27

147 9 0
                                    

Rio / Aníbal Cortés, 27 anos. 

Acordei com Gabriela dando beijos pelo meu rosto todo. 

– Bom dia, amor. – Ela disse. Abri meus olhos e vi o rosto dela misturado com a luz do sol da janela. 

– Bom dia, minha gata. – Eu puxei ela para o meu peito e a abracei. 

– Nem tente, temos que ir trabalhar. – Ela disse se desgrudando de mim e indo pelada pegar as roupas dela. Fiquei vendo ela se vestir.

– Eu sei, mas queria aproveitar esse tempinho com você. 

Palermo começou a bater fortemente na porta 10 vezes por segundo.

– O que foi, Palermo? – Ela perguntou

– Acordem seus cachorros que vivem no Cio! – É. Escutaram a gente ontem. – Professor quer falar com a gente. Adiantem ou sem sexo para sempre. 

Ela riu e eu sorri fraco jogando minha cabeça para trás. Eu estou tão cansado.

Nos vestimos e fomos para a sala onde ficam as armas. 

O professor entrou em contato com a gente. Roubaram nosso ouro. Pela primeira vez, todo mundo sabe que estamos fodidos. 

– Rio, presta atenção. Preciso que invada todas as câmeras de trânsito perto da pedreira de Santa Bárbara, certo? Vamos recuperar o ouro, dou minha palavra. 

– Certo. 

Gabriela Farias / Paris, 26 anos 

Eu e Rio checamos as câmeras e ajudamos o professor. Depois fomos ficar de vigia na entrada do banco.

– Quando saírmos daqui, qual será a primeira coisa que vamos fazer? – Rio me perguntou 

– Conhecer Paris. – sorri para ele e ele sorriu de volta 

– e ai vamos transar no topo da torre Eiffel. – ele se aproximou de mim abraçando minha cintura. – E você vai ficar grávida, ai quando Artvin ou Munique nascer...Vamos contar a eles que foram feitos no topo da torrei Eiffel. – ele riu e eu também 

– Você é louco. 

– faria qualquer loucura com você. 

– Eu te amo, Rio. 

– Eu te amo. – Ele me beijou. Durante o beijo, a parede explodiu e fomos arremessados para trás e policiais entraram. 

Rio e eu fomos pegos.

Quando chegamos na sala principal da casa da moeda, percebi que todos fomos pegos. Ajoelhamos um do lado do outro e prenderam nossas mãos. Tinha uma metralhadora na nuca de todos. Lágrimas caíram e vi Rio me olhar triste. 

– Aqui é o comandante Sagasta. Informo que os assaltantes foram detidos, não tem feridos nossos nem deles. Os reféns foram liberados. Câmbio, desligo. 

Um medo que eu nunca havia sentido antes estava contaminando o meu corpo. Eu vou ser presa, Rio vai ser preso, todos vamos ser presos. Filhos? Não vou ter. Casar? Também não. Passar o resto da minha vida do lado da pessoa que mais amo nesse mundo? Não mesmo. Saio dos meus pensamentos quando vejo o professor entrar no banco da Espanha. 

– Quero que me diga onde está o ouro? – Tamayo pediu ao professor 

– Eu não sei. 

– Canalha. Eu já imaginava isso. – Ele estalou os dedos e um policial o algemou 

– Olhe, está é a sua obra. – Tamayo agarrou o pescoço do Professor e o botou ajoelhado para olhar para os nossos rostos – Olha para cara da Estocolmo. Quando ela sair da prisão, o filho dela será um homem de 45 anos. Você gosta de causar esse sofrimento filho da puta. Como o Denver. – ele arrastou o professor para ficar cara a cara com o Denver. – Diga a ele que ele perdeu o filho assim como perdeu o pai. E em ambos os casos o culpado foi você! – Ele botou o professor cara a cara comigo e com Rio – Olha para eles dois! Um casal jovem! Diga a eles dois que eles vão pegar prisão perpétua. Minha querida, quantos anos você tem? 

– 26. 

– Saiba que essa foi sua vida de liberdade, 26 anos. – Tamayo 

Eles levantaram e algumas lágrimas caíram mais do que deveria. 

– Vocês vão me contar onde está o ouro. Sabe por que? Quem me contar vai ter uma vida nova. – Tamayo disse com um sorriso psicótico 

Ninguém cedeu a contar nada. 

– Levem nossos reféns para o banheiro. – Tamayo 

Dessa vez nós somos os reféns. Enquanto estamos andando, Rio me chama. 

– Ei. – ele chamou minha atenção

– Oi. 

– quer casar comigo? – Rio me perguntou isso enquanto estamos: algemados e andando em direção ao banheiro provavelmente para sermos executados. 

– o quê?! – não acreditei 

– quer casar comigo? Eu te amo e tenho medo do que pode acontecer, mas quero ser positivo. Se eu morrer, quero morrer casado com você. 

– Eu também quero. – Chorei – Te amo muito, você iluminou a minha vida. 

demos um selinho rápido pois o policial bateu com o fuzil na minha cabeça fazendo sangrar um pouco. 

Quando chegamos no banheiro, mandaram encostarmos na parede. 

– APONTAR! – um policial gritou e eu comecei a chorar quando vi armas apontadas para nós 

– 10, 9, 8 , 7 , 6 , 5 , 4 ,3 , 2, 1...E... – Gritamos. 

Desmaiei. 

Quando acordei estava tudo preto, eu estava dentro de um saco de cadáver. Eu abri e levantei no susto. Vi todos gritando e comemorando, não morremos, o professor conseguiu. Meu olhar se encontrou com o de Rio sorrindo. 

Ele veio para cima de mim, me beijou e me abraçou com força. 

– caralho, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo. – ele ficava falando eu te amos intercalados de beijos no pescoço. 

Nunca estive tão feliz. 

𝐋𝐎𝐔𝐂𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐄 𝐀𝐌𝐎𝐑☠︎︎Onde histórias criam vida. Descubra agora