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Gabriela Farias / Paris, 26 anos

Eu e Helsinki cuidamos do Palermo e deixamos ele em repouso na biblioteca. Acho que Helsi gosta dele, mas como pode um ursinho fofo gostar de um...Palermo? 

Chegando no lugar dos reféns vi Tókio, Estocolmo e Denver. Eles estavam dando coletes aos reféns e armas sem pente. Do nada, um gordinho, alto de óculos, meio bobo...Bem...Bem bobo. Mandou todos não vestirem os coletes.

– Não vistam os coletes! Querem usar a gente como escudo humano. É verdade! Não vistam! – ele gritou. "O herói"  Denver riu. 

– ae, encontramos. O inteligentão da turma. O bem sucedido. – Denver

– Nada disso.. 

– Nada disso? Qual teu nome figura? – Denver.

– Miguel. 

– Miguel? Miguel eu sou Sr Denver. Agora coloca a porra do colete. 

– Sim, Sr Denver. – Miguel colocou. Colocou errado. Mas colocou. 

Vendo Denver zoar com Miguel, me pego pensando no jeito bobo de Rio, e como ele me faz falta. Eu não durmo há 3 dias, ansiosa para o roubo, ansiosa para ver Rio. Não consigo viver sem pensar nele, se está bem...E se...Não, ele não pode...Morrer não. Sinto uma mão tocar no meu ombro.

– Ei, descansa um pouco, se precisarmos de você, eu te acordo. – Tókio – Vamos trazer ele de volta ok?

– obrigada, Tókio. – a abracei

Dormi. 

Acordo com Denver e Mônica discutindo de novo, eles estão brigando muito ultimamente. Eu e Helsinki fomos ver os olhos de Palermo. 

Eu tirei a venda dele, os olhos já estavam menos avermelhados. Ele enxerga com apenas o olho direito, já é bom. 

– Gabi, o professor  está chamando por você. – Denver me chamou e fui até o telefone, estava no vivo a voz.

– Professor. – o chamei

– Paris...O Rio já está na Espanha.

O mundo ficou em silêncio para mim...Melhor, ele ficou em festa. Ao ouvir essas palavras, pensei em mil coisas, mas apenas duas estavam escritas em negrito. 1- Ele está vivo. 2- ele vai voltar para mim. Lágrimas de felicidade se escorreram e um sorriso genuíno apareceu em meu rosto. Denver e Helsinki ficaram muito felizes. 

– Obrigada, espero poder te retribuir um dia.

Abracei Denver e saí correndo da biblioteca, vi Nairóbi, Tókio e Mônica juntas e as abracei. 

– MENINAS! – disse com um sorriso de orelha a orelha

– O que é que tem com o Rio? – Mônica disse cruzando os braços, sorrindo convencida. 

– An? – como elas já sabem!

– Você não sorri assim desde quando conseguimos fugir do 1º roubo. – Tókio 

– E desde quando pegaram o Rio, seu sorriso sumiu e você anda cansada. – Nairóbi 

– Pois os dias de chuvas acabaram e finalmente o sol abriu e o arco - íris apareceu! – disse rodando tókio como uma dança e elas riram da minha atitude – RIO ESTÁ NA ESPANHA! – elas sorriram junto a mim e me abraçaram. O rádio tocou "venham todos para uma reunião urgente na biblioteca" Palermo.

– Dever nos chama. Vamos. – Tóquio .

Fomos o mais rápido possível para a biblioteca, todos estavam lá. 

– Senhoras e senhores eles vão entrar! E sabemos o que isso significa. Gostaria de ter mais informações mas infelizmente, não tenho. Então, só nos resta um opção. Utilizar a violência como método dissuasivo. – palermo

– como é que é? – eu disse e todos me olharam 

– assim que os carros blindados aparecerem vamos atirar. Vamos forçar eles a recuarem. – palermo

– foi o professor que ordenou? – Tókio

– a gente perdeu contato com o professor, eu não sei se é problema técnico ou algo pior. – palermo

– vocês estão loucos. – eu disse

– como é que é cadela? – palermo disse e Tókio engatilhou a arma como ameaça por ele ter me chamado assim

– Não sabemos por onde caralhos eles vão entrar, pela porta da frente? Pelos esgotos? Pela ventilação? Pela porra da janela? Vão entrar de carros? Pensa caralho! Essa gente ta do nosso lado, entramos aqui distribuindo dinheiro e não bombas! – Gritei

– Então a Sra Lindinha agora quer dar opinião e ser a Sra esquentadinha? Quer ganhar tempo? Sabe o que eu acho, Paris? Sabe que se usarmos bombas, eles não devolverão o Rio. 

Fiquei calada. Exatamente por isso não quero esse plano de merda. Todos começaram a pegar armas mais pesadas, caralho, fodeu. 

𝐋𝐎𝐔𝐂𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐎𝐑☠︎︎Onde histórias criam vida. Descubra agora