Merda!
Por que eu sou assim?
Se eu tivesse me desculpado e calado a droga da minha boca, não teria sido demitida. Ou talvez sim, afinal chamei ele de babaca.
Deus, por que eu sou assim? O senhor bem que podia ter adicionado um pouquinho mais de noção quando me criou, né?!
Uma pitada a menos de impulsividade e uma pitada a mais de noção me faria uma pessoa melhor. E uma pessoa empregada.
Argh!
— Sua babá é uma tonta bocuda, Levy — beijo as bochechas gorduchas do bebê.
Aperto com força o menininho contra meu peito.
A despedida é sempre a pior parte.
Eu odeio despedidas, principalmente quando as pessoas de quem tenho que me despedir são mini pessoinhas adoráveis.
— Britt vai tentar intervir — Timothy me consola gentil.
Ele trouxe os bebês minutos depois da confusão lá embaixo.
Abro um sorrisinho triste.
— Mesmo assim, não acho que ele vai voltar atrás. Você conhece seu amigo.
— Conheço. Conheço tanto que sei que Brittany tem ele na palma das mãos. Ele vai atender o pedido dela, Ana, tenho certeza.
Coloco o neném adormecido no berço e viro para ele.
— Eu nem mereço que ele atenda. Reconheço que passei de todos os limites, Tim, gritei aqueles absurdos na frente de todo mundo. De qualquer forma, era questão de tempo até que eu fosse demitida, sou meio doida e seu amigo caladão odeia isso.
— Você está aqui há mais ou menos um mês, não é?
— Um mês e meio.
— Garanto que se em algum momento ele realmente quisesse te demitir, quisesse de verdade, ele já teria demitido.
— Hoje ele parecia querer me demitir de verdade.
— Parecia, mas foi no calor do momento. Se a Brittany conseguir dobrá-lo é porque ele não está com tanta raiva assim. Meu amigo é boa pessoa, Ana, ele apenas finge que não.
Suspiro beijando o rosto adormecido de Alice.
— Vou sentir sua falta, sua sapequinha escandalosa.
Fungo tentando não chorar quando devolvo-a ao berço. Aviso a Tim que vou fazer minhas malas e atravesso a porta de ligação quase chorando.
Um dia vou ter meus próprios bebês e nunca vou precisar me despedir deles.
Fungo, jogando as roupas de qualquer jeito dentro da mala que abri sobre a cama. O toque do meu celular interrompe minha atividade cheia de ódio.
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Raio De Luz - Série Di Rienzo Livro 1
Ficción GeneralSLOW BURN + GRUMPYXSUNSHINE + CHEFE E FUNCIONÁRIA Matteo Di Rienzo é calado, reservado, frio, insensível e parece ter uma pedra de gelo no lugar do coração. Ao menos é assim que todos o enxergam. Analice Genebra é como o próprio sol, ilumina todo l...