Capítulo - 28

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ALICE

- Pode me largar, Jorge! - o empurrei me afastando - Ainda não resolvemos isso aqui.

Aponto para as fotos espalhadas pelo chão. Jorge vira as costas com a mão na cabeça claramente irritado e frustado. Depois de alguns segundos se volta para mim.

- Eu já disse Alice. Isso é passado. - diz parando a minha frente.

- Só que o seu passado está sempre no meu presente. É Mércia, Antonela e não sei quantas mais. - ergo os braços sem paciência.

- Eu já disse meu amor, você é a única mulher da minha vida. Nenhuma delas teve importância para mim. Já te falei o assunto que tinha com Antonela., e já o encerrei também por descobrir o que tinha por trás dele. - disse com seriedade tocando meu rosto.

- E o que era? - perguntei já sabendo a resposta.

- Ela tentou se insinuar para mim. Além de ser prima de minha ex mulher, nunca tive interesse por ela. - disse me olhando intensamente.

- Está vendo Jorge? Sei que você não é nem um santo., mas saber das mulheres que você levou para cama durante todos esses anos não me agrada. - o empurro enraivecida.

- Hei, não fica assim. Como disse, nunca significou nada. Eu sempre te amei. Sempre foi você. - ele tenta me tocar novamente e dou um passo atrás.

- Olha, eu não vou voltar nesse mesmo assunto. Como eu disse a você, vamos tentar sim tentar fazer nosso casamento ser real. Mas Jorge, eu não quero isso para minha vida. Se for para ser assim, eu desisto de tudo agora e você não vai poder fazer nada para que eu mude ideia. - suspiro fundo - E vou te avisando, - meto o dedo em sua cara - nada de chantagem comigo, pois não vai funcionar.

- Eu não faria isso.

- Mas fez uma vez. E quer saber, meu pai que arque com as merdas que ele faz., eu não me importo mais.

- Aquilo já não existe mais. Vou entregar tudo ao seu pai. Não quero nada que possa prejudicar nosso recomeço. - ele se senta na cama - Como já disse, não quero o dinheiro de sua família.

- Tudo bem. Mas faremos do meu jeito. - ele estreitou os olhos - Você vai pegar a nossa casa, que agora está no seu nome, e passar para o nome de Estela. A loja também.

- Seu pai não vai aceitar isso. - levantou impaciente.

- Ele não tem direito a réplica. É isso ou nada. Entendeu Jorge?

- Entendi. Será como você quer. - ele se encaminha até a janela - O que é aquilo estão que pegando perto do ateliê? Queimaram alguma coisa ali? - ele se virou para mim com as mãos na cintura.

- Eu queimei!

- O que você queimou Alice? O que você fez?

- O que já devia ter feito a muito tempo. Queimei o meu passado. - suas mãos foi para a cabeça - Não adianta me olhar assim.

- Você destruiu tudo? Por que ninguém me avisou? - agora seus olhos soltavam faíscas.

- Te avisar o quê? Nem tudo tem que ser como você quer.

- Eu fiz aquilo tudo para você! - ele gritou.

- Para mim não. Para VOCÊ!

- Alice!

- E não sou louca como pensa. Só dispensei o que não me interessa. O resto foi para minha loja.

- O que, Alice? Fala! - seus dentes estavam trincados. Os olhos injetados.

- Aquelas fotos ridículas e o vestido. O resto dá para aproveitar. - respondi calmamente enquanto ia até o closet.

- Você não fez isso?! - exclamou segurando meu braço.

Altar da ilusãoOnde histórias criam vida. Descubra agora