𝐋𝐎𝐔𝐂𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐎𝐑☠︎︎

02

Gabriela Farias, 24 anos

Quando eu acordei, eu não acordei na sala escura que adormeci, eu acordei no lugar da escadaria, junto com os outros reféns. Todos colocaram roupas vermelhas iguais e seguravam armas sem munição. Haviam duas mulheres com armas e um homem careca com barba, estavam vigiando a gente.

Eu estava sentada do lado de uma mulher branquinha, com o cabelo todo enrolado loiro, ela é muito bonita.

– Gabriela.

Ela estava morrendo de medo, apenas me olhou apavorada.

– Mônica. – ela deu um pequeno sorriso

– Mônica, Mônica, eu preciso falar com você... – um homem que estava na nossa frente sussurrava para ela

– que foi? – ela respondia meio nervosa

– eu prometo que...– ele continuava, a mulher olhou o movimento e eu fiquei com medo.

– Cala a boca, Arthuro.

– Mônica...

– SHIU! – a morena gritou apontando a arma na cara dele

– parece que você não gosta muito do seu chefe né?

– como sabe que ele é meu chefe?

– eu vi vocês discutindo ontem antes do assalto, eu vi o teste de gravidez.

– ele não quer assumir.

– e o que você vai fazer?

– vou tirar.

– é difícil uma decisão dessas, mas, meu sonho é ser mãe, ser para a minha filha ou filho uma mãe foda que nem a minha foi para mim, é decisão sua, mas é algo tão mágico. Pensa melhor nisso.

– Não vou mudar de ideia, Gabi.

O comandante entrou na sala junto a Rio, pediram para formamos filas.

– oi, Gabriela né? sou Pablo, sou capitão da equipe de atletismo. – o garoto colocou uma mão na minha cintura

– Beleza, "capitão" vai procurar alguém da sua idade ou eu metralho essa sua mão. Tira a mão, bora. – Rio chegou do meu lado apontando a metralhadora para o garoto

– Rio. – o chamei

– Oi Bri. – ele abaixou a arma

– como que eu vim parar aqui de manhã?

– eu te carreguei e te trouxe. – ele disse simples e saiu atrás do comandante

– A partir de agora vamos nos organizar, a gente vai dar tarefas para que vocês não me deixem deprimido...Qual seu nome? – O comandante perguntou para o adolescente e rio ficou rindo ao lado

– Pablo..

– Pratica esportes?

– Faço, sou capitão da equipe de atletismo. – o comandante olhou para rio e rio ficava rindo e falando coisas como "calma capitão" "ai capitão"

– da um passo a frente, capitão. – Comandante mandou e ele obedeceu – Arthurzinho, você é bom com esportes?

– sei me virar

– um passo a frente.

Havia uma senhora ao meu lado chorando muito, eu a abracei e ela retribuiu, estava ansiosa. Ela não conseguia nem falar.

– Rio! – atrapalhei a fala do comandante mas Rio veio correndo quando eu o chamei

– Oi Bri.

– qual o nome desse ai, o comandante?

– Berlim. Por que?

– Berlim! – o chamei e todos prestaram atenção em mim

– Gabriela o que foi?! – Rio estava preocupado, conseguia ver no olhar dele.

– Oi minha querida. – Berlim

– Essa senhora está muito nervosa, tem algum calmante?

– calma...– ele disse para a senhora – Alguém mais precisa de remédios?

– Eu, eu sou diabética – uma menina falou

– fica desse lado com essa senhora por favor. – Berlim

– Eu, eu tomo anti depressivo. – outra menina

– vem aqui – Berlim chamou ela para ficar com o resto – Alguém mais?

– Eu... – Mônica...– Eu queria pedir uma pílula de aborto, disse que não sabe quanto tempo ficaremos aqui, eu quero resolver isso quanto antes.

– desculpa, eu também tenho um pedido. – eu falei e berlim me deu atenção – posso falar no seu ouvido? – ele assentiu e eu cochichei "Só estou aqui na casa da moeda, pois era um ponto turístico que minha mãe queria conhecer antes de morrer, não consegui conhecer nada pois vocês nos sequestraram. Eu posso passear por ele depois?"

– Sinto muito, você vai com o Rio que é o mais próximo de você. Vamos vocês dos remédios, me sigam.

Rio foi comigo até uma sala, ele sabia de tudo, das histórias e eu fico encantada com a forma dele de falar.

– Rio, por que está nesse assalto?

– pelo dinheiro, sou um Hacker muito bom.

– Desde quando você pediu meu celular, senti que você não é uma má pessoa, e isso é muito assustador. A coisa mais emocionante que já aconteceu comigo foi quando eu removi uma bala perdida do ombro de um cara.

ele sorriu para mim.

– um sequestro já é mais emocionante. – escutamos uma voz feminina parada na porta.

– Bri, essa é a Tókio, Tókio, essa é Gabriela. – Rio

– famosa "Bri" a que você quer comer né, Rio? Ou já fuderam? Não sei... – ela disse e eu fiquei assustada, por isso que esse cara me trata tão diferente, ele quer me estuprar. Rio ficou envergonhado.

– Tókio, chega. Deixa eles dois. – Berlim chegou e falou.

– Vamos Bri – ele ia puxar minha mão mas eu tirei

– Não, eu vou ficar com os reféns, é o que eu sou. – eu ia sair mas Rio se colocou na minha frente

– Mas você queria fazer o tour..

– e ficar sozinha com você? Não quero. Agora, aponta essa metralhadora na minha testa – eu disse colocando a ponta da arma na minha testa – e faz o que você tem que fazer, para de fingir que não é um assaltante.

– como é corajosa, se fosse eu, eu atirava – Tókio

– cala a boca. Vamos, vou te levar lá para baixo. – Berlim me levou