𝐋𝐎𝐔𝐂𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐎𝐑☠︎︎

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Rio / Aníbal Cortés,  25 anos

"vai doer um pouco, amor. Aperta a mão do Helsink, ok" foi a última coisa que escutei antes de apagar completamente. "amor" primeira vez que ela me chama assim. 

Comecei a abrir meus olhos lentamente, eu estava sem camisa, todo enfaixado de ataduras, mas limpo, sem nenhum sangue. Olhei para o lado e vi Bri dormindo sentada com a cabeça do lado da minha cintura, segurando minha mão. 

Escutei passos vindo em minha direção e vi Helsink. 

– Paris ama Rio. Ela não saiu, nenhuma hora. – Helsink disse olhando para ela. 

– E Rio ama Paris, Helsink. Ama mesmo. – eu disse fazendo um carinho no cabelo dela

– Rio, vamos sair hoje. Denver e Moscou cavando. 

Eu vi Bri se mexendo e acordando, lentamente. Quando ela viu meus olhos abertos, ela sorriu e ficou mais animada, é impossível não sorrir olhando para ela. 

– Rio! – ela me abraçou com cuidado 

– Oi doutora.

– como está se sentindo? – ela ficou passando o  dedo no meu maxilar fazendo um carinho.

– um pouco de dor, mas estou bem. Já consigo ficar em pé. – tentei levantar e ela gritou 

– NÃO! – ela me deitou de novo – Você quer me matar, da logo um tiro no meu coração, Rio. Você pode abrir a costura, fica quieto ai caralho.

Helsink riu. 

– Paris, pode ir lavar você. Eu cuido do Rio. – ele disse. 

– Ok. – ela disse olhando para helsink e depois olhei para mim – fica quieto, se não eu mesma te dou um tiro. 

– Só fico se você me der um beijo. – ela revirou os olhos e deu um tapa na minha testa – ai amor. 

– Quieto. – ela disse saindo

Eu sou muito apaixonado.

Paris / Gabriela Farias, 24 anos

Fui no banheiro e vi Mônica, todas as meninas do banheiro a ignoraram. 

Ariadna saiu da cabine e olhou para nós duas, ela está com Berlim, deve entender a gente.

Tiramos as nossas blusas. 

– Ari... – Mônica

– Por que vocês sabotaram o plano de fuga? Pelo Denver? Pelo Rio? Por isso você bateu no Arturo e você mandou trancarem as portas? Vocês tem algo com eles? Eles forçaram vocês? 

– que, não! – Mônica

– Claro que não. – Rio, nunca faria isso. 

– por que vocês estão com eles?

– Porque o amo. O Rio... É estranho mas ele é o amor da minha vida. 

– eu amo o Denver. Parece absurdo, parece loucura, mas é real.

– é isso. É real, ari. – olhei para os olhos dela – é a primeira vez que sinto isso, vejo a preocupação dele comigo. Ele me ama de verdade, e tenho certeza que Denver também ama a Mônica de verdade. É amor, não tem o que fazer.

– e você, você está com Berlim? – Mônica

– Para sobreviver, eu pensei que estavam matando as pessoas. Que tinham matado vocês. Achei que era a única forma de me salvar – Mônica a abraçou – O Berlim me da muito nojo, muito nojo, muito. Agora ele acha que sinto algo por ele, que temos uma história de amor. Quer que me case com ele, que eu cuide dele. Ele está doente. 

– Sabemos. – Mônica – e você vai com ele?

– será só por um ano, não sei, vamos viajar pelo mundo...Viver como reis e indo a lugares de luxo, só isso...

– Ari, mas será que vale a pena? – perguntei

– sim, eu vou ficar com todo o dinheiro dele, esse cara fodeu minha vida, ele me fodeu. Eu tomo 4 calmantes por dia para suportar a presença dele. Ele me estuprou. Quando ele estiver do meu lado e não puder mais se mexer e tiver só a mim, eu vou esfregar na cara dele o grande filho da puta que ele é e todo mal que ele me fez.

Nos lavamos e saímos do banheiro, sentei limpinha ao lado de Rio e contei tudo que Ari me disse. 

– tadinha...Você não se sente assim comigo...Né? 

– Eu chorei quando você levou um tiro, segurei uma arma e atirei na polícia, fiz uma cirurgia em você. Você acha mesmo que se fosse atuação eu já não teria te matado? Na cirurgia eu poderia ter fodido tudo ai dentro, mas eu te amo, Rio.

– É a primeira vez que diz que me ama. 

Eu fiquei vermelha. 

– Não falei "te amo"...Falei que... – Rio se levantou um pouco e me beijou. 

– Eu te amo pra caralho. – Ele disse rindo e eu ri e o beijei novamente. – Vamos sair daqui juntos.

– sempre.