SLOW BURN + GRUMPYXSUNSHINE + CHEFE E FUNCIONÁRIA
Matteo Di Rienzo é calado, reservado, frio, insensível e parece ter uma pedra de gelo no lugar do coração. Ao menos é assim que todos o enxergam.
Analice Genebra é como o próprio sol, ilumina todo l...
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Hoje os gêmeos estão fazendo um mês e Brittany, como a tia coruja que é, está preparando uma festinha, o famoso mesversario. Segundo ela, o parto dos gêmeos foi complicado e cada mês de vida deles merece ser comemorado.
O tema é Super Homem e Mulher Maravilha, tem até os bodys temáticos. O do Super Homem tem uma capinha fofa e o da Mulher Maravilha tem uma sainha fofa de tule azul com estrelinhas douradas.
Hoje Brittany não foi trabalhar e ao final da tarde usou Michelly e eu como assistentes para fazer um ensaio fotográfico do primeiro mês deles. As fotos foram feitas no jardim e ambos vestiam as roupas temáticas.
Ficou uma fofura!
Brittany pediu minha ajuda para decorar a área gourmet perto da piscina, comprou tudo no tema dos dois heróis, e encarregou Lucy e Kim de fazerem o bolo e alguns cupcakes.
Estou prestes a subir em uma cadeira quando ela, que tinha ido pegar os cupcakes para colocar na mesa com o bolo, aparece gritando.
— Não, Ana!
Ah é, ela agora também me chama pelo apelido.
Brittany é uma pessoa maravilhosa e nos aproximamos muito nesses doze dias que estou trabalhando aqui, apesar de não nos vermos tanto. Ela sai pra trabalhar às sete e volta as cinco e meia. Nesse horário, normalmente aproveito para cochilar umas duas horas — nunca consigo dormir durante os cochilos de Levy, fico com medo dele acordar e eu não ouvir.
Nossa amizade está se fortalecendo mesmo é nas madrugadas, como ela já tinha falado, é ela que levanta para cuidar dos bebês, já que o pai não parece se importar muito.
Brittany não me falou isso assim, com essas palavras, mas foi uma conclusão que eu tirei. Não trabalhei em tantas casas, mas quase todas elas tinham algo em comum: pais relapsos. Não apenas no sentido masculino da palavra, mas no sentido geral de pai e mãe, alguns ricos contratam babá não para cuidar dos filhos mas para de fato criar. Já vi pais que mal olhavam para os filhos, e o mesmo acontece aqui. A última vez que vi o senhor Di Rienzo encostar nos filhos foi na primeira noite em que passei aqui.
Como a irmã já tinha falado, ele chega do trabalho e se tranca no quarto ou escritório, as vezes nem janta.
E nada disso é da sua conta.
Minha consciência acusa e concordo. O que meu chefe faz ou deixa de fazer não me interessa, definitivamente não.
— Ana? — estala os dedos a frente do meu rosto e pisco, voltando a realidade — Tô perguntando o que ia fazer em cima da cadeira.
— Ah, eu ia ajeitar a faixa com os nomes deles, se olhar bem vai ver que está torta.
— Ah tá, e daí você decidiu tirar os pés do chão e subir em uma cadeira? Tipo, longe do chão?
