso para ela, sua petulância já é grande o suficiente, não quero imaginar como ficaria sabendo que algo que faz me agrada.
Tenho andado preocupado com a aproximação dela. Eu não sei o porquê, mas ela não me dá gatilhos. A garota invade meu espaço pessoal, me tira a paciência e me arranca da zona de conforto, mas, além dos meu filhos, é a pessoa que me deixa mais confortável. Nem com meu melhor me sinto assim, mesmo ele conhecendo toda minha história.
Desde que voltamos de Nova York, tenho tentado me afastar, mas simplesmente não consigo, quando dou por mim estou na cozinha tomando leite com ela e rindo da enorme quantidade de besteiras que sai da sua boca.
Ela me quebra, me desmonta e eu odeio isso. Me assusta profundamente, mas é algo contra o qual não tenho conseguido lutar, mesmo que eu esteja tentando fervorosamente.
Ela é...
Não sei...
A presença dela é envolvente. Ela é tão engraçada, sempre dá um jeito de se meter nas confusões mais loucas e aleatórias possíveis.
Semana passada, na comemoração dos gêmeos que minha irmã insiste em fazer, Analice caiu na piscina. Se afastou de nós para atender a ligação dos pais e sentou em uma espreguiçadeira perto da piscina, quando estava voltando uma borboleta a assustou, ela gritou, saltou, escorregou e acabou dentro de piscina. Tudo isso dentro de poucos segundos.
Por que ela se assustou com a borboleta? Porque, aparentemente, qualquer coisa marrom que voe ela interpreta como — abre aspas — um Monstro voador.
Analice é a personificação do desastre, tão atrapalhada, mas também tão encantadora.
— Matt, estão prevendo neve pra hoje.
Encaro meu amigo com as sobrancelhas franzidas.
— O quê?
— A previsão para a noite de hoje é uma nevasca pesada. Do tipo que vai prender todo mundo dentro de casa por pelo menos uns dois dias.
— Do que você está falando, Tim? Estamos na Califórnia, para nevar aqui o inferno precisa congelar.
