•PRÓLOGO•

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PRÓLOGO

Brianna Dynamo amava fotografar.

Desde os seus primeiros passos no Distrito 5, desde onde a eletricidade pulsava como um coração mecânico até as longínquas paisagens que só conhecia através das escassas imagens nos livros empoeirados da biblioteca local, a câmera era uma extensão de sua alma.

Na véspera do Dia da Colheita, enquanto o ar pairava pesado com a expectativa de dor e perda, Brianna buscava refúgio no seu santuário de imagens congeladas. O quarto modesto na casa que dividia com sua família... Ou melhor, que um dia havia dividido com a sua família, era adornado com fotografias cuidadosamente coladas nas paredes, uma tapeçaria de momentos que tentavam suavizar as bordas ásperas da vida no distrito. Cada imagem era um tesouro, um fragmento de esperança em um mundo que parecia ter esquecido o significado da palavra.

Sentada diante da janela empoeirada, com a câmera apertada contra o peito, Brianna observava as estrelas distantes, seus dedos trêmulos ansiando por capturar a serenidade fugaz da noite. O medo se misturava com a determinação em seus olhos cinzentos, refletindo as sombras que dançavam nas paredes ao redor. Ela sabia que, quando o sol nascesse, a sorte seria lançada como dados cruéis, decidindo o destino de muitos jovens, incluindo o seu próprio.

Mas enquanto o mundo ao seu redor se preparava para o sacrifício anual dos Jogos Vorazes, Brianna se recusava a se render à escuridão que ameaçava engoli-los. Cada clique da câmera era um ato de resistência, um lembrete silencioso de que a beleza e a esperança ainda podiam florescer mesmo nos lugares mais sombrios. Ela era uma guardiã das memórias, uma testemunha dos tempos turbulentos, e estava determinada a capturar cada momento, seja de dor ou triunfo, com a mesma intensidade de um raio de luz em uma noite escura.

Na calada da noite, com o coração pesado e os dedos manchados pela tinta da história que estava prestes a se desenrolar, Brianna segurava sua câmera como um escudo contra a incerteza que a aguardava. Pois, enquanto ela pudesse capturar a verdade em suas lentes, enquanto pudesse transformar a dor em arte, ela jamais permitiria que a chama da esperança se apagasse. E assim, enquanto o mundo adormecia em antecipação, Brianna se preparava para enfrentar o amanhecer com a coragem de uma guerreira e a determinação de uma artista, pronta para escrever sua própria história.

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Bem-vindos ao prólogo. Nesse capítulo, vocês conseguiram conhecer um porquinho da Brianna.

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Volto em breve!

Além da Corrente - Finnick OdairOnde histórias criam vida. Descubra agora