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Rio / Aníbal Cortés, 25 anos

Gabriela deve estar achando que eu vou forçar ela, estuprar ela. As palavras dela me deixaram meio triste, sei que não sou um assaltante mal, ela sabe disso, eu não quero machucar ela. Acho ela tão legal, e inteligente, extremamente sexy e linda. Infelizmente, eu sou um assaltante, ela é médica, impossível ter algo com ela.

– parece que sua "Bri" está chateada. – Tókio.

– o que que você quer? Quem terminou comigo foi você, disse que não queria nada. Agora está assim, me fazendo parecer um monstro.

– Rio, você sabe – ela começou a chegar perto de mim – Você sempre acaba voltando para mim.. – ela tentou me beijar mas eu virei a cara

Eu já te superei, Tókio. – afastei dela e voltei a vigiar os reféns, queria conversar com Gabriela.

Gabriela Farias, 24 anos

Me sentei ao lado de Mônica, os reféns estão bebendo água.

o que foi, Gabi? Está com uma carinha triste. – Mônica me perguntou. Olhei para frente e eu percebi Rio me encarando, ele estava escutando a conversa. Ele andava de um lado para o outro com a metralhadora dele, porém não saia de perto de mim.

– Acho que acabei de fugir de um estupro. – Disse encarando ele, percebi que ele escutou o que eu disse.

– Rio? Sério? Ele parece ser tão fofo, eu percebia ele carinhoso com você.

– Exatamente, esses são os piores. – disse olhando ele, ele olhou para mim de volta com um olhar deprimido, ator.

– Todos de pé. – levantamos – Tem alguém aqui, que está tentando bancar o herói, a polícia conseguiu imagens daqui de dentro. Vou dar uma chance para quem estiver com celular, nos entregar agora. – Ninguém deu um piu. – Helsink, tira a roupa dele – Berlim mandou um gordinho careca, tirar a roupa de um dos reféns violentamente, eu fiquei apavorada.

O senhor aterrorizado começou a tirar a roupa.

– vai, tira a camiseta – Helsink mandava, o senhor obedecia

– Denver, tira a roupa dela. – Berlim mandou Denver tirar a roupa de mônica, ela me olhou super assustada. Berlim ficou me olhando e tentou tirar minha roupa do nada, eu me assustei.

– Ei! – Rio gritou e veio até nós dois – Que isso hein? Você ta louco? Você ta louco? – ele gritou com berlim

– Calma garoto, eu deixo você tirar a roupa dela.

Rio me levou até um cantinho e abriu o zíper da roupa vermelha e depois tirou minha camisa me deixando com apenas meu sutiã preto e uma calça vermelha.

– Eu não quero estuprar você, nunca foi minha intenção e nunca vai ser. Eu já namorei com a Tókio, gostei muito dela e ela ficava brincando com meus sentimentos. Ela falou isso para afastar você de mim, ela sabe que você é a pessoa que eu mais gosto dos reféns. Tira a calça por favor.

– Difícil acreditar, você surtou quando Berlim tentou tirar a minha roupa. – disse tirando a calça

– ele nem pediu por favor. Fiquei nervoso, você se assustou. Você ia ficar nua no meio de todo mundo, nesse cantinho aqui, eu to cobrindo você para ninguém ver nada.

– Obrigada, Rio.

– acredita em mim, gosto de você. – ele parecia sincero em suas palavras, eu confio nele, não sei porque, parece que temos uma conexão. Tirei meus olhos dos dele quando escutei Mônica.

– eu não consigo respirar, me leva com as outras, por favor – ela grita desesperada se tremendo.

– é minha amiga, Mônica! – gritei preocupada.

– ei calma, Denver vai levar ela para um lugar mais calmo ok? Fica tranquila. Pode se vestir.

eu me vesti e escutei um som de um tiro muito alto, no susto, abracei Rio. Ele me acolheu em seus braços e tentou tampar meus ouvidos, foram dois tiros.

– calma, calma. – ele tentava me tranquilizar, eu estava tremendo.

– rio...– eu não conseguia falar nada – medo.

– eu sei, você ta com medo, mas fica tranquila, eu estou aqui, pode me segurar. Não vou deixar nada acontecer com você. Calma... – eu respirava tentando me tranquilizar.

20 minutos depois Berlim apareceu.

– os disparos que ouviram, foi de um confronto com a polícia. Ele foi provocado por uma refém que não obedeceu minhas regras e tentou fazer contato com este celular. Se eu ja tinha o telefone da senhorita Gaztambide, alguém reconhece? – Mônica...

– o que aconteceu? – sai da fila e fui para frente de Berlim

– Que isso? – Berlim ficou surpreso com a minha reação

– Bri. – Rio tentou me chamar para voltar a fila, mas eu não sei da onde tirei coragem para enfrentar ele.

– todo mundo ouviu os tiros, e eu perguntei que merda aconteceu.

– aqui não, Srta Farias – ele me puxou forte pelo braço

– Berlim, calma, vai devagar com ela. Ela só está preocupada com a amiga dela. – Rio

– você está tratando ela de um jeito errado, Rio. Ela está muito corajosa, os reféns tem que ficar no lugar de reféns para não se tornarem uma ameaça. – Tókio

– Eu cuido disso. – Rio

– Eu cuido dela, se precisar atirar nela, você não conseguiria. Helsink segura ele. – berlim saiu me puxando pelo braço.

– atirar? Como assim atirar? BERLIM?NÃO! – eu escutava os gritos de rio, ele se debatia nos braços de Helsink.– NÃO!

...

Berlim me jogou brutamente em um sofá e puxou uma arma.

– vamos dar só um susto, ok? – ele atirou na parede 2 vezes e 1 de raspão na minha mão, eu gritei de dor, só foi um arranhãozinho mas eu tomei um susto – vão pensar que eu te matei e não vão nunca mais tentar serem corajosos. – ele disse enfaixando minha mão e me deu água.

Nairóbi apareceu na porta assustada.

– Berlim! Rio vai se entregar! Desce rápido!

– Ai Meu Deus, era só o que me faltava! Amor de jovem da nojo. – ele botou sua máscara, carregou a arma – Não saia daqui viu. – ele trancou a porta.

"Amor de jovem"? Rio está se entregando porque acha que eu morri? Eu conheci ele tem dois dias, e já posso dizer que ele é o garoto mais fofo que eu já conheci. Gosto dele, mas ele não pode se entregar, olhei a janela para ver o que acontecia.

Rio / Aníbal Cortés, 25 anos

Ao ouvir os 3 disparos do andar de cima, eu sabia o que tinha acontecido. Berlim havia matado Gabriela. Eu só percebi que me apaixonei por uma garota em dois dias, quando me toquei que ela havia acabado de morrer. Um ódio misturado com tristeza percorreu o meu corpo. Sem máscara sai andando, apertei o botão e abri o portão da casa da moeda. O plano sempre foi não matar reféns e mataram a Mônica e a Gabriela, eu não aceito isso.

Respirei fundo e comecei a ver o sol batendo nos meus olhos.

– tira ele de lá. – Náirobi falou para Berlim

– Rio! – Berlim pulou nas minhas costas – Escuta moleque! Escuta!

– eu tenho que sair daqui, eu tenho que sair!

– sair por que?!

– você mantou executar duas reféns! Uma delas eu me apaixonei, você matou Gabriela a sangue frio! ME DEIXA SAIR!

– Eu não matei ela, imbecil! Ela está escondida lá em cima, e está bem, os tiros foram na parede.

O portão fechou de novo.

𝐋𝐎𝐔𝐂𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐎𝐑☠︎︎Onde histórias criam vida. Descubra agora