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Paris / Gabriela Farias 24

Rio foi fazer suas tarefas, por mais que o ombro dele precise de repouso, ele está ajudando Denver a cavar o túnel de fuga. Eu fiquei como médica do Moscou. Ele chamou minha atenção me chamando. 

– Gabriela, filha. Venha aqui por favor. 

– Oi Moscou, o que foi? Sente algo? – disse me aproximando dele 

– Você sabe que vou morrer, querida. Não sabe? – Eu engoli uma dor na garganta. 

– é uma chance de 80%...Mas eu estou fazendo de tudo para você ficar bem por mais tempo e conseguirmos fugir. Assim você ira para um hospital. De luxo. – eu ri e ele sorriu

– você é iluminada, Gabi. Linda, fofa, inteligente. Rio tem muita sorte. Eu amei conhecer você, espero que faça sucesso na sua vida. Você merece. 

é difícil encarar sem chorar uma pessoa que está para morrer. O Moscou é uma pessoa que eu queria ter mais conversas profundas, ele é uma pessoa que eu gostaria muito de ter conhecido mais. Despedidas sempre são difíceis e por bem ou por mal, nunca são esquecidas. Dar adeus é uma das coisas mais difíceis que existem

Percebi Moscou se tremer. Pulsação 35. Ele precisa de transfusão fui pegar uma bolsa de sangue O negativo. Ele tinha pouco tempo de vida uns 5 minutos, chorei desesperada e Nairóbi apareceu com Helsink. 

– Gabi? – Nairóbi veio falar comigo preocupada

– Moscou...– eu não consegui falar mas eles já haviam entendido 

–  chame os outros. Quero me despedir. – Moscou me olhou sorrindo com lágrimas nos olhos. Eu chamei a todos e Denver foi o último a chegar.

– eu estou aqui, papai. Só tem que aguentar mais um pouco porque nós vamos sair daqui. Diz ai, Rio, a gente estava cavando que nem dois loucos. – Denver disse com um sorriso porém com os olhos cheios de lágrimas

– da para ouvir os sérvios do outro lado. – Rio disse com um sorriso fraco

– fica tranquilo. – Moscou – Eu quero me apresentar. Augustin Ramos, foi um prazer. Te amo. – ele disse para Denver

– Também te amo pai. Mas aguenta, trás todos os explosivos, Rio! Que eu vou explodir esse túnel. – Rio começou a chorar, eu o abracei e ele apertou minha cintura com força chorando no meu ombro, fiquei fazendo carinho no cabelo dele, chorando também.

– Não. Se explodir o túnel vai enterrar todos nós.

– mas pai... – Denver estava chorando muito

– tem de seguir em frente...

– não sei se consigo...

– te amo.

Essa cena toda me lembrou de quando minha mãe morreu, ela encarou meus olhos sabendo que era a hora dela e me disse " eu te amo 1 milhão de vidas" chorando desesperada, gritando e sem rumo da minha vida, ajoelhada ao lado do cadáver da minha mãe. Moscou era um pai incrível e minha mãe também era. Comecei a chorar bastante e Rio me abraçou me acolhendo em seus braços, como ele é mais alto chorei no peito dele.

Todos choravam, fui falar com Denver. 

– Denver... – foi a única palavra que consegui dizer e ele me abraçou forte

– obrigado por ter cuidado dele por mais tempo. – ele disse olhando nos meus olhos 

– Você não está sozinho, eu já passei por isso e estou aqui para te ajudar Ok? – ele sorriu fraco e me abraçou de novo. 

𝐋𝐎𝐔𝐂𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐎𝐑☠︎︎Onde histórias criam vida. Descubra agora