— Boa noite! — Matteo entra na cozinha nos cumprimentando como se não tivesse sumido há uma semana.
Desde que foi embora da casa lá nos Hamptons, ele parou de responder as mensagens da irmã. Nos três primeiros dias, Tim disse para a gente não se preocupar porque às vezes Matteo fazia isso e que talvez estivesse em uma de suas casas de praia, que Brittany e eu descobrimos serem cinco no total, em quatro países diferentes, sem contar com a casa nos Hamptons.
Tim, que conhece bem o melhor amigo, confessou que algumas da viagens de trabalho de Matteo às vezes na verdade é só um fim de semana em uma dessas casas, ele as usa como refúgio. Quando faz isso ele trabalha de home office.
No quarto dia sem contato algum, Timothy começou a ficar preocupado, no sexto decidiu que iria atrás dele na casa preferida, que ele não quis dizer onde fica, isso foi ontem. Hoje de manhã ele nos ligou afirmando que o amigo estava vivo e que os dois estavam voltando para Los Angeles.
— Matt, onde você estava? Eu fiquei preocupada, achei que algo ruim tivesse acontecido com você.
Brittany está tremendo de nervoso e quase chorando, mas a postura dele permanece inabalável, os olhos frios como nunca vi. Ver essa sua faceta me causa angústia profunda.
— Fala, Matt, onde você estava? Mal dormi esses dias de tanta preocupação.
— Não interessa onde eu estava Brittany. E pode dormir bem agora, esto vivo e bem — mexe no bolso interno do paletó, retirando um molho de chaves de lá.
Entrega para a irmã e ela o olha, sem entender nada.
— Sua casa em Santa Mônica — explica. — Você não queria uma? Comprei para você.
Meu queixo cai.
Coloca a pasta sobre o balcão e abre, retirando alguns muitos papéis. Pede para ela assinar alguns documentos e deixa algumas cópias com ela.
— Não acredito que você realmente comprou uma casa pra mim em santa Mônica — fita os papéis, embasbacada.
— Tudo por você, Sorellina.
Ela abraça o irmão com força. Por breves segundos, uma pequena rachadura parece se abrir em sua armadura. Por breves segundos seu olhar muda, mas quando seu olhos gelados fitam os meus sua postura muda, voltando a se fechar.
Isso dói.
— Se precisar de mim, estarei no meu escritório.
Sem mais, dá as costas e sai.
Que merda aconteceu?
Como de uma hora para outra ele foi de um cara extremamente carinhoso para isso?
Tento disfarçar minha tristeza quando Britt vira para mim, balançando os papéis.
— Às vezes esqueço que não posso falar meus desejos perto de Matt, porque ele vai dar um jeito de realizar. Aliás, sabia que eu tenho uma fábrica de biscoitos? Quando criança eu amava uma certa marca de biscoitos, mas oito anos atrás ela faliu e eu fiquei triste. Em segredo, Matt comprou, reergueu e dois anos depois me deu como presente de aniversário... Ana? Está me ouvindo?
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Raio De Luz - Série Di Rienzo Livro 1
Ficción GeneralSLOW BURN + GRUMPYXSUNSHINE + CHEFE E FUNCIONÁRIA Matteo Di Rienzo é calado, reservado, frio, insensível e parece ter uma pedra de gelo no lugar do coração. Ao menos é assim que todos o enxergam. Analice Genebra é como o próprio sol, ilumina todo l...