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Paris / Gabriela Farias, 24 anos

Depois de ontem, tudo está um caos, todos muito cansados, choram.  O único que eu realmente vejo dormir bem é o Berlim. 

O Arturo agora, anda de cueca pela casa da moeda cheio de explosivos grudados no corpo, são falsos mas ninguém sabe disso, apenas nós, sequestradores. 

Rio estava de olho em Arturo, foi a obrigação dele, como nãp tinha muita coisa para fazer, fui ficar com ele. 

Vi Rio sentado numa cadeira e Arturo na frente dele em outra cadeira. 

– Oi – disse abraçando o pescoço dele por trás. 

– oi minha gata – ele sorriu e me deu um selinho

– vocês são um casal realmente muito bonito. – Arturo – Gabi, eu sei que você não é má, garota. Você não é como eles, você é especial menina. – enquanto ele falava Rio pega um tablet –Eu tenho um filho da idade de vocês, o mais velho, me ajudem por favor. Eu quero ver o meu filho. – Rio abriu um sorriso sem mostrar os dentes, de criança encapetada e eu sorri para ele. Quando Rio apertou no tablet, o botão vermelho de Arturo começou a piscar e fazer "pi pi pi pi"

– você é bobo – falei para rio, ele me puxou para frente dele e me fez sentar no colo dele, na perna direita. 

– sou, mas você adora – ele me beijou.

– comida chegando – Berlim colocou duas sacolas no chão – Rio e...

– Paris. – rio disse abraçando minha cintura

– bela escolha. Rio e Paris, vocês ficam aqui vigiando enquanto eles comem. – berlim

– ok – eu e rio dissemos e eles saíram. 

– Quero ir no banheiro rapidinho você da conta deles? 

– dou sim, pode ir 

– vou rapidinho, só lavar a mão. 

eu assenti com a cabeça e fiquei vigiando Arturo e os reféns.

– não faz nenhum sentido... – escutei Arturo. 

– o que? – perguntei 

– a bomba não faz nenhum sentido, vocês estão tentando fazer terrorismo psicológico, estão tentando por medo na gente, essas bombas são de mentira, eu vou tirar. – ele levantou e eu apontei minha arma para ele 

– senta, Arturo. Fica quieto e senta agora. 

– Mas quem é você traidora, para dizer o que a gente tem que fazer? Hein a culpa é toda sua por a gente ainda estar preso aqui. – engatilhei a arma

– minha culpa?

– é, sua culpa.

– VOCÊ é o diretor desse lugar e entraram 8 assaltantes que se sentem em casa aqui. Alguma outra casa da moeda no mundo já foi assaltada? Não né? Só essa daqui. Parabéns Arturzinho, você entrou para história, agora senta e não faça com que os reféns todos voem pelos ares e senta logo. Senta, agora. – ele devagarzinho abaixou e se sentou 

escutei 3 palmas. 

– CA RA LHO, essa é minha namorada! Botou o Artuzito no lugar. – ele chegou perto de mim e beijou meu pescoço – ver você brigando com ele deixou meu pau duro – Rio sussurrou no meu ouvido. 

– vamos resolver isso mais tarde – sussurrei de volta , ele sorriu e beijou minha bochecha. 

Rio se aproximou de Arturo. 

– Já mandei parar de confrontar ela, quer que o botão pisque de novo Artuzinho? 

– Não. Desculpa. 

20 minutos depois 

Eu e Rio estávamos sentados no chão com as pernas esticadas, conversando e trocando carícias. Estava muito bom, mas como felicidade dura pouco. Berlim, Denver, Nairóbi, Helsink  e Moscow apareceram agitados. 

– SE AFASTEM DO PORTÃO! – os reféns começaram a gritar pois escutaram tiros do lado de fora

– Tókio está voltando, abre a porta! – Nairóbi 

– temos que dar cobertura para ela – eu disse e fui até a porta, coloquei a máscara e comecei a atirar no pé da polícia, agora fudeu mesmo. 

– GABRIELA CUIDADO! – Rio colocou a máscara e veio atirar comigo 

Tókio entrou em cima de uma moto, eu e Rio fomos entrando devagar. 

– BRI! – Rio gritou e ficou na minha frente, eu não entendi nada na hora. Quando estávamos seguros e olhei para ele, vi que ele tomou um tiro. 

– Rio! – gritei 

– Rio! – Nairóbi

– Rio!– Helsink 

Uma dor inexplicável percorreu meu corpo e lágrimas desciam. Rio havia levado um tiro no ombro direito. 

– Cadê os primeiros socorros?! – gritei 

No desespero de estancar o sangue, fiquei de sutiã na frente de todos ali e pressionei o lugar ferido com a minha camisa. Rio gemeu um pouco de dor, mas continuava engraçadinho. 

– calma Bri, assim vou ficar ereto. – ele disse com aquele sorriso bobo perfeito e eu ri 

– eu vou cuidar de você ok? Respira – disse acariciando o rosto dele – Nairóbi, morfina. 

– toma. – ela me entregou e eu dei uma injeção de morfina no ombro dele, enquanto isso Nairóbi cortava a roupa dele com uma tesoura. – Levem ele para a maca. – Denver e Helsink fizeram isso. 

– nosso curso de primeiros socorros não garante a vida de ninguém, merda! – Denver

a essa altura, não podemos pedir cirurgiões. – Berlim 

PORRA! – Nairóbi

– Gente? Eu sou médica. Pelo menos era, já tirei balas de corpos várias vezes, claro que vou tirar uma bala do ombro do meu namorado. Só preciso de alguém que consiga me ajudar. 

– Eu ajudo. – Helsink 

Começamos limpando o máximo de sangue. 

– shh...Amor, fica quieto – Rio ficava tentando ver o machucado

– me fala minha doutora, eu vou sair vivo dessa? Quero um beijo de despedida – o drama

– a bala está alojada na clavícula. Não perfurou nenhum órgão vital e também não vejo fragmentos de osso. Você não vai morrer disso. – dei um beijo no canto da boca dele – Helsi, anestesia geral.  Vai doer um pouco, amor. Aperta a mão do Helsink ok? – eu apliquei e ele se contorceu e gemeu de dor – calma.. 

Esperamos a anestesia fazer efeito e ai eu comecei 

– bisturi. – Helsink me deu e eu comecei os trabalhos, tirei a bala de dentro do rio com uma pinça e logo depois costurei e coloquei ataduras no ombro dele. Deixei ele em repouso, dormindo, mas fiquei o tempo todo sentada ao lado dele. só esperando ele acordar. 




𝐋𝐎𝐔𝐂𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐎𝐑☠︎︎Onde histórias criam vida. Descubra agora