Capítulo 38

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Três semanas antes

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Três semanas antes...

Termino de comer e peço licença a Analice para ir ao banheiro. Alivio minha bexiga, fecho a calça e lavo as mãos, enxugo-as com papel toalha e jogo no lixo no exato segundo em que uma voz vinda dos meus piores pesadelos soa atrás de mim, arrastando um arrepio gelado pela minha espinha.

— Boa noite, Amigão, que surpresa ver você por aqui.

Meu corpo paralisa.

Isso não pode estar acontecendo.

Não pode ser real.

— Não vai falar com o papai, amigão?

Aperto os olhos com força.

Reage, Matteo, você precisa reagir.

Você não é mais um bambino indefeso, precisa reagir.

Saio do torpor quando sinto sua aproximação. Dou dois passos para o lado.

— O que você está fazendo aqui? — Empurro as palavras por entre os dentes.

— É assim que fala com o papai depois de tantos anos sem me ver? Não sentiu saudades?

— Se você chegar perto de mim, não responderei por minhas ações — ódio escorrer por cada palavra.

Sua risada medonha e macabra reverbera pelo lugar, que se tornou pequeno e sufocante desde a sua chegada.

— A bichinha criou coragem para me enfrentar? — Ri mais alto. — Não importa o quanto cresceu ou quanto dinheiro conseguiu nas custas daqueles pretos metidos a besta, você sempre será minha putinha. — Ri. — Minha putinha preferida.

Dou dos passos em sua direção, minha postura ameaçadora parecendo finalmente amedronta-lo. Acusado, ele começa a jogar baixo.

— Não ouse se aproximar, ainda tenho nossos vídeos — meus pés travam. Os olhos dele brilham de um jeito doentio. — Imagina como aquela moça bonita vai reagir quando eu enviar para ela um dos nossos vídeos — abre aquele sorriso macabro que sempre me desestabilizou. — Acho que ela vai fugir mais rápido do que a última.

— Se você sequer respirar perto dela eu vou arrancar suas tripas, seu maldito — me forço a reagir.

Joga a cabeça para trás rindo. O som reverberando dentro de mim, causando o conhecido arrepio de medo e asco. Se aproxima, segurando meu queixo, seu toque é como um agente paralisante envolvendo cada célula do meu corpo e me impedindo de reagir.

— Eu nunca vou te deixar ser feliz, Amigão. Você me tirou o que eu mais amava então eu vou tirar qualquer coisa que você ousar amar, inclusive os pequenos clones.

Ajo mais rápido do que consigo raciocinar, disferindo um soco certeiro e potente em seu nariz.

— Enlouqueceu, moleque? — praticamente grita.

Raio De Luz - Série Di Rienzo Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora